quinta-feira, 5 de maio de 2022

PROGRESSISTAS CHECOS OPÕEM-SE À BASE MILITAR DOS EUA

#Traduzido em português do Brasil

 Peoples Dispatch | em Consortium News

Com a escalada do conflito Rússia-Ucrânia, os militaristas estão em alta, especialmente na Europa Oriental, relata o People's Dispatch. 

Seções progressistas na República Checa criticaram os planos para permitir o estacionamento permanente de tropas militares dos EUA no país.

Com a escalada do conflito Rússia-Ucrânia, os defensores do militarismo estão em alta, especialmente na Europa Oriental, instando os governos a aumentar os gastos militares, comprar e estocar armas e munições, enviar homens e munições para a Ucrânia e até abrir novas bases militares em toda a região para as manobras militares da OTAN lideradas pelos EUA.

No início deste mês, a ministra da Defesa checa, Jana Cernochová, insinuou a abertura de negociações com seu colega americano sobre o envio permanente de tropas militares dos EUA no país. O vice-primeiro-ministro checo Marian Jurecka sugeriu lugares como Mosnov e Prerov como locais adequados para uma base militar.

Embora o primeiro-ministro checo Petr Fiala não tenha endossado totalmente o plano do ministro da Defesa, ele disse que pode haver negociações para um acordo de defesa com os EUA, que a maioria dos países da região já tem.

Em resposta aos planos do governo para uma maior militarização do país, os comunistas checos e o movimento pela paz formaram um comité, incluindo personalidades como o presidente da União dos Escritores Checos, Karel Sýs, porta-voz da iniciativa Sem Bases; Eva Novotná; o líder comunista Josef Skála; e editora do  jornal Haló Noviny , Monika Horení. A comissão iniciou uma petição contra a presença de tropas estrangeiras no território da República Checa.

Krajca disse em um comunicado:

“Protestamos fortemente contra os esforços para construir e operar uma base militar dos EUA na República Checa, seja em Mosnov, Prerov ou em qualquer outro lugar. Tal passo significaria uma ameaça direta aos cidadãos da República Checa e o perigo de uma tempestade ainda mais intensa de nosso país em novas doses de armas”.

A líder do KSCM, Katerina Konecná, disse à mídia anteriormente:

“Não quero que a República Checa seja mais um lugar com base dos EUA. Não quero que nossos cidadãos sejam um alvo em potencial, especialmente enquanto os EUA fizerem o que querem e aumentarem as tensões no mundo”.

No início do ano, os comunistas checos e o movimento pela paz organizaram uma grande mobilização  contra a decisão do governo de fornecer armamentos à Ucrânia e apoiar as manobras da OTAN.

Grupos como o Movimento da Paz Checa (CMH), Partido Comunista da Boémia e Morávia (KSCM), Jovens Comunistas (MK), União da Juventude Comunista (KSM) e outros levantaram forte objeção às declarações feitas por representantes do atual governo de centro-direita que favorecem planos para permitir uma base militar estrangeira permanente dentro do país.

Em 27 de abril, o líder comunista e presidente do Movimento de Paz checo Milan Krajca instou o governo a rejeitar o envio de tropas estrangeiras, bases e armas no país.

Imagem: A partir da esquerda: o secretário-geral da OTAN Jens Stoltenberg e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, com a ministra da Defesa checa Jana Cernochová, a segunda da direita, em 16 de março. (OTAN)

Este artigo é do Peoples Dispatch  em Consortium News

TERCEIRA GUERRA MUNDIAL: A GUERRA FINAL DO JOGO (atualizado)

O que as elites dos EUA e seus aliados estão buscando ganhar com sua política livre de diplomacia em relação à China, Rússia e seus aliados?

Qual é o objetivo final?

Para onde está levando sua constante belicosidade?

Qual é o jogo final que estamos enfrentando?

Por pouco mais de duas décadas, uma guerra foi travada à vista de todos, mas totalmente sem aviso prévio.

Nunca foi declarado, mas é real o suficiente. Muitos ficaram surpresos com sua ferocidade e o fato de que nenhuma diplomacia ocorreu ou foi exigida pelo lado que a empreendeu.

