quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Biden não sabia que os interesses dos ricos e dos pobres são irreconciliáveis?

A agenda de Biden está em seu leito de morte porque os interesses dos ricos e pobres são irreconciliáveis

# Publicado em português do Brasil 

Branco Marcetic* | Jacobin | opinião

A justificativa de Joe Biden para sua própria presidência era que ele poderia reunir oligarcas e trabalhadores e chegar a um acordo que funcionasse para ambos. A aparente morte de sua agenda legislativa prova que fantasia ridícula isso era.

Há muito que se pode dizer sobre a aparente morte da agenda legislativa de Joe Biden, em grande parte nas mãos do senador da Virgínia Ocidental, Joe Manchin. Uma coisa que deveria estar bastante clara é que isso refuta totalmente a visão de mundo política de Biden e de todo o Partido Democrata corporativo.

A campanha de Biden foi baseada na ideia duvidosa de que você poderia forjar uma coalizão política, ou pelo menos uma aliança temporária, entre os super-ricos e a vasta maioria dos trabalhadores. A primeira vez que ele deu a entender publicamente que concorreria à presidência - reveladoramente, em uma conferência de fundos de hedge em Las Vegas dirigida pelo ex-diretor de comunicação de Donald Trump, Anthony Scaramucci - ele delineou essa visão básica, apelando para a coleção de especialistas em Wall Street diante de por ver que era do interesse deles pagar um pouquinho a mais em impostos a serem investidos no país e em sua economia, para o bem da prosperidade futura de todos. É assim que o Business Insider relatou seu discurso:

“Levante a mão se você acha que doze anos de educação são suficientes nesta economia”, disse ele à multidão.

Silêncio nervoso.

Portanto, precisamos de US $ 9 bilhões, disse Biden. Para Wall Street, isso não é nada. Wall Street sabe que para a América não é nada. Mas esses US $ 9 bilhões pagariam uma faculdade comunitária gratuita para as pessoas que a desejassem, disse Biden. Isso, por sua vez, acrescentaria dois décimos de um por cento ao produto interno bruto.

“Acorde,” ele exigiu.

EM 2021, O REINO UNIDO PERDEU UM PODEROSO GUERREIRO ANTI-RACISTA

# Publicado em português do Brasil

O falecimento de Anwar Ditta ocorre em meio a mais um grande ataque às liberdades civis e à igualdade no Reino Unido.

Malia Bouattia* | Aljazeera | opinião

No final de 2021 e refletindo sobre as tragédias e desastres do ano passado, muitos de nós nos lembramos daqueles que perdemos. No Reino Unido, os envolvidos na luta anti-racista lamentam a morte do poderoso Anwar Ditta no início deste ano .

“Através de sua vida e de seus filhos, você é eterno”, escreveu o revolucionário republicano irlandês Bobby Sands em seu poema de 1980 dedicado a Ditta. Essas palavras captam o legado de Ditta com muita propriedade. Sua luta, paixão e busca intransigente pela justiça a tornaram uma das figuras mais importantes na luta contemporânea contra o racismo e a repressão estatal no Reino Unido.

Ditta tornou-se conhecida internacionalmente como uma “guerreira” depois de travar uma luta pública contra o tratamento racista do Ministério do Interior para com ela e sua família nas décadas de 1970 e 1980. Seu impacto, no entanto, expandiu-se muito além de seu próprio caso, pois ela passou a defender inúmeras pessoas que lutavam contra as deportações, enfrentando a repressão do Estado, bem como aquelas que resistiam à opressão internacional, chegando a atingir audiências no Congresso Mundial das Mulheres em Praga.

Nascida em Birmingham, Inglaterra, em 1953, Ditta passou seus primeiros anos em Rochdale e o resto de sua infância no Paquistão. Lá, aos 14 anos, ela se casou com Shuja Ud Din e teve três filhos com ele: Kamran, Imran e Saima.

Justiça dúbia | Revelada interferência dos EUA no julgamento de Saddam

Advogados de Saddam Hussein revelam interferência de EUA no julgamento do ex-presidente executado do Iraque

# Publicado em português do Brasil

Os defensores no tribunal do executado presidente iraquiano Saddam Hussein disseram à Sputnik que os assessores americanos tiveram uma participação ativa do julgamento, instruindo os juízes sobre as decisões e pressionando os advogados.

Um dos advogados de Hussein, Muhammad Munib, contou à Sputnik:

"Sim, acho que havia assessores americanos em uma sala ao lado do juiz e havia uma porta entre eles. Acredito que muitas coisas não foram divulgadas. No sentido de que o juiz recebeu instruções desses assessores. Eles lhe disseram o que buscar e o que reconsiderar. Parecia que ele recebia ordens, já que às vezes ele voltava e retirava decisões anteriores. Houve assessores que tentaram atrair-nos a nos juntarmos a eles [...] Mas nós recusamos".

