Artur Queiroz*, Luanda
Nos meus tempos de noctívago, se
bebia uns copos, me deitava ao amanhecer e me levantava duas horas depois para
ir reportar e noticiar, estava tão amarrotado que minha querida Mãe me dizia
compungida: Meu filho parece que vens da guerra na Coreia! Na Ucrânia, a imagem
número 13 de Nossa Senhora de Fátima já começou a fazer milagres. Um senhor
idoso, bem-parecido, impecavelmente barbeado, limpinho, bem vestido,
confidenciou a um agente da propaganda ao serviço da CNN Portugal (Pedro
Mourinho) que viveu um mês numa cave
O informador do propagandista Mourinho disse que ficou sempre escondido dos russos. Mas ao mesmo tempo descrevia como civis foram mortos, amarrados, torturados, mutilados. Nas catacumbas de uma cave, sem luz, sem água, sem gás e sem comida afinal o homenzinho viu tudo. Alguns cadáveres ainda tinham no braço um pano branco. Para quem não sabe informo que esse sinal é usado por quem está contra a guerra, contra a OTAN (ou NATO) e contra a União Europeia. Há relatos de que os falantes russo, russos ou pró-russos são perseguidos, brutalizados e mortos, desde 2014.
Civis mortos na Ucrânia, dizem os propagandistas. Mas os mesmos mostram nos canais de televisão ocidentais civis armados até aos dentes, civis recebendo treino militar, civis com capacetes de guerra e coletes à prova de bala mais uma arma de guerra dizendo ante as câmaras que vão matar os russos e defender a Ucrânia. Essas e esses são civis? Provavelmente eram. Mas deixaram de ser quando se juntaram às tropas ucranianas. Poucos civis há para matar porque os que não vão em bravatas e heroísmos televisivos já fugiram da Ucrânia há muito tempo.
A operação militar especial da
Federação Russa na Ucrânia foi desencadeada para desmilitarizar e desnazificar
o país. Está
A operação não estaria a decorrer se as autoridades de Kiev tivessem banido as milícias nazis dos Bandera ou do Batalhão de Azov. Lamento informar que este “batalhão” são milhares de homens, integrados na Guarda Nacional e no Exército da Ucrânia. E tem um partido político. Desde 2014 que essas milícias matam civis indefesos nas chamadas repúblicas separatistas. A ONU, nos seus relatórios, fala em genocídio!