quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Boris Johnson e o “arco da crise nuclear” contra a China

# Publicado em português do Brasil

Germán Gorráiz López, Reino Unido | Katehon

Shakespeare, pela boca do assustado Henrique IV, expressa o medo e a impotência do homem diante da ausência de certezas diante do caos do movimento: “Meu Deus, se tivéssemos a opção de ler no livro do destino e ver o tempo as revoluções, ver como a ocasião zomba e como a mudança enche o copo em movimento de cores diferentes”.

Por caos (Khaos ou "vazio que ocupa um buraco no nada") entendemos algo imprevisível e que escapa da visão míope que só nossos olhos podem delinear diante de eventos que escapam dos parâmetros conhecidos porque nossa mente é capaz de sequenciar apenas fragmentos do total sequência do imenso genoma do caos, com a qual recorremos inevitavelmente ao termo "efeito borboleta" para tentar explicar a conjunção estonteante de forças centrípetas e centrífugas que devem configurar o quebra-cabeça desconectado do caos ordenado que se desenvolve. O referido "efeito borboleta" transferido para sistemas complexos como o Demoscopy teria como efeito colateral a impossibilidade de detectar antecipadamente um futuro mediato, uma vez que os modelos quânticos que utilizam seriam apenas simulações baseadas em modelos anteriores.

A Europa e o Ocidente rumo ao código QR sem liberdade

A Europa e o mundo ocidental estão rumo a uma sociedade com código QR sem liberdade

# Publicado em português do Brasil

Sonjavan den Ende* | OneWorld

A China foi o primeiro país, ou continente, a introduzir o código QR, agora a Europa e o mundo ocidental estão seguindo essa loucura onde a liberdade é limitada e um novo regime ditatorial tecnocrático global é instalado. Em outras palavras, a Inteligência Artificial (IA) assumiu o controle dos humanos e pode acabar muito mal para a raça humana. Foto: Uma criança chinesa em um túnel QR, no sul da China, 2017!

Como um artigo afirmado no South China Morning Post de 2017:

“Está sendo usado (2017) para incentivar gorjetas em restaurantes, receber presentes em dinheiro em casamentos ... até os mendigos estão usando para arrecadar esmolas. O pequeno código de barras está conduzindo a rápida mudança da China em direção a uma sociedade sem dinheiro ”.

Se os europeus, ou ocidentais, tivessem prestado atenção a isso, talvez não estaríamos onde estamos agora com a implementação da sociedade QR Code, ou como eu a chamaria, uma sociedade dirigida, não por humanos, mas por máquinas chamado de Inteligência Artificial (IA). A chamada pandemia é utilizada para implementar esta sociedade QR, ou este novo Sistema de Crédito Social, a partir da experiência dos chineses. A raça humana será apenas como um rebanho de gado, os governos, ou melhor, a IA decidirá o que você pode fazer, como você pode fazer, se você tem permissão para viver ou obter comida. Uma conspiração, não, está acontecendo agora em muitos lugares ao seu redor.

Abecê do racismo

# Publicado em português do Brasil

Ynaê Lopes dos Santos*

Polêmica envolvendo o livro infantil "Abecê da Liberdade" evidencia como o racismo atravessa o cotidiano brasileiro, sendo ensinado para nossas crianças de modo perverso e naturalizado.

O universo infantil é um mundo à parte. Um mundo que foi construído ao longo da experiência humana. E, justamente por isso, é um mundo do qual temos que cuidar para que possa ser vivido em toda a sua extensão, intensidade e pulsão. 

No entanto, existem questões que tentam driblar esse cuidado, essa preservação da infância: o racismo é uma delas.

Na última semana, um livro infantil causou indignação. A obra em questão se chama Abecê da Liberdade: a história de Luiz Gama, o menino que quebrou correntes com palavras. Uma iniciativa que poderia ser comemorada, já que se propunha a narrar para o público infantil a vida de um dos maiores abolicionistas do país; um homem que, sozinho, libertou mais de 300 pessoas ilegalmente escravizadas.

Mas no meio do caminho, ou melhor dito, no meio do livro, havia o racismo.

Uma das passagens narra a viagem de crianças africanas escravizadas dentro de um navio negreiro utilizado no tráfico interprovincial do Brasil. Esse tráfico foi responsável pela manutenção da escravidão brasileira, num momento em que boa parte dos africanos escravizados no país estavam nessa condição de forma ilegal – já que, em 1831, o tráfico transatlântico havia sido formalmente abolido no país.

É importante dizer que, assim como o tráfico transatlântico, que escravizou mais de 12 milhões de africanos, o tráfico interprovincial foi responsável pela separação de inúmeras famílias de escravizados. Um medo que atravessava boa parte da vida dos homens, mulheres e crianças que trabalhavam nas províncias do Norte e Nordeste do Império do Brasil.

O novo normal do jornalista-uberizado

# Publicado em português do Brasil

“A vida acabou virando o trabalho”: jornadas de trabalho chegam a 14 horas, vínculo de trabalho foi precarizado e despesas domésticas do home office corroeram salários. E a exploração tende a continuar mesmo após a pandemia…

Daniel Giovanaz*, no Brasil de Fato | em Outras Palavras

“Nunca me senti tão cansada quanto agora. A vida acabou virando o trabalho, e vice-versa. Acho que, presencialmente, isso não acontecia tanto: existia a hora de ir para o trabalho e a hora de voltar. O Whatsapp não piscava o tempo inteiro. A redação não ficava no meu quarto. Não existia essa sensação de que todos os dias são iguais. Mentalmente, eu sinto que nunca desligo.”

O relato é de uma repórter que trabalha em São Paulo (SP) há quase dois anos com a carteira assinada em um dos maiores jornais do Brasil.

Os profissionais que aparecem nesta reportagem foram ouvidos sob condição de anonimato. Os nomes dos veículos em que atuam também foram ocultados a pedido, para evitar identificação.

Doutora em Ciências da Comunicação e pesquisadora do Centro de Pesquisas em Comunicação e Trabalho (CPCT) da Universidade de São Paulo (USP), Janaína Visibeli afirma que a pandemia acelerou uma tendência de precarização que se verifica desde a migração para a internet.

“A gente já vem observando há um tempo a expulsão de trabalhadores do vínculo formal das organizações midiáticas. Entre 2010 e 2020, tivemos os chamados ‘passaralhos’, que são exatamente resultado disso”, lembra.

“Foi uma crise do modelo de negócio, só que o resultado recaiu sobre o trabalho. Esse enxugamento gera pressão para quem fica, e precarização para quem sai.”

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