No início do julgamento, os advogados de defesa não estavam cientes do envolvimento direto dos EUA, até que um advogado americano os avisou, querendo ajudar, notou Munib. Quando os fatos foram revelados, a defesa tentou levantar a questão no tribunal, mas o outro lado negou tudo, segundo ele.

 Outra advogada de defesa, Bushra Khalil, contou que ela tinha sido exposta pessoalmente a pressão intensa por parte do lado americano.

"Francamente, estava com medo que eles me matassem, já que alguns advogados foram mortos, com Khamis Obeidi sendo o último. Por várias vezes o juiz me tirou da sala. A última vez quando isso aconteceu, um americano se aproximou de mim e perguntou se eu queria voltar a entrar, e nós conversamos das 18h00 às 23h00, e no final ele me perguntou novamente se eu queria voltar ao tribunal e eu disse que sim. Então ele me disse que eu deveria ficar calada, como os meus amigos. Isso sugere que eles fizeram tudo para manter o julgamento encenado", revelou.

Novo chanceler alemão é porta de entrada para interesses da China na Europa

Analista: chanceler Scholz é porta de entrada para interesses político-econômicos da China na Europa

# Publicado em português do Brasil

A Sputnik Brasil conversou com Paulo Niccoli Ramirez, cientista político e professor da ESPM-SP, para compreender como o novo chanceler alemão Olaf Scholz pode ajudar a estabilizar as relações entre China e União Europeia.

Na semana passada, o presidente chinês, Xi Jinping, pediu ao novo chanceler alemão, Olaf Scholz, para desempenhar um "papel positivo" na "estabilização" das relações entre a China e a União Europeia, com ambos os líderes concordando em manter a amizade e cooperação entre os dois países e em defender o multilateralismo nos assuntos internacionais.

Para Paulo Niccoli Ramirez, cientista político e professor da ESPM-SP, a Alemanha é o principal país do ponto de vista econômico dentro da UE, enquanto a China hoje é a principal parceira comercial dos alemães.

Sendo assim, a eleição do novo chanceler alemão é uma porta de entrada para os interesses político-econômicos chineses, como a economia verde, que envolve o desenvolvimento de novas tecnologias mais limpas, potentes e baratas.

Além disso, a China pretende incorporar a economia 4.0, cuja origem é a Alemanha, em termos de tecnologias mais avançadas de automação, inteligência artificial, fábrica do futuro, entre outros aspectos que giram em torno tanto do avanço exponencial de novas tecnologias computacionais como também das farmacêuticas.

O professor também ressaltou que, durante a pandemia de COVID-19, as relações entre os dois países também se perpetuaram, principalmente com relação às práticas de desenvolvimento da tecnologia de vacinas e até o controle sobre a população e práticas sanitárias.

"A aliança com a Alemanha vem a contribuir para a renovação do parque industrial chinês. Por isso, é uma aliança estrategicamente muito importante [...] do ponto de vista das tecnologias de saúde, da renovação do parque tecnológico-industrial chinês, e novas oportunidades de entrada de produtos chineses dentro da Europa", afirmou.

De acordo com o professor, o chanceler alemão, Scholz, proporcionará oportunidades de negócios para os chineses, desde a entrada de produtos até a transferência de tecnologia, tratando-se de novas estratégias comerciais e políticas entre os dois países.

EX-PADRE CONDENADO EM TIMOR-LESTE POR ABUSO SEXUAL DE MENORES

O Tribunal Distrital de Oecusse condenou hoje (21.12.2021) o ex-padre Richard Daschbach a 12 anos de prisão por vários crimes de abuso sexual de menores, cometidos num orfanato em Timor-Leste.

A pena de prisão, lida hoje, foi determinada tendo em conta cinco crimes de abusos de menores de 12 anos e a idade do arguido, 84 anos.

Em termos individuais e pelos vários crimes, o coletivo de juízes aplicou penas parcelares que totalizam mais de 37 anos de prisão, com o cumulo jurídico de penas a ser de uma pena única de 12 anos de prisão.

O juiz absolveu o arguido da pratica do crime de pornografia infantil tendo decidido ainda alterar a medida de coação, pelo perigo de fuga, passando a aplicar de imediato a pena de prisão preventiva.

O juiz ordenou igualmente o pagamento de uma compensação financeira de quatro mil dólares a cada uma das cinco vítimas contra quem os crimes foram aprovados.

