O discurso sobre o “aquecimento global” e o futuro do planeta contém em muitos casos enorme hipocrisia. A Itália e a Grã-Bretanha assumiram protagonismo na preparação da COP26 da ONU. Esses mesmos países, que manifestam tanta preocupação com o aquecimento global, contribuem activamente (junto com os EUA) na escalada armamentista que poderá conduzir a uma catástrofe nuclear. Se tal vier a suceder, seguir-se-á um inverno nuclear no qual poucas formas de vida sobreviverão.
No início de Outubro, a Itália acolheu a reunião preparatória da Conferência das Nações Unidas sobre Alteração Climática, COP26, que está agora a ocorrer em Glasgow.
Duas semanas depois, a Itália acolheu também outro evento internacional que, ao contrário do que sucedeu com o primeiro, o governo italiano preferiu realizar no maior silêncio: a manobra de guerra nuclear Steadfast Noon, organizada pela NATO nos céus do centro e do sul de Itália.
Sob as ordens dos Estados Unidos, as forças aéreas de 14 países membros da NATO participaram durante 7 dias nesta manobra, deslocando nas bases de Aviano e Ghedi (Itália), caças-bombardeiros capazes de transportar tanto armas convencionais como armamento atómico.
Aviano, na região italiana de Friuli, serve como base permanente para o 31º Esquadrão Aéreo dos Estados Unidos, que dispõe de caças-bombardeiros F-16C/D e de bombas nucleares (EUA) B61.