Essa guerra não anunciada e não declarada foi travada não apenas pelos políticos dos EUA e da Europa. Foi combatido também por toda a mídia de massa ocidental. Essas três poderosas elites lutaram lado a lado por vinte anos contra seus principais alvos, a China e todos os seus aliados, incluindo, é claro, a Rússia.

As elites ocidentais estão em uma busca implacável de múltiplos alvos de mudança de regime para evitar que seu domínio global patrício seja eclipsado pela China e seus aliados. No entanto, o objetivo da guerra excede em muito danificar/destruir a China e a Rússia. Tem um objetivo muito mais ambicioso do que este.

O objetivo não é outro senão o controle global completo dos EUA em conjunto com todos os aliados dentro de sua órbita.

Os EUA não ficarão sozinhos no ápice de um mundo novo e controlado. Seu principal aliado, a Grã-Bretanha, também estará lá, curvando-se e assumindo os comandos como de costume. Todos os outros aliados dos EUA tomarão posições um pouco menores.

UMA NOVA ORDEM MONETÁRIA MUNDIAL CONFRONTA O OCIDENTE


O fracasso na Ucrânia poderia significar a desintegração da UE e da NATO

Alastair Crooke [*]

Por vezes as mudanças revolucionárias insinuam-se furtivamente nas nossas vidas. Só tomamos consciência da grande bifurcação quando a observamos no espelho retrovisor. Isto é particularmente verdadeiro quando aqueles que foram os primeiros a puxar o gatilho não têm consciência plena – para si mesmos – daquilo que fizeram.

O que é que foi efetuado? Num momento de preconceito visceral, alguns membros da “equipe Biden” decidiram alavancar o o seu plano para levar o valor do rublo ao colapso. Eles, portanto, recorreram ao truque de capturar as reservas de dólares, euros e Títulos do Tesouro pertencentes ao Banco Central da Rússia.

Eles estavam de tal modo seguros de que este plano arruinaria completamente os esforços da Rússia para salvar um rublo em queda que nem mesmo se deram ao trabalho de consultar o Federal Reserve ou o BCE. Estes depois desaprovaram publicamente a ação empreendida.

O que se seguiu foi o lançamento inadvertido do sistema financeiro ocidental na sua queda progressiva. Os falcões russófobos de Washington desencadearam estupidamente um conflito com o único país – a Rússia – que possui as commodities necessárias para dirigir o mundo e para disparar a mudança para um sistema monetário diferente.

Será que este acontecimento monetário também modificará a dinâmica geopolítica? Certamente – já é o caso.

Ao capturar as suas reservas, Washington de facto estava a dizer a Moscovo:   os dólares estão proibidos para vós; não podem comprar absolutamente nada com dólares. Se este é o caso, para que deter dólares? O fim da manobra americana e europeia era inevitável:  a Rússia venderia o seu gás por rublos.

Mas é aqui que foi introduzido um viés maquiavélico:   ao jogar em ambos os lados da equação, ou seja, ao ligar o rublo ao ouro e depois ao ligar os pagamentos energéticos ao rublo, o Banco da Rússia está fundamentalmente a alterar todo o conjunto das hipóteses de trabalho do sistema comercial mundial (ou seja, substituiu os dólares fiduciários nominais por uma moeda sólida apoiada em commodities).

Mas atenção, o Banco Central da Rússia fez duas coisas de importância geoestratégia:   ele ao mesmo tempo acrescentou um “piso” de preços e (menos notado) suprimiu um outro. O BCR acrescentou um piso ao preço do ouro – prometendo comprar ouro a uma taxa fixa.

Entretanto, ao insistir no pagamento na sua divisa nacional, a Rússia começou a suprimir o piso que os Estados Unidos impuseram em 1971 ao preço do dólar, através do qual o mundo tem de vender as suas divisas nacionais (o que as enfraquece) para comprar dólares (a fim de pagar energia). Em suma, embora o porta-voz russo, Dmitri Peskov, tenha dito que a Rússia atuaria com prudência, esta decisão rompe a sobrevalorização estrutural concedida ao dólar.

Parlamento Europeu aprova círculo eleitoral único para as eleições europeias

A proposta impõe a criação de um círculo eleitoral único, listas transnacionais e a criação de uma lei eleitoral europeia, que se sobrepõe às decisões soberanas de cada país da União Europeia

Coincidência ou não, foram os deputados no Parlamento Europeu (PE) eleitos pelos países que menos representação têm (proporcionalmente) nesse órgão que apresentaram as mais críticas ao documento. O relatório A9-0083/2022, apresentado e votado na terça-feira, foi aprovado com 331 votos a favor, e 257 contra.

