A PRM em Nampula diz estar em perseguição aos grupos armados que recentemente atacaram algumas aldeias na província a provocaram a morte de pelo menos seis pessoas.
A Polícia da República de Moçambique na província de Nampula, recentemente alvo de ataques armados, disse este sábado (10.09), que está a mover uma perseguição contra os autores das incursões, apelando para a população se manter vigilante a pessoas "estranhas".
"As Forças de Defesa e Segurança estão no terreno a perseguir o inimigo, para criar um ambiente que permita que a nossa população volte às suas zonas de origem", afirmou António Bachia, comandante da PRM na província de Nampula, norte de Moçambique.
O responsável pediu à população para se manter vigilante em relação a movimentações de pessoas estranhas nos 23 distritos da província de Nampula.
Parar a expansão do terrorismo
Na quinta-feira (08.09), o
Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu que o país deve impedir
a expansão de grupos armados ativos desde 2017
Antes, na quarta-feira, Nyusi tinha afirmado que pelo menos seis pessoas já morreram desde sábado numa nova vaga de ataques armados no norte de Moçambique e há combates em curso.
"Seis cidadãos foram decapitados, três sequestrados e dezenas de casas foram incendiadas", referiu na cidade de Xai-Xai, durante o discurso alusivo ao Dia da Vitória.
Alguns pontos do extremo norte da província de Nampula, juntamente com Cabo Delgado, são palco da instabilidade causada pela presença de grupos armados.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por violência armada, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano por forças do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas levando a uma nova onda de ataques noutras áreas, mais perto de Pemba, capital provincial.
Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
Deutsche Welle | Lusa
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