Plataforma

TECIDO TRADICIONAL DE TIMOR-LESTE É PATRIMÓNIO DA UNESCO

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, inscreveu neste mês de dezembro quatro práticas culturais na lista do Patrimônio Imaterial que Precisa de Proteção, incluindo o tecido tradicional do Timor-Leste, o Tais.  

Feito à mão e usado para decoração e para a criação de peças tradicionais de vesturário, usadas em cerimônias e festivais, este tecido é também um meio de se expressar a identidade cultural, já que as cores e os padrões variam de acordo com os grupos étnicos.  

O Tais é feito a partir de algodão pintado com plantas e o processo complexo de fabricação geralmente é reservado para as mulheres.  

Ao decidir que a técnica cultural precisa ser preservada, a Unesco reservou também US$ 266 mil para projetos de proteção do tecido no Timor-Leste. 

Entre as outras atividades classificadas recentemente pela Unesco como Patrimônio Imaterial da Humanidade estão: a caligrafia árabe; a rumba, ritmo musical da República Democrática do Congo; a caça e a extração de trufas na Itália e a sopa Joumou, tradicional do Haiti e feita à base de abóbora, com carne, massa e especiarias.  

Esta sopa costumava ser servida aos donos dos escravos, mas o Haiti “tomou posse” da iguaria assim que se tornou independente da França.  

Plataforma | ONU News

TIMOR-LESTE: UM FAROL DE LIBERDADE DEMOCRÁTICA NO SUDESTE ASIÁTICO

Bruno de Lencastre* | Diário de Notícias | opinião

No próximo ano, Timor-Leste celebra 20 anos sobre a sua independência. Como todos sabemos, a sua autonomia resultou de um longo processo que mostrou ao mundo que vale a pena resistir e que há batalhas que não podem deixar de ser travadas, sobretudo face a situações de gritante injustiça. Mesmo quando não se vislumbravam soluções a curto prazo, os timorenses acreditaram e mostraram-nos que é sempre possível a prevalência dos valores e dos princípios universais, os mesmos que estão na base da acção global das Nações Unidas.

Recordamos que Timor-Leste foi, durante muito tempo, considerado uma causa perdida, mas que, mesmo assim, foi fazendo o seu caminho. O sucesso deste processo deve-se, em larga medida, à confluência de vários factores, desde o empenho de países irmãos - sobretudo do universo dos países da CPLP -, de personalidades e facções políticas de importantes países da região, à solidariedade internacional, que sempre se recusou a calar a tirania e, fundamentalmente, à vontade, firmeza e coragem constantes do povo timorense, que nunca baixou os braços face ao quotidiano de adversidade.

Não nos podemos igualmente esquecer de que, na época, ocorreu uma importante mudança política na Indonésia, resultando daí a aceleração do processo de libertação de Timor-Leste. Com a queda do regime de Suharto e a ascensão ao poder de um regime que se apresentava como democrático, foi possível criar um enquadramento jurídico que afirmasse os valores e princípios sobre uma situação política que, há muito, violava o direito internacional. E, para mim, é esta a grande lição a reter de Timor-Leste - a audácia no momento certo e a vontade política enquadrada pelo direito internacional como factores determinantes para este sucesso colossal na história das Nações Unidas, que, pela primeira vez na sua história, governaram um Estado em processo de transição para a independência.

Portugal | A mineração é um presente envenenado! Lítio? Não. Obrigado!

Os Verdes entregam 1000 postais ao Ministro do Ambiente: “Não quero o meu futuro minado! A mineração é um presente envenenado! Lítio? Não. Obrigado!”

Publicamos na íntegra o comunicado do Partido Ecologista Os Verdes:

No âmbito da exploração desenfreada de lítio que o Governo pretende levar adiante, contra a vontade das populações, o Partido Ecologista Os Verdes recolheu nas últimas semanas cerca de 1000 postais, em particular nos distritos de Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu, dirigido ao Ministro do Ambiente e da Ação Climática, onde a população afirma que não quer o seu futuro minado – “A mineração é um presente envenenado! Lítio? Não. Obrigado!”

Hoje, dia 29 de dezembro, pelas 12h00 uma delegação do Partido Ecologista Os Verdes que integra os deputados do PEV à Assembleia da República, Mariana Silva e José Luís Ferreira, irá entregar no Ministério do Ambiente e da Ação Climática (Rua de “O Século”, 51, em Lisboa) estes mil postais como presente para o Sr. Ministro quando se assinalou recentemente 1000 dias da assinatura do contrato de exploração de lítio e minerais associados em Montalegre.

Variante ómicron já representa 75% dos casos de covid-19 em Portugal

A variante ómicron do coronavirus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, atingiu uma proporção estimada de 75% na segunda-feira, segundo um relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

O relatório sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal indica que houve um "crescimento exponencial" de casos prováveis da variante ómicron, ao mesmo tempo que houve uma redução de circulação da variante delta.