O documento prevê a criação de um círculo comum de 28 lugares, reservado a candidatos transnacionais, eleitos em listas idênticas, apresentadas aos eleitores de todos os países da União Europeia. Será também instituída uma nova Autoridade Eleitoral Europeia, impondo regras comuns entre os 27 processos de eleição, atropelando as leis nacionais.

O projecto será agora apreciado no Conselho Europeu, onde a sua aprovação e ratificação é quase certa.

O MASSACRE DE CASSINGA E O SILÊNCIO MUNDIAL – Artur Queiroz

Marcelo Rebelo de Sousa e o seu padrinho fascista, PM Marcelo Caetano, derrubado em 25.04.74

O problema é que está em marcha uma campanha anticomunista, à boleia dos refugiados da Ucrânia. É a hora da vingança! O pai de Marcelo Rebelo de Sousa, fascista militante, foi derrubado em 25 de Abril de 1974, graças à luta dos indomáveis comunistas portugueses e dos militares revolucionários do Movimento das Forças Armadas. O MFA já foi excrementado, quando os filhotes dos fascistas prenderam e abandalharam Otelo Saraiva de Carvalho. Agora querem fazer o mesmo ao Partido Comunista Português. 

Artur Queiroz*, Luanda

Mário Soares era primeiro-ministro e acumulava a pasta dos negócios estrangeiros, em 1978. No dia 4 de Maio desse fatídico ano, as tropas do regime racista de Pretória fizeram um massacre na cidade de Cassinga, província da Huíla. Centenas de civis foram assassinados a tiro por tropas especiais e durante os bombardeamentos aéreos. Os paraquedistas assassinos foram transportados em aviões Transall C-160 (ou apenas C-160) fabricados por um consórcio franco-alemão.  França e República Federal da Alemanha. 

Às primeiras horas da manhã, do dia 4 de Maio de 1978, quatro bombardeiros Blackburn Buccaneer descolaram da Base Aérea de Waterkloof. Alguns minutos depois descolou um bombardeiro Canberra em direcção a Cassinga. Foi o primeiro a largar as bombas mortíferas. Depois entraram em acção os Mirage, franceses. Os governos de Londres e Paris forneciam essas armas de guerra ao regime nazi de Pretória. Os bombardeiros são fabricados pelo Reino Unido. Nessa época, a primeira-ministra era Margareth Thatcher, do mesmo partido que hoje está no poder e tem à frente Boris Johnson.

A meio da tarde entraram em acção os Douglas DC-4 (quadrimotores) norte-americanos e os helicópteros Puma franceses. Pelo chão avançaram os tanques de guerra de fabrico alemão. Em Cassinga não podia ficar ninguém vivo. 

Marcelo Rebelo de Sousa era nessa época deputado. Como ainda não lhe chamavam Tio Célito, não propôs um minuto de silêncio na Assembleia da República, em homenagem às e aos angolanos e namibianos massacrados. Sendo dirigente do PSD, não propôs à direcção do seu partido que enviasse uma mensagem de solidariedade e condolências ao presidente Agostinho Neto. Não fez corredores para que fosse enviada ajuda humanitária e médica aos sobreviventes, quase todos gravemente feridos, sem braços nem pernas. 

Como faziam falta medicamentos e técnicos de saúde! Os dirigentes políticos portugueses viraram-nos a cara. Desprezo total. Só o Partido Comunista Português denunciou o terrível massacre do 4 de Maio. Os Media portugueses controlados por Mário Soares e Pinto Balsemão ignoraram o massacre. O Diário de Lisboa deu a notícia. O Diário Popular, onde Acácio Barradas e Bernardino Coelho ficaram com o coração a sangrar, também noticiou. E o jornal Página Um, nascido do movimento Otelo à Presidência da República e onde eu trabalhava na época.

Portugal | JÁ NÃO SE PODE SER DE ESQUERDA

Os novos inquisidores já acenderam as tochas com que pretendem incendiar as piras da purificação político-partidária da sociedade portuguesa.

A revista Visão interessou-se pela filiação política de Bruno Amaral de Carvalho e publicou a “novidade” de que ele foi eleito deputado municipal na Amadora, pela lista da CDU.

