quinta-feira, 21 de abril de 2022

ASSIM VAI A GUERRA DA UCRÂNIA, ANUNCIADO PELO JORNALISMO DO OCIDENTE

Rússia anuncia tomada da cidade estratégica de Mariupol

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fala ao Parlamento português esta quinta-feira. Enquanto a Rússia controla 80% do território de Lugansk, segundo o Governador local, e Moscovo anuncia que tomou a cidade de Mariupol. Da China chegam notícias de que Pequim não é favorável às sanções impostas pelo Ocidente ao regime de Putin. Entretanto a Turquia acusa membros da NATO de quererem prolongar guerra para debilitar Rússia.

Separatista diz que bloqueio de Mariupol exige reforços

Um líder separatista ucraniano disse, esta quinta-feira, que bloquear o reduto da resistência na vasta zona da fábrica metalúrgica Azovstal em Mariupol, tal como ordenou o presidente russo, vai exigir o reforço das milícias pró-russas de Donetsk.

"Vamos necessitar de reforçar o nosso pessoal (efetivo militar) porque se trata de uma extensa rede de comunicações subterrâneas", disse o chefe da Administração da autoproclamada república popular de Donetsk, Alexei Nikanorov, ao canal de televisão estatal Rossia-24.

"Vai ser necessário reforçar o nosso pessoal, de modo que não passe 'nem uma mosca', tal como disse o presidente (Vladimir Putin)", acrescentou.

Negociadores ucranianos prontos para conversações com a Rússia sobre Mariupol

O chefe da delegação de negociadores ucranianos, David Arakhamia, anunciou que está pronto, juntamente com o assessor presidencial e negociador Mykhailo Podoliak, para viajar até Mariupol e iniciar rapidamente as negociações com a Rússia, disseram hoje os media locais.

"Nem uma mosca" entra na fábrica de Azov, diz Putin

O presidente russo já terá felicitado o ministro da Defesa pela tomada de Mariupol. Citado pela Interfax, Vladimir Putin terá dito que não há necessidade de tomar a fábrica metalúrgica Azov, onde está refugida a resistência ucraniana, mas terá dado ordens para um bloqueio total àquelas antigas instalações siderúrgicas.

"Nem uma mosca pode passar", terá dito Putin, reafirmando as garantias de que serão poupadas as vidas aos que se renderem.

Rússia diz que capturou cidade de Mariupol

O ministro da defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse, esta quinta-feira, que as tropas russas controlam Mariupol, cidade estratégica do leste ucraniano que recusou ultimatos para se render nos últimos dias.

Segundo o ministro, citado pela Reuters, que está a revelar deflações alegadamente feitas por Shoigu à agência Interfax, 1478 combatentes ucranianos depuseram as armas, mas mais de dois mil continuam a defender a antiga fábrica metalúrgica de Azov onde se concentrou a resistência nas últimas semanas.

China reafirma oposição às sanções ocidentais à Rússia

O presidente chinês, Xi Jinping, reafirmou a oposição de Pequim às sanções impostas pelo Ocidente à Rússia.

Xi Jinping condenou "as mentalidades da guerra fria", o unilateralismo e a hegemonia - termos frequentemente usados pela China para criticar as políticas dos EUA - e evitou condenar a invasão da Ucrânia e apelou à continuidade das relações comerciais com a Rússia, que considerou um parceiro estratégico, adianta a BBC.

Ao falar num fórum económico local, Xi Jinping disse que a China é contra táticas de extrema pressão e considerou que o corte de abastecimentos não vai funcionar.

Turquia acusa membros da NATO de quererem prolongar guerra para debilitar Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Çavusoglu, disse esta quarta-feira que alguns Estados membros da NATO querem prolongar a guerra na Ucrânia para enfraquecer a Rússia.

"Há alguns países no seio da NATO que querem que a guerra na Ucrânia continue. Eles pensam que, se a guerra continuar, a Rússia ficará enfraquecida. A situação na Ucrânia pouco importa para eles", disse o ministro, numa entrevista à CNN turca.

Çavusoglu lamentou o sucesso até agora limitado das tentativas de mediação turcas, ao reunir os ministros dos Negócios Estrangeiros ucraniano e russo.

"Esperávamos que algo saísse da reunião em Antalya. Foi uma reunião importante para ambas as partes. Após as conversações em Istambul, a nossa esperança aumentou, mas quando chegaram as imagens do massacre [em Bucha], afastaram-se do acordo de Istambul. Por agora ainda estão a negociar", disse Çavusoglu.

Augusto Correia, Sandra Alves | Jornal de Notícias

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