terça-feira, 5 de abril de 2022

MASSACRES E BOMBARDEAMENTOS INFORMATIVOS -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Nos meus tempos de noctívago, se bebia uns copos, me deitava ao amanhecer e me levantava duas horas depois para ir reportar e noticiar, estava tão amarrotado que minha querida Mãe me dizia compungida: Meu filho parece que vens da guerra na Coreia! Na Ucrânia, a imagem número 13 de Nossa Senhora de Fátima já começou a fazer milagres. Um senhor idoso, bem-parecido, impecavelmente barbeado, limpinho, bem vestido, confidenciou a um agente da propaganda ao serviço da CNN Portugal (Pedro Mourinho) que viveu um mês numa cave em Bucha. Sem água, sem luz, sem gás e sem comida. As bochechas e a barriguinha (curva da felicidade) não denotavam falta de comida. E miraculosamente teve água para lavar a roupa e tomar banho.

O informador do propagandista Mourinho disse que ficou sempre escondido dos russos. Mas ao mesmo tempo descrevia como civis foram mortos, amarrados, torturados, mutilados. Nas catacumbas de uma cave, sem luz, sem água, sem gás e sem comida afinal o homenzinho viu tudo. Alguns cadáveres ainda tinham no braço um pano branco. Para quem não sabe informo que esse sinal é usado por quem está contra a guerra, contra a OTAN (ou NATO) e contra a União Europeia. Há relatos de que os falantes russo, russos ou pró-russos são perseguidos, brutalizados e mortos, desde 2014. 

Civis mortos na Ucrânia, dizem os propagandistas. Mas os mesmos mostram nos canais de televisão ocidentais civis armados até aos dentes, civis recebendo treino militar, civis com capacetes de guerra e coletes à prova de bala mais uma arma de guerra dizendo ante as câmaras que vão matar os russos e defender a Ucrânia. Essas e esses são civis? Provavelmente eram. Mas deixaram de ser quando se juntaram às tropas ucranianas. Poucos civis há para matar porque os que não vão em bravatas e heroísmos televisivos já fugiram da Ucrânia há muito tempo.

A operação militar especial da Federação Russa na Ucrânia foi desencadeada para desmilitarizar e desnazificar o país. Está em marcha. Era melhor que não estivesse. Mas para evitar a acção armada, as autoridades de Kiev tinham que desmantelar as bases da OTAN (ou NATO) que existem no país, mesmo sem a adesão ao bloco militar agressivo, reacionário e ofensivo. Tão ofensivo que já destruiu a Jugoslávia que, lamento informar os mais ignorantes em geografia, era um país europeu.

A operação não estaria a decorrer se as autoridades de Kiev tivessem banido as milícias nazis dos Bandera ou do Batalhão de Azov. Lamento informar que este “batalhão” são milhares de homens, integrados na Guarda Nacional e no Exército da Ucrânia. E tem um partido político. Desde 2014 que essas milícias matam civis indefesos nas chamadas repúblicas separatistas. A ONU, nos seus relatórios, fala em genocídio! 

SE O PACTO DE VARSÓVIA ESTÁ MORTO, POR QUE A OTAN ESTÁ VIVA?

Samiullah Safi* |  Tanzila Aslam* | Katehon

Pensadores militares que datam de Tucídides no século 5 aC teorizaram sobre por que os países formam alianças de segurança. De acordo com Tucídides, as nações se unem para dissuadir ou ir à guerra por causa de "honra, medo e interesse". Tatsuya Nishida, especialista em Relações Internacionais e Política de Alianças, teorizou que, em geral, a existência de perigo ou poder hostil é um pré-requisito essencial para a criação de uma aliança de segurança. Paul Schroeder, especialista em parcerias, vai um passo além e propõe três motivações para a formação de alianças:

Para neutralizar um perigo.

Para acomodar uma ameaça através de um "pacto de contenção".

Fornecer às grandes potências uma "ferramenta de controle" sobre nações menores.