A Visão estabelece uma relação entre o jornalista, o PCP e o facto de Bruno ser o único jornalista português a reportar nos territórios ocupados pelo exército russo e as tropas separatistas da região do Donbass.

Sem assumir a intenção, o escriba da Visão faz alusões a “teses” alegadamente defendidas pelo jornalista e dá destaque às opiniões já expressas por figuras de alguma importância mediática que criticam o trabalho deste repórter, casos de Ana Gomes (comentadora na SIC) e de João Galamba (membro do atual governo). Tudo isto resulta numa tentativa de diminuir a qualidade jornalística do trabalho de Bruno Amaral de Carvalho. Mas é evidente que esta publicação da Visão transporta um processo de intenções.

O ativismo político de Bruno Amaral de Carvalho é um direito dele. Pode exercê-lo sem nenhum problema de incompatibilidade, à luz do regulamento da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista. De resto, muitos jornalistas têm assumido as suas opções políticas e partidárias e nunca, até hoje, isso veio à baila, como está a acontecer agora.

Lembramos, a título de exemplo, o caso do jornalista Hernâni Carvalho (atualmente na SIC), cabeça-de-lista do PSD em eleições autárquicas em Odivelas e eleito vereador. A situação de Hernâni foi bastante mais delicada, uma vez que em cargos políticos executivos já existe incompatibilidade com o exercício da profissão de jornalista. Mas, não tendo sido eleito, a questão não se colocou.

E lembramos, ainda, a relação familiar existente entre o jornalista Vítor Gonçalves e Manuel Dias Loureiro, um dos mais destacados dirigentes do PSD até ter caído na desgraça da corrupção. Nunca essa proximidade familiar entre tio e sobrinho foi argumento para criticar o desempenho profissional de Vítor Gonçalves, nem mesmo quando ele assumiu igualmente a proximidade política com o partido do tio. Vítor Gonçalves escreveu “A Agenda de Cavaco Silva”, livro justificativo da candidatura de Cavaco à Presidência da República.

Nem Hernâni nem Vítor foram alguma vez “caçados” pelas respetivas opções políticas.

Carlos Narciso | Duas Linhas

Zelensky "é tão responsável quanto Putin". Lula critica NATO, EUA e UE pela guerra

Para o ex-presidente e já apresentado como o candidato que lidera as sondagens para as eleições presidenciais deste ano, "a razão para a invasão da Ucrânia é a NATO" e a UE por não ter afastado a possibilidade de a Ucrânia aderir à organização.

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva criticou esta quarta-feira os presidentes diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, a União Europeia e os Estados Unidos, que considerou não terem negociado o suficiente a favor da paz.

"Nós, políticos, colhemos aquilo que nós plantamos. Se eu planto fraternidade, solidariedade, concórdia, eu vou colher coisa boa. Mas se eu planto discórdia, eu vou colher desavenças. [O Presidente da Rússia, Vladimir] Putin não deveria ter invadido a Ucrânia", declarou Lula da Silva, numa entrevista divulgada hoje que é uma das capas da última edição da revista norte-americana Time.

"Mas não é só o Putin que é culpado, são culpados os Estados Unidos e é culpada a União Europeia. Qual é a razão da invasão da Ucrânia? É a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte, NATO]? Os Estados Unidos e a Europa poderiam ter dito: 'A Ucrânia não vai entrar na OTAN'. Estaria resolvido o problema", acrescentou.

Questionado novamente sobre o conflito, o líder brasileiro, que foi apresentado no texto como o candidato que lidera as sondagens para a eleição presidencial no Brasil marcada para outubro, também disse não saber se o desejo da Ucrânia de entrar na NATO conduziu à invasão da Rússia, como justificou o Governo russo no início da guerra.

"Esse é o argumento que está colocado. Se tem um segredo nós não sabemos. O outro é a [possibilidade de a] Ucrânia entrar na União Europeia. Os europeus poderiam ter resolvido e dito: 'Não, não é o momento de a Ucrânia entrar na União Europeia, vamos esperar'. Eles não precisariam fomentar o confronto!", avaliou Lula da Silva.

