ENTREVISTA TSF/DN
Se Carlos Moedas precisar de
ajuda para uma maioria, Nuno Graciano diz que "há condições para
conversar". Em entrevista à TSF e ao DN, o candidato do Chega a Lisboa diz
que quer lutar contra a corrupção, mas não identifica quais os verdadeiros
problemas da cidade nesse capítulo. Se for eleito, acaba com a ciclovia da
Almirante Reis e quer dar força à figura do guarda-noturno.
Estudou Ciências do
Desenvolvimento e Cooperação na Universidade Moderna, mas é da televisão que os
portugueses o conhecem. É também empresário, no setor dos queijos. Aos 52 anos,
Nuno Graciano candidata-se a Lisboa pelo Chega.
Lisboa sem corrupção. É este o
mote que tem nos cartazes que estão um pouco espalhados por toda a cidade de Lisboa.
Em que medida é que a corrupção é um problema para os lisboetas e, já agora,
que medidas concretas é que, enquanto autarca, proporia para acabar com a
corrupção?
É um problema geral. Não é um
problema só dos lisboetas. A corrupção em Portugal, infelizmente, continua a
estar na ordem do dia. E, portanto, é óbvio que temos que exercer políticas
muito mais claras e, com estas políticas claras, há menos espaço para haver
corrupção. A corrupção é algo que me preocupa muito. Preocupa-me imenso porque
mina, mina todo um sistema. Mina toda uma sociedade. E em Lisboa nós temos
problemas de corrupção também. E, portanto, há que acabar com esses problemas
de corrupção.
Mas tem noção de que problemas de
corrupção de concreto são esses?
A seu tempo direi.
Mas não tem nenhuma ideia
concreta de medidas como autarca que possa implementar?
Políticas de claridade, políticas
de proximidade, políticas em que haja uma total abertura dos dossiers. Muitos
dossiers estão fechados e tudo se passa debaixo da mesa. Isso nós não queremos.
Mas de que forma concreta, ou
seja, o que é uma política de proximidade e maior transparência?
Entre os agentes. É isso. Entre
os agentes.
Mas tem noção de que casos de
corrupção é que poderemos falar no concelho de Lisboa? É que uma coisa é agir
de forma central, mas o Nuno Graciano está a candidatar-se a presidente da
Câmara de Lisboa. E em Lisboa, por exemplo, no ano passado, foram apenas
registadas, por exemplo, nove acusações por corrupção na comarca de Lisboa.
Branqueamento foram sete acusações.
São muito poucas, não são? Para
as que existem, de facto são muito poucas.
O que é que existe de facto? Ou
seja, tem pontos concretos?
Dir-lhe-ei a seu tempo, quando
puder confirmar isso. Não vou estar aqui a levantar uma lebre. A seu tempo
saberão.