Westerns liderados pelos EUA tinham seus interesses mútuos coletivos, eles formaram uma aliança coordenada da OTAN, a OTAN foi criada em 1949 por 28 estados europeus. Foi uma aliança militar com o objetivo principal de enfrentar a ideologia do comunismo e a expansão da URSS. Como resposta à OTAN, a URSS criou o Pacto de Varsóvia em 1955 e seus aliados para cooperação de segurança mútua, principalmente para manter o poder da URSS sobre o capitalismo globalmente. No rescaldo da Guerra Mundial, o mundo foi dividido em dois blocos, o capitalismo pelo poder ocidental, especialmente os Estados Unidos da América, e o comunismo, apoiado pela URSS e seu laço oriental. Essas duas ideologias são a forma de governos, tendo seus princípios e regras para administrar a configuração estatal. Para governar o mundo, EUA e URSS se envolveram em procuração sobre outros territórios para alcançar seus interesses nacionais. Uma série de guerras ideológicas começou entre o capitalismo e o comunismo por décadas após a 2ª Guerra Mundial. O mundo testemunhou guerras sangrentas travadas em outros territórios entre as duas ideologias contraditórias patrocinadas pelos EUA e URSS, respectivamente. Guerra da Coréia de 1950 a 1953 com aproximadamente 5 milhões de vítimas seguida pela Guerra do Vietnã, iniciada em 1955, travada por vinte anos com uma perda maciça de pessoas inocentes. Outra guerra do Afeganistão em terras afegãs entre a URSS e os mujahedeen apoiados pelos EUA lutou por quase uma década, de 1979 a 1989, que resultou na desintegração da URSS em 1991 e na dissolução do Pacto de Varsóvia. Guerra da Coréia de 1950 a 1953 com aproximadamente 5 milhões de vítimas seguida pela Guerra do Vietnã, iniciada em 1955, travada por vinte anos com uma perda maciça de pessoas inocentes. Outra guerra do Afeganistão em terras afegãs entre a URSS e os mujahedeen apoiados pelos EUA lutou por quase uma década, de 1979 a 1989, que resultou na desintegração da URSS em 1991 e na dissolução do Pacto de Varsóvia. Guerra da Coréia de 1950 a 1953 com aproximadamente 5 milhões de vítimas seguida pela Guerra do Vietnã, iniciada em 1955, travada por vinte anos com uma perda maciça de pessoas inocentes. Outra guerra do Afeganistão em terras afegãs entre a URSS e os mujahedeen apoiados pelos EUA lutou por quase uma década, de 1979 a 1989, que resultou na desintegração da URSS em 1991 e na dissolução do Pacto de Varsóvia.

AS “SANÇÕES RUSSAS” DE BIDEN ESTÃO DESTRUINDO A ECONOMIA OCIDENTAL

Paul Craig Roberts | Katehon

Isto é o que o idiota porta-voz da Casa Branca Jen Psaki descreve como “destruindo” a economia russa:

As sanções sem precedentes contra a Rússia aumentaram os custos de energia na Europa e nos EUA, impulsionando uma inflação recorde e tornando cada vez mais caro para agricultores e caminhoneiros abastecer suas máquinas, comprar fertilizantes ou acompanhar outros custos. Na Europa, que depende da energia e dos minerais russos, as sanções agravaram uma crise no fornecimento de energia que elevou os custos para residências e empresas.

O idiota de baixo grau que os americanos permitiram na Casa Branca conseguiu destruir o Ocidente com suas “sanções russas”. O que o tolo quer dizer são “sanções contra o Ocidente”. 

Explodindo os preços da gasolina e os custos de transporte na Europa.

Uma greve nacional de caminhoneiros na Espanha.

Agricultores protestam em Atenas.

Prateleiras de supermercado vazias em toda a Europa devido às paradas de transporte.

Aumento nos preços dos fertilizantes e nos preços dos alimentos disparados.

Desligamento das principais fábricas de automóveis e caminhões na Europa.

E, claro, governos idiotas alertando contra as compras em pânico.

Este leva o bolo: a empresa sueca Arla vai punir a Rússia prejudicando suas próprias receitas ao interromper a venda na Suécia de seu Kefir, uma bebida láctea fermentada, porque a embalagem tem as cúpulas de cebola, marca registrada da empresa, que têm associações russas.

É difícil imaginar um governo tão estúpido como o de Washington e governos fantoches estúpidos o suficiente para permitir isso.

Enquanto isso, a UE acumula mais sanções que pioram a situação dos europeus.

Portugal | INFLAÇÃO: MORRER DA CURA

Mariana Mortágua* | Jornal de Notícias | opinião

Um pouco de inflação é, em geral, desejável. Significa que a economia está a funcionar. Se for acompanhada por aumentos salariais, a inflação não produz perda de poder de compra e tem o efeito de tornar as dívidas antigas mais pequenas. Embora este efeito prejudique os credores, a sociedade beneficia com o alívio do peso da dívida.

