# Publicado em português do Brasil
Germán Gorráiz López, Reino Unido | Katehon
Shakespeare, pela boca do assustado Henrique IV, expressa o medo e a impotência do homem diante da ausência de certezas diante do caos do movimento: “Meu Deus, se tivéssemos a opção de ler no livro do destino e ver o tempo as revoluções, ver como a ocasião zomba e como a mudança enche o copo em movimento de cores diferentes”.
Por caos (Khaos ou "vazio que ocupa um buraco no nada") entendemos algo imprevisível e que escapa da visão míope que só nossos olhos podem delinear diante de eventos que escapam dos parâmetros conhecidos porque nossa mente é capaz de sequenciar apenas fragmentos do total sequência do imenso genoma do caos, com a qual recorremos inevitavelmente ao termo "efeito borboleta" para tentar explicar a conjunção estonteante de forças centrípetas e centrífugas que devem configurar o quebra-cabeça desconectado do caos ordenado que se desenvolve. O referido "efeito borboleta" transferido para sistemas complexos como o Demoscopy teria como efeito colateral a impossibilidade de detectar antecipadamente um futuro mediato, uma vez que os modelos quânticos que utilizam seriam apenas simulações baseadas em modelos anteriores.