Os dados indicam que a variante ómicron é dominante em Portugal (mais de 50% dos casos) e que, segundo o INSA, este "aumento abrupto de circulação comunitária tem paralelismo com o cenário observado em outros países como, por exemplo, a Dinamarca e o Reino Unido".

O relatório, realizado pelo Núcleo de Bioinformática do Departamento de Doenças Infecciosas do INSA, refere que até esta terça-feira foram analisadas 24 198 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas a partir de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 303 concelhos de Portugal.

Portugal | OS ABRAMOVICH DESTA VIDA

AbrilAbril | editorial

Muito se tem falado do facto de o multimilionário russo Roman Abramovich ter adquirido a nacionalidade portuguesa, enquanto há quem nasça e viva em Portugal e não a consiga obter.

Uma situação só possível pela aplicação da lei que confere esse direito aos descendentes de judeus sefarditas expulsos de Portugal, há cerca de 500 anos, pelo rei D. Manuel I.

Uma lei aprovada há alguns anos na Assembleia da República, por unanimidade, permitindo aos descendentes de judeus sefarditas que tivessem sido expulsos obterem a nacionalidade portuguesa. Aliás, uma lei que, por exemplo, não abrange os muçulmanos, que também foram expulsos.

Entretanto, a obtenção de nacionalidade portuguesa por esta via tornou-se um negócio rentável para alguns, dando origem a que muita gente obtivesse a nacionalidade portuguesa, embora sem ter qualquer relação com o nosso País.

Bolsonaro taxado de ‘vagabundo’ ao sair de férias durante catástrofe na Bahia

# Publicado em português do Brasil

Bolsonaro viajou, na véspera, para São Francisco do Sul, no litoral catarinense, para passar o período do Réveillon. A ida do chefe do Executivo à região se dá em meio à tragédia registrada na Bahia por conta das enchentes.

No momento em que a Bahia atravessa o maior desastre de sua história, com enchentes que já atingiram mais de 430 mil pessoas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) sai de férias para Santa Catarina e provoca revolta até entre seus ex-eleitores. O termo “Bolsonaro vagabundo” explodiu nas redes sociais, nesta terça-feira.

Bolsonaro viajou, na véspera, para São Francisco do Sul, no litoral catarinense, para passar o período do Réveillon. A ida do chefe do Executivo à região se dá em meio à tragédia registrada na Bahia por conta das enchentes, que já afetam quase meio milhão de pessoas (471 mil ) no Estado. A população local enfrenta fortes chuvas desde o começo do mês e a situação se agravou nos últimos dias, com 60 municípios debaixo d’água.

— É uma completa inversão de prioridades. Enquanto mais de 400 mil pessoas são atingidas por essa tragédia, ele está pescando. Chega a ser cruel. É a marca da crueldade, da completa falta de sensibilidade com o problema do outro. Não é porque o governador da Bahia é de outro partido que ele deveria agir assim — protestou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), ao mencionar a conhecida animosidade política entre Bolsonaro e o governador Rui Costa (PT).

A MÃO OCULTA DA GRÃ-BRETANHA NO GOLPE DE 1964 NO BRASIL

– O Reino Unido actuou para a instauração ditadura militar-empresarial que perdurou por 21 anos

John McEvoy [*]

A 31 de Março de 1964, foi lançado o golpe militar contra o Presidente brasileiro João Goulart. A democracia do Brasil já era frágil e Goulart tentava lançar um ambicioso programa de Reforma Agrária ao mesmo tempo que alargava o voto à população analfabeta do Brasil, incendiando a elite política, militar e empresarial do país.

O golpe culminou em 1 de Abril de 1964, e deu início a uma ditadura militar de 21 anos. Durante este período, mais de 400 indivíduos foram mortos pelos militares brasileiros e muitos mais foram "desaparecidos", torturados ou presos.

mão de Washington no golpe é bem conhecida. Logo após a posse Goulart na presidência, em 1961, a CIA começou a despejar dinheiro no país, apoiando secretamente manifestações de rua e incitando sentimentos anti-comunistas. Uma vez em curso o golpe, o Presidente Lyndon Johnson deu instruções aos seus assessores para "fazer tudo o que fosse necessário" para o apoiar.

O Information Research Department (IRD), uma unidade do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico que actuou como braço de propaganda secreto durante a Guerra Fria, também esteve activo no Brasil. Embora os EUA tenham desempenhado claramente um papel mais destacado, ficheiros recentemente desclassificados revelam a mão oculta da Grã-Bretanha no golpe através do seu apoio a agitadores chave.

Mais lidas da semana