Na última década, a Europa e os EUA sofreram o problema oposto, uma vez que as economias tiveram preços estagnados ou até deflação (diminuição dos preços). Isso deveu-se à falta de poder de compra da população, sob os efeitos da crise e da austeridade, da precariedade e dos baixos salários. Mas as autoridades decidiram enfrentar o problema por outro lado, o lado da finança.

Assim, desde o final da crise que os principais bancos centrais, como o BCE e a FED, injetaram triliões de euros (ou dólares) nos mercados financeiros através da compra de ativos aos bancos. Em teoria, estas políticas deveriam aumentar a disponibilidade financeira dos bancos, que emprestariam mais às famílias e empresas, as quais iriam investir e consumir mais. No fim, os preços subiriam. Mas não foi isso que aconteceu. Até ao final de 2020, a inflação recusou-se a aumentar. Para onde foram então os triliões dos bancos centrais, se não se transformaram em investimento produtivo, salário e consumo? Se olharmos à nossa volta, encontraremos setores hiperinflacionados, bem nas barbas dos bancos centrais: o imobiliário, as bolsas de valores, os mercados financeiros em geral.

Portugal | O CALHAMBEQUE


 Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | 8 de Abril é dia de luta pelo aumento dos salários

O ataque ao poder de compra e aos direitos dos trabalhadores motiva as acções que a CGTP-IN promove a nível nacional, esta sexta-feira.

Depois do «aproveitamento da pandemia» pelos grandes grupos económicos, que acumularam lucros colossais enquanto os trabalhadores foram atingidos nas suas condições de vida e também nos seus direitos, a CGTP-IN diz estar agora em curso um processo de aproveitamento da guerra e das sanções para a escalada do aumento de preços, degradando ainda mais o poder de compra dos salários e das pensões. 

Num comunicado divulgado esta tarde, após reunião da Comissão Executiva onde foi aprovada a realização de concentrações, tribunas públicas e manifestações por todo o País, no dia 8 de Abril, a Intersindical afirma que a «complexa situação que vivemos, com uma guerra que a CGTP-IN condena, não pode servir de pretexto para continuar a adiar a resposta aos problemas dos trabalhadores». Tal como não pode, acrescenta, dar cobertura ao aumento da exploração e das desigualdades, através da tentativa de imposição de uma ainda maior fragilização das condições de trabalho, num cenário em que as multinacionais promovem a especulação e se preparam para concentrar lucros e dividendos cada vez maiores.

«Isso já se vê com a especulação dos preços da energia, com as empresas petrolíferas que compraram o combustível a preços de há meses, a vendê-lo hoje a preços muito mais elevados, como os trabalhadores estão a sentir, mas também o alastramento desta tendência a outros bens e serviços, nomeadamente na alimentação, energia, vestuário ou, entre outros, na habitação», alerta a central sindical liderada por Isabel Camarinha.

Extrema-direita francesa em ascensão. Marine Le Pen com recorde de popularidade

Depois de uma década a tentar melhorar a imagem da União Nacional, partido de extrema-direita anti-imigração cuja liderança herdou do pai, Marine Le Pen alcançou esta semana recordes nos índices de popularidade e nas sondagens para as presidenciais francesas, que acontecem já neste mês de abril.

As mais recentes sondagens não só deram a Marine Le Pen o segundo lugar nas intenções de voto, como encurtaram a margem entre a candidata de extrema-direita e o atual chefe de Estado, Emmanuel Macron.

Segundo o Instituto Francês de Opinião Pública, 47 por cento dos eleitores em França pretendem votar em Le Pen, enquanto 53 por cento dizem querer votar em Macron. Esta é, até agora, a margem mais estreita entre os dois candidatos ao Palácio do Eliseu.

Em 2017, o atual presidente derrotou a adversária de extrema-direita ao alcançar 66 por cento dos votos.

Indiferentes ao aumento da popularidade da líder da União Nacional, os seus rivais políticos continuam a retratá-la como racista, xenófoba, antissemita e antimuçulmanos. No entanto, entre a população a imagem de Le Pen sofreu um volte-face.

