segunda-feira, 11 de abril de 2022

MPLA está a trabalhar com intensidade para obter vitória expressiva nas eleições

O secretário do Bureau Político do MPLA para as Relações Internacionais, Manuel Augusto, apresentou o quadro político-eleitoral no país aos cabo-verdianos, quando se dirigia, este domingo (10), na cidade da Praia, aos militantes do PAICV, reunidos no seu XVII Congresso, e partilhou que o seu partido está a traba-lhar, de forma intensa, para vencer as eleições gerais de forma expressiva.

"Angola está a preparar-se para a realização, em Agosto do corrente ano, das eleições gerais, e o MPLA está a trabalhar de forma muito intensa para vencer o pleito de forma expressiva, e assim poder continuar a implementar o seu Programa de Governação, focado no desenvolvimento harmonioso e sustentável do país e na resolução dos problemas do povo angolano”, reza o teor do discurso que o Jornal de Angola teve acesso.

Manuel Augusto entregou uma mensagem do presidente João Lourenço ao homólogo do PAICV, Rui Semedo. Reconheceu entretanto a importância histórica das relações entre os dois partidos e povos, cujos laços "devemos continuar a aprofundar e a fortalecer". Disse que a sua presença no congresso, representa a expressão e um sinal claro da evidência da irmandade e solidariedade que o MPLA tem pelos militantes, amigos e por todo o povo cabo-verdiano. "Transmito, por esta via, os nossos agradecimentos pelo honroso convite que nos formularam para participarmos do XVII Congresso do PAICV, um partido forte e vitorioso, que luta incessantemente por um Cabo Verde unido, democrático e desenvolvido".

O MPLA tem plena consciência dos propósitos fundamentais do PAICV, que reúne, nesse congresso, toda a sua família política, em representação de milhares de militantes e do povo irmão de Cabo Verde, para concluir o processo de renovação de mandatos dos seus órgãos de direcção, bem como aprovar as estratégias para o fortalecimento do partido, tendo em vista os desafios do presente e do futuro, realçou Manuel Augusto.

Assim, tenho a honra, com imensa satisfação e alegria, de transmitir-vos as saudações do camarada presidente João Lourenço, dos militantes, amigos e simpatizantes do MPLA e de todo povo de Angola”, manifestou, em jeito de fratertinidade e solidariedade pelos laços históricos que unem os dois partidos. 

O secretário do Bureau Político do MPLA para as Relações Internacionais, Manuel Augusto, não deixou de frisar o momento ímpar sujeito pela pandemia da Covid-19, que o mundo está à beira de ultrapassar, segundo os últimos cálculos clínicos, apesar de a classe científica estar dividida quanto a isso, como uma situação que obrigou os governos, instituições internacionais e povos, de forma universal, a acolherem medidas restritivas e duras à maneira de vida harmoniosa em sociedade. Neste particular, segundo o teor do discurso do político angolano, o Executivo agiu atempadamente, adoptando e implementando medidas de prevenção, testagem e vacinação da população, o que permitiu uma melhor gestão e controlo da pandemia. "Como é do vosso conhecimento, a crise económica e financeira internacional que também atingiu Angola desde 2014, acrescida ao impacto da Covid-19, abalou de forma abrupta a sua economia e agravou os problemas sociais", pontualizou.

Face à situação, o Governo angolano, no âmbito do seu Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, respondeu com medidas políticas e económicas de curto, médio e longo prazo, que estão a melhorar o chamado ambiente do "doing business" e as condições objectivas para a diversificação da sua economia, destacou o secretário do Bureau Político do MPLA.

Graças às medidas tomadas, disse, para os próximos tempos, se perspectiva o aumento considerável da produção nacional, com a consequente diminuição das importações, a criação de mais empregos e maior capacidade para a satisfação das necessidades básicas da população.

Manuel Augusto sublinhou que, à par das medidas económicas, o Presidente João Lourenço lidera um amplo programa de reformas, com destaque para "o combate cerrado contra a corrupção, o nepotismo e a impunidade, assim como a reforma da justiça e do direito, bem como a consolidação das liberdades de expressão, de imprensa, de religião e de culto".

Percurso de luta comum

O político do MPLA precisou que os precursores "da luta pela independência dos nossos países, Amílcar Cabral e Agostinho Neto", nos seus dias, imbuídos de patriotismo, para o alcance dos programas mínimo e máximo, faziam a luta com unidade, disciplina e solidariedade.

Referiu, no entanto, que esses são os princípios fundamentais em que as actuais e futuras gerações se devem inspirar, num contexto cada vez mais desafiador, que exige muita capacidade de resiliência, criatividade e inteligência estratégica.

Apelou aos militantes para "juntarem toda a sinergia na reafirmação da liderança, dos ideais, dos princípios e valores". Para o político angolano, não importam os desafios do contexto, na medida em que o PAICV se adapta rapidamente às transformações dos tempos, porque tem quadros capazes e, deste modo, no seu entender, tem capacidade para vencer os desafios que tem pela frente, considerando o povo como a "chave da vitória".

Manuel Augusto fez saber, como forma de encorajamento aos militantes do PAICV, que o MPLA, quando realizou, em Dezembro de 2021, o seu VIII Congresso Ordinário, reafirmou de forma expressiva a sua confiança na liderança de João Lourenço, reelegendo-o ao cargo de presidente do partido. "Por isso, apelo que tenham firmeza na vossa liderança", justificou.

"O nosso VIII Congresso marcou a história política de Angola, com a paridade de género. Hoje o MPLA tem nos seus órgãos e organismos, com realce para o Comité Central, a presença igualitária de mulheres e homens, isto é, 50 por cento são mulheres e 50 são homens", vincou Manuel Augusto, tendo reforçado que se aumentou, também, a representatividade da juventude. Em relação à cooperação internacional, realçou, o VIII Congresso Ordinário reafirmou o compromisso do MPLA em reforçar, de forma particular, as históricas relações com os partidos irmãos dos Países Africanos de Língua Portuguesa, defendendo maior concertação e intervenção a nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

"É com base neste pensamento que o MPLA considera importante a retomada, o mais breve possível, das reuniões de concertação dos secretários-gerais dos nossos partidos, com vista ao reforço da cooperação multilateral", argumentou. Para Manuel Augusto, seria uma omissão imperdoável, ainda neste contexto, não lamentar as vicissitudes por que passa um dos nossos partidos irmãos, o PAIGC e não condenar a intolerância de que é vítima. "Ao PAIGC, toda a nossa solidariedade e apoio", afirmou o político do MPLA.

Centenário de Agostinho Neto

O secretário do Bureau Político do MPLA para as Relações Internacionais, Manuel Augusto, aproveitou a ocasião, igualmente, para lembrar que à 17 de Setembro deste ano completar-se-ão cem anos do nascimento de António Agostinho Neto, Fundador da Nação Angolana, cuja trajectória política e humanista ficou indissoluvelmente ligada à vida e história de Cabo Verde.

"Queremos partilhar com todo o povo cabo-verdiano, representado aqui pelo PAICV, as comemorações do centenário deste ícone da luta de libertação dos povos africanos", disse Manuel Augusto, para, finalmente, sublinhar que lhe era particularmente honroso reafirmar a disponibilidade do MPLA em continuar a trabalhar no reforço das relações de amizade, de solidariedade e de cooperação existentes entre os dois partidos, países e povos.

Jornal de Angola

Imagem: Secretário do Bureau Político Manuel Augusto destacou a amizade histórica mantida com o PAICV © Fotografia por: DR 

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