quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Portugal | O ataque a Ferro Rodrigues e nós

Fernanda Câncio | Diário de Notícias | opinião

É bom que o ataque a Ferro choque o país. Mas precisamos de mais que lamentações e solidariedade, precisamos de perguntas. E respostas. Onde estava a polícia? E onde estamos nós quando é preciso rechaçar os bárbaros e defender a decência? Más notícias: estamos muito mal.

Foi simbolicamente em frente à Assembleia da República que o seu presidente, Eduardo Ferro Rodrigues e a mulher, Filomena Aguilar, se viram no sábado, enquanto almoçavam, atacados por uma turba que os insultou, caluniou e ameaçou, filmando-os e filmando-se a si mesma, com orgulho, a cometer os citados crimes. É, ainda simbolicamente, através desses vídeos, colocados nas redes como troféu, com o objetivo de humilhar e degradar as vítimas, que o episódio foi conhecido e chegou aos media.

De notar em primeiro lugar que, como em tantas situações semelhantes, a denúncia e o execrar do ocorrido recorrem à exibição e partilha dos vídeos, propagando-se as calúnias, as ameaças e a degradação a que as vítimas foram sujeitas, revitimizando-as. A incapacidade que tanto os media como a maioria dos que usam as redes sociais demonstram em perceber princípios básicos sobre direito à imagem e sobre os danos, quer para os objetos diretos quer para a comunidade, causados pela difusão deste tipo de crime não cessa de me espantar. Bastaria, afinal, pensar dois segundos isto: se fosse eu ou os meus pais ou avós naquela situação, gostaria que estes vídeos fossem partilhados, mesmo se para denunciar o que neles se vê?

Mas parece evidente que para os media a procura de audiências e cliques há muito eclipsou qualquer preocupação deontológica; quanto às pessoas em geral, procuram na sua maioria igualmente partilhas e relevo - querem lá perder tempo a pensar nas consequências e na ética (que é lá isso) ou em se o ato de partilhar, para criticar, uma tentativa de humilhação e desumanização participa na humilhação e desumanização. Vimo-lo com o nojento vídeo com Paulo Rangel, vemo-lo agora: milhares de partilhas com as alegadas melhores intenções a fazer alegremente o serviço aos criminosos.

A cruel e ilegal realidade dos presos palestinos

# Publicado em português do Brasil

Sayid Marcos Tenório* | Brasil247

Desde a fundação do “estado judeu”, Israel desenvolve brutal repressão para sufocar e acabar com a resistência dos palestinos, criminalizando qualquer forma de oposição à ocupação, onde as prisões são instrumento de repressão e castigo aos palestinos

Após a fuga de seis prisioneiros palestinos da prisão de Gilboa, na cidade de Bisan, no norte da palestina ocupada, através de um túnel cavado sob uma pia, a questão dos prisioneiros palestinos veio, mais uma vez, à tona. Cinco dos fugitivos cumpriam penas há mais de 20 anos, e o outro estava preso desde 2019, mesmo sem ter sido condenado por nenhum crime. A prisão de Gilboa foi construída por especialistas irlandeses em 2004 para ser a mais segura e confinar “os mais perigosos” prisioneiros palestinos. Israel mantém 17 prisões, 2 centros de detenção e 2 centros de interrogatórios, no mesmo estilo de Guantánamo.

Desde a fundação do “estado judeu”, Israel desenvolve uma brutal repressão para sufocar e acabar com a resistência dos palestinos contra a colonização, que se acirrou depois de 1967, com a ocupação do que restava da Palestina Histórica, incluindo Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza. Israel criminaliza qualquer forma de oposição à ocupação, e os sucessivos governos israelenses fizeram das prisões o seu principal instrumento de repressão e castigo aos palestinos.

Os presos palestinos estão sujeitos às mais indignas, duras e violentas condições de encarceramento, sendo rotineiramente submetidos à tortura e ao desaparecimento, incluindo os que se encontram em detenção administrativa, um procedimento que permite que as forças de ocupação israelenses prendam palestinos indefinidamente sem acusação formal e sem permitir que eles sejam julgados. 

Com a ocupação, EUA pretendem a «divisão de facto» da Síria

O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, denunciou a presença militar ilegal dos EUA na Síria, alertando que Washington está a procurar fracturar o país árabe.

Numa entrevista à RT Arabic, esta terça-feira, a que a PressTV faz referência, Ryabkov sublinhou a oposição de Moscovo ao cenário norte-americano de «uma divisão de facto da Síria».

«Uma das principais razões para a instabilidade e perpetuação do conflito na Síria é a presença ilegal dos Estados Unidos no país», disse, frisando que Moscovo está a agir de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que «confirmou a integridade territorial da Síria».

A convite do governo sírio, a Rússia tem ajudado o Exército Árabe Sírio e seus aliados na batalha contra o terrorismo, sobretudo fornecendo apoio aéreo às operações no terreno contra os grupos terroristas apoiados por países estrangeiros.

