sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Angola | VENDEDORES DO LABORATÓRIO DE QUADROS – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O anterior Presidente da República, José Eduardo dos Santos, combateu em Cabinda para libertar a pátria do colonialismo. Fez parte do comando da II Região Político Militar do MPLA, que dirigiu a luta armada de libertação nacional na província. O comandante da Frente Norte era David Moisés (Ndozi) e o comissário político Eurico Gonçalves (China).

Nesta frente de combate existiu o grande laboratório de quadros que alimentou a luta armada de libertação até ao Dia da Independência Nacional. José Eduardo dos Santos, Hoji ya Henda, Iko Carreira, Manuel Lima, Pedalé, Nzagi, Ndozi, Eurico, Bolingô, Max Merengue, Delfim de Castro, Foguetão e tantos outros lutaram em Cabinda pela libertação da pátria.

O comandante Jika tombou em Cabinda poucas semanas antes da Independência Nacional. Milhares de angolanos de todo o país defenderam a província, na batalha do Ntó, quando as divisões zairenses invadiram Angola. Nesse dia, elementos da FLEC acompanhavam os invasores e com eles foram derrotados.

 Centenas de combatentes sacrificaram a vida em Cabinda, na luta pela Independência e na defesa da pátria independente. Quando foi preciso lutar pela liberdade, a “sociedade civil” que hoje que se associou à UNITA, apoiava as potências coloniais. Muitos foram além das palavras e passaram aos actos. 

Os que hoje querem ser poder à boleia dos votos na UNITA ou da CASA-CE, ontem aproveitavam bolsas de estudo, militavam nas fileiras do MPLA e tiravam vantagens das suas ligações ao poder. Quando perceberam que podiam ganhar mais servindo os inimigos de Angola e do Povo Angolano, vestiram a camisola da FLEC ou esconderam-se sob o mando enganador de activistas dos direitos humanos.

Mas quem se dedica à extorsão, não respeita direitos nenhuns. Quem rapta inocentes para exigir chorudos resgates, não respeita as leis vigentes no país e coloca-se na condição de criminoso de delito comum. Quem paga para matar civis indefesos nas estradas de Cabinda, é um criminoso que tem no lugar da alma uma conta bancária e como único objectivo na vida, ganhar anualmente o prémio de melhor cliente do banco onde deposita milhões.

Quem anda à procura de armas e explosivos para actos terroristas contra civis não merece a liberdade que tem e muito menos a indulgência das autoridades. Os que andam a convencer jovens para fazerem operações terroristas contra o regime democrático, além de criminoso é inimigo dos democratas e das pessoas de bem.

Quem disparou contra uma caravana de viaturas civis com a intenção de matar desportistas inocentes e jornalistas só para dizer ao mundo que ainda mexe, é um assassino sem escrúpulos. Fizeram isso com a delegação do Togo no CAN de 2010.

Os que nas capelas ilegalmente ocupadas da Paróquia da Imaculada Conceição exigiam dinheiro aos fiéis para fazerem sabotagens e atentados, que até atingiam os que faziam os donativos, são mais do que excomungados: venderam a alma ao diabo e entregaram o coração à morte. Os fiéis espoliados eram das capelas Cristo Nhuti, Cristo Mbonde, Jesus Bom Pastor, Macoco, Santiago, Cabasango, São Carlos Luanga, Santo Agostinho, São Lourenço, S. João Baptista e S. João de Brito. Todas situadas nos bairros onde habita gente pobre que pagavam aos excomungados que lhes roubavam a paz e o pão.

Os que se servem de mentiras para criar em Cabinda um clima de desconfiança e ressentimento, são seres diabólicos que semeiam a dor e o luto, quando pressentem que amanhã vai raiar a esperança e a felicidade. 

Os que atentam contra a unidade nacional e a integridade territorial são mais do que seres demoníacos: vendem o seu povo pela vã glória de se sentarem na assembleia de accionistas da Chevron ou para revelarem as suas traições aos microfones da Voz da América.

Os que renegam a pátria porque lhes cheira a petróleo, mais cedo ou mais tarde vão perceber que Roma não paga a traidores. A paz e estabilidade são mais valiosas do que o petróleo. O amor vale mais do que o ódio que eles propagam. A vida que o MPLA promove e defende vale mais do que a morte que eles semeiam nos corpos e nas almas.

O padre Raul Tati, quando no ano de 2007, em Brazzaville, foi assinado um acordo de cessar-fogo entre a FLEC/FAC de António Bento Bembe e o Executivo, em vez de exultar com a paz, atirou logo com achas para a fogueira proclamando que aquele acto de nada valia porque não estava presente a Igreja Católica nem a sociedade civil.

Hoje já não se preocupa com a Igreja. Porque para ele, a instituição que devia servir, era apenas um instrumento que esgrimia para promover a subversão e encher os bolsos de dinheiro. Num debate com Nzita Tiago aos microfones da Voz da América, já só falava da sociedade civil, que ele manipula e usa para atacar a democracia e promover a violência gratuita.

A sociedade civil do padre excomungado  Raul Tati serve-se do Parlamento para atacar a unidade nacional. Serve-se das escolas, das universidades, das capelas, para destruir a paz e a estabilidade. Altos funcionários do Estado Angolano, servem-se dos seus cargos para porem em causa a integridade de Angola. 

Apenas o dinheiro os move. Mas eles próprios são a prova das suas mentiras: muitos fizeram os seus estudos primários, secundários e universitários em Cabinda. A província afinal tem equipamentos sociais importantes, para promover o bem-estar e a felicidade.

Apesar de promoverem permanentemente ódio, a discórdia e a subversão, o Executivo tem pelo menos uma obra para mostrar: os cursos superiores destes construtores da desgraça. A paz é um bem precioso para todos, mas particularmente para a Juventude que acredita no futuro de Angola. Os eleitores vão derrotar os que querem vender Cabinda a troco de um punhado de votos. Esperem para ver.

*Jornalista

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