O ataque ao poder de compra e aos direitos dos trabalhadores motiva as acções que a CGTP-IN promove a nível nacional, esta sexta-feira.
Depois do «aproveitamento da pandemia» pelos grandes grupos económicos, que acumularam lucros colossais enquanto os trabalhadores foram atingidos nas suas condições de vida e também nos seus direitos, a CGTP-IN diz estar agora em curso um processo de aproveitamento da guerra e das sanções para a escalada do aumento de preços, degradando ainda mais o poder de compra dos salários e das pensões.
Num comunicado divulgado esta tarde, após reunião da Comissão Executiva onde foi aprovada a realização de concentrações, tribunas públicas e manifestações por todo o País, no dia 8 de Abril, a Intersindical afirma que a «complexa situação que vivemos, com uma guerra que a CGTP-IN condena, não pode servir de pretexto para continuar a adiar a resposta aos problemas dos trabalhadores». Tal como não pode, acrescenta, dar cobertura ao aumento da exploração e das desigualdades, através da tentativa de imposição de uma ainda maior fragilização das condições de trabalho, num cenário em que as multinacionais promovem a especulação e se preparam para concentrar lucros e dividendos cada vez maiores.
«Isso já se vê com a especulação dos preços da energia, com as empresas petrolíferas que compraram o combustível a preços de há meses, a vendê-lo hoje a preços muito mais elevados, como os trabalhadores estão a sentir, mas também o alastramento desta tendência a outros bens e serviços, nomeadamente na alimentação, energia, vestuário ou, entre outros, na habitação», alerta a central sindical liderada por Isabel Camarinha.
Para a CGTP-IN, que recusa «mais um ataque» aos salários e pensões num ano em que todas as previsões apontam para o crescimento da economia, o aumento geral dos vencimentos e das pensões é condição «fundamental» para responder ao aumento dos preços de bens e serviços essenciais.
Neste sentido, recupera a reivindicação da subida dos salários em 90 euros para todos os trabalhadores, mas também a valorização das carreiras e profissões e a melhoria das condições de trabalho, seja com a redução do tempo de trabalho sem perda de retribuição, seja na efectiva regulação dos horários, a par da revogação da caducidade da contratação colectiva.
AbrilAbril | Imagem: Rodrigo Antunes / Agência Lusa
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