MASSACRE NA UCRÂNIA: AS PEÇAS SOLTAS DO QUEBRA-CABEÇAS

Por que, logo após a saída das tropas russas de Bucha, o prefeito fez pronunciamento público, e nada mencionou de anormal? Como os corpos surgiram? A mídia ocidental fala em genocídio. Moscou quer investigar. Inglaterra se opõe

M. K. Bhadrakumar, no Indian Punchline | em Outras Palavras |  Tradução: Maurício Ayer

Uma indignada Moscou exigiu furiosamente uma reunião do Conselho de Segurança da ONU na segunda-feira, por conta das alegações de atrocidades que teriam sido cometidas pelas tropas russas em áreas próximas de Kiev durante o último mês. Prima facie, as alegações são fake news, mas podem moldar percepções errôneas no momento em que são publicadas como desinformação.

Uma reportagem da agência russa Tass afirma: “O ministro da Defesa russo disse no domingo que as Forças Armadas russas deixaram Bucha, localizada na região de Kiev, no dia 30 de março, enquanto ‘as evidências de crimes’ surgiram apenas quatro dias mais tarde, depois que os oficiais do Serviço de Segurança Ucraniano chegaram à cidade. O ministério enfatizou que em 31 de março, o prefeito da cidade, Anatoly Fedoruk, confirmou em uma declaração em vídeo que não havia soldados russos em Bucha. No entanto, ele não disse nem uma palavra sobre civis assassinados nas ruas com as mãos amarradas nas costas”.

Ainda mais surpreendente é que, poucos minutos após as “notícias urgentes”, os líderes ocidentais – chefes de Estado, ministros de relações exteriores, ex-políticos – pipocaram com declarações já preparadas e baseadas apenas em vídeos, de apenas alguns segundos, e um conjunto de fotos, prontos a despejar acusações. Não se viu nenhuma opinião de especialistas, nenhum trabalho forense foi feito, não se deu nenhuma oportunidade aos acusados de serem ouvidos.

O presidente francês Emmanuel Macron interrompeu sua campanha eleitoral, na qual está em uma disputa quente com Marine Le Pen pela reeleição no pleito do próximo domingo, para brandir que as alegadas atrocidades cometidas pelos russos são um “crime de guerra”. O mesmo fez o chanceler alemão Olaf Scholz, que também vive grande dificuldade em uma Alemanha que fecha o mês de março apresentando uma inflação de 7,3%.

Chegamos agora ao precipício da Terceira Guerra Mundial

# Traduzido em português do Brasil

Eric Zuesse* | One World

Se os Estados Unidos (em última análise) colocassem um míssil nuclear Minuteman III em Sumy, na Ucrânia, isso estaria a apenas 353 milhas de Moscou, e assim seu tempo de voo para bombardear Moscou seria 353/15.000 de uma hora ou 0,0235 hora, ou 1,41 minutos, o que obviamente seria um tempo muito curto para Putin ou qualquer outra pessoa poder verificar se o míssil foi lançado e liberar as contra-armas da Rússia, incluindo sistemas ABM e mísseis de retaliação.

Na sexta-feira, 1º de abril, uma reportagem extremamente enganosa da agência de notícias britânica Reuters intitulou inofensivamente  "Exclusivo: EUA cancelam teste de ICBM devido a tensões nucleares na Rússia" , mas uma manchete mais honesta e atraente teria sido "Nós agora chegou ao precipício da Segunda Guerra Mundial." Aqui está o porquê:

Seu relatório afirmou que:

O Minuteman III com capacidade nuclear é parte fundamental do arsenal estratégico dos militares dos EUA e tem um alcance de mais de 6.000 milhas (mais de 9.660 km) e pode viajar a uma velocidade de aproximadamente 15.000 milhas por hora (24.000 km/h)  [Wikipedia  relata o "velocidade terminal" para ser 17.647 mph ] .

Os mísseis são dispersos em silos subterrâneos endurecidos operados por equipes de lançamento.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse em fevereiro  [ em 27 de fevereiro, como a AP da América relatou e culpou Putin ]  que as forças nucleares de sua nação deveriam ser  [ realmente  estavam sendo ]  colocadas em alerta máximo, levantando temores de que a invasão da Ucrânia pela Rússia  [na verdade antes que, o  GOLPE DA AMÉRICA EM FEVEREIRO DE 2014 NA UCRÂNIA , ao qual Putin vem   respondendo  desde então ,  poderia levar  [em última análise] a  uma guerra nuclear. Mas autoridades norte-americanas disseram não ter visto nenhuma razão até agora para mudar os níveis de alerta nuclear de Washington. [Em  outros palavras: Biden está cancelando esse teste para NÃO colocar a Rússia em perigo enorme o suficiente para provocar um ataque nuclear imediato da Rússia contra a América.]

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