Afeganistão e a fantasia de democracia Ocidental

# Publicado em português do Brasil

Ao longo de 20 anos de ocupação, EUA se aliou a velhas figuras corruptas e senhores da guerra para governar o país. Talibã se fortaleceu neste vazio de alternativas. No devaneio de criar uma “Suécia com areia”, povo afegão foi excluído das decisões

Ian Sinclair, no The Morning Star, com tradução na Revista Opera | em Outras Palavras

À medida que o Talibã cercava Cabul, em meados de agosto, o correspondente-chefe do Canal 4 da Inglaterra, Alex Thomson, observou em seu Twitter que o Ocidente esteve “obcecado com a ideia de transformar o Afeganistão em uma Suécia com areia, fetichizando a democracia e educando as mulheres”, mas “os afegãos fora de Cabul continuavam a me dizer que o Talibã acabou com a corrupção e trouxe segurança, coisas que querem antes de qualquer coisa e acima de tudo”.

A ideia de que Ocidente está sinceramente interessado em propagar a democracia no Afeganistão é uma crença em todo o amplo espectro político.

Por exemplo, em uma sessão recente da Casa dos Comuns dedicada à crise afegã, o brilhante parlamentar trabalhista Zarah Sultana fez um aviso: “O Ocidente não pode construir democracias liberais com bombas e balas”. Isso, ela disse, era uma “fantasia perigosa produzida por fanáticos neoconservadores em Washington e defendida por seus leais seguidores em Londres.”

Os «Cinco Olhos» viriam a ser os «Nove Olhos»

Os Estados Unidos, que são os líderes do Grupo de intercepção e rastreio de comunicações e de localização dos «Cinco Olhos» (com a Austrália, o Canadá, a Nova Zelândia e o Reino Unido), desejam incluir outros países nesta aliança.

No seguimento da assinatura da Carta do Atlântico (1941), os Estados Unidos e o Reino Unido constituíram um sistema de intercepção de comunicações do Eixo que perpetuaram em 1946 com o UKUSA Agreement. Em 1948, acrescentaram o Canadá, depois em 1956 a Austrália e a Nova Zelândia, formando os «Cinco Olhos» (FVEY).

Posteriormente, apoiaram-se num segundo círculo (quer dizer, em plano inferior ao dos Cinco) a Dinamarca, a França, a Noruega e os Países Baixos. Depois, formaram um terceiro círculo com a Alemanha, a Bélgica, a Espanha, a Itália e a Suécia. Por fim, um quarto círculo viu a luz do dia com participações episódicas da Coreia do Sul, de Israel, do Japão e de Singapura.

EUA, Reino Unido e Austrália criam nova aliança militar

O objetivo é “fortalecer as capacidades de defesa” na região Ásia-Pacífico

# Publicado em português do Brasil

Ao mesmo tempo, Londres e Washington pressionaram os interesses da França. Como parte dos novos acordos, os australianos romperam o contrato com Paris para a compra de submarinos e anunciaram que iriam desenvolver uma frota de submarinos nucleares usando tecnologias americanas e britânicas.

A criação de um novo formato de cooperação militar na região, em minha opinião, é uma consequência lógica da histeria geral euro-atlântica em detrimento do crescimento do potencial militar da China. E o envolvimento da Austrália neste formato também não parece espontâneo.

Por exemplo, em julho, o Pentágono disparou sistemas de defesa aérea Patriot pela primeira vez neste país, assustando os cangurus locais. Mesmo assim, esta foi uma confirmação indireta de que os americanos não eram contrários a alcançar um novo nível de cooperação militar com Canberra. Não ficaria surpreso se, com o tempo, no quadro da nova aliança dos Estados Unidos, esses complexos fossem aí colocados. Ou eles serão vendidos às elites locais em alguns "termos favoráveis".

Ao mesmo tempo, não se deve esquecer que não apenas Londres e Washington têm interesse em fortalecer sua presença na região. Mais recentemente, a Alemanha, pela primeira vez desde 2016, enviou a fragata F 217 Bayern ao Mar da China Meridional, a fim de, como observado em Berlim, enviar um sinal sobre o crescente envolvimento dos alemães nos processos regionais.

Bem, o fato de britânicos e americanos moverem os franceses na Austrália é normal. Os sentimentos de aliado entre os países da OTAN nunca superaram o ganho pessoal.

Katehon | Fonte: informante de Bruxelas

Bill Gates anunciou nova pandemia “dez vezes pior que a atual”

# Publicado em português do Brasil

Bill Gates, patrono globalista da Organização Mundial de Saúde, disse que a principal condição para a prontidão da humanidade para uma nova epidemia são as ferramentas para desenvolver uma vacina o mais rápido possível. Ele falou sobre isso em uma conversa com o The Wall Street Journal.

Ele disse que a futura pandemia será dez vezes pior do que a atual, mas o mundo não está fazendo esforços suficientes para se preparar para ela. Ele observou que as pessoas precisam aprender a fazer novas vacinas nos primeiros 100 dias e implantar a capacidade de produção necessária no mesmo período.

Seis anos atrás, Bill Gates anunciou que o desafio global mais perigoso que o mundo enfrentará será uma pandemia.

Katehon

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