ANTÓNIO COSTA VAI A KIEV ASSINAR ACORDO DE APOIO FINANCEIRO

O primeiro-ministro adiantou que haverá um “reforço” de vários apoios à Ucrânia e rejeitou a “ilegalização” do PCP.

Depois de ter estado reunido cerca de uma hora com o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, por videoconferência, António Costa aceitou o convite para visitar a Ucrânia. Sem adiantar para já uma data, o primeiro-ministro anunciou que irá até Kiev encontrar-se com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky com o objetivo de assinar um acordo de apoio financeiro à Ucrânia.

“O primeiro-ministro da Ucrânia teve a oportunidade de me convidar para visitar Kiev, convite que naturalmente aceitei. Ficou apontada uma data que oportunamente será divulgada para a concretização dessa visita. Incluirá não só reuniões com o primeiro-ministro Denis Shmygal, como também com o Presidente Volodymyr Zelensky”, adiantou o líder do Executivo, em declarações aos jornalistas em São Bento.

A visita à capital ucraniana terá em vista a assinatura de um “acordo concreto para um apoio financeiro significativo no quadro das solicitações que o Governo ucraniano nos dirigiu para auxílio via Fundo Monetário Internacional (FMI)”, especificou, não revelando, contudo, qual a fatia financeira que Portugal irá disponibilizar.

“Como é sabido, a Ucrânia tem necessidades de financiamento na ordem dos cinco mil milhões de euros por mês. Portanto, são necessidades muito avultadas e que exigem um esforço de toda a comunidade internacional. Daremos uma contribuição substancial”, disse António Costa, em conferência de imprensa, garantindo que nas próximas semanas haverá “oportunidade de discutir e trabalhar o reforço” de vários apoios “para corresponder às necessidades imediatas da Ucrânia, quer em matéria militar, quer em matéria financeira”.

Na reunião com o seu homólogo ucraniano, afirmou António Costa, foi também abordado “o esforço” que a União Europeia e os Estados Unidos ainda podem fazer para que a Ucrânia possa exportar bens de que é produtor, além do reforço das sanções à Rússia.

“É necessária uma operação logística que permita romper o bloqueio que resulta da ocupação e dos ataques da Rússia aos portos da Ucrânia”, frisou.

Interrogado sobre a razão que leva Portugal a não pressionar no sentido de que a União Europeia adote o embargo total às importações de gás russo, Costa defendeu que para Portugal até seria fácil “pôr-se na linha da frente e de forma muito vocal” nesse aspeto, por não depender energeticamente da Rússia, mas “há outros parceiros na União Europeia que não estão na mesma situação”. “Isto não pode ser um concurso de popularidade junto da Ucrânia”, salientou, insistindo que o pior que poderia ser feito à Ucrânia “era gerar divisões inúteis na União Europeia”.

Tome nota: "Fale português, escreva português". O apelo do presidente da AR

A mensagem de Augusto Santos Silva Santos Silva salienta desafios do futuro no que respeita à língua portuguesa.

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, assinalou hoje o Dia Mundial da Língua Portuguesa, numa mensagem em que salientou que o futuro desta língua depende de cada cidadão que a fala e escreve.

Augusto Santos Silva está desde quarta-feira no Brasil, país onde está a realizar a sua primeira visita oficial enquanto presidente da Assembleia da República e onde representará Portugal nas comemorações do Dia Mundial da Língua Portuguesa.

Num vídeo gravado na Biblioteca da Assembleia da República, antes de partir para o Brasil, o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros refere que o Dia Mundial da Língua Portuguesa é "uma consagração aprovada pela UNESCO que tem três significados essenciais".

O primeiro significado, segundo o presidente do parlamento, "é o reconhecimento do português como uma das línguas mais faladas no mundo".

"Outro é a importância que dá à comunidade dos países que falam a língua portuguesa, isto é o conjunto de nove Estado que consideram o português a sua língua oficial ou uma das suas línguas oficiais; e o terceiro - e mais importante - é mostrar que a língua portuguesa é de todos nós. De todos nós que a falamos como língua materna, ou língua que entretanto aprendemos na escola ou fora dela. Uma língua que usamos para nos exprimirmos, para escrevermos, para falarmos para lermos", referiu.

Nesta mensagem, Augusto Santos Silva sustentou a ideia de que "o futuro da língua portuguesa depende de todos" os que a falam e, por essa razão, "é muito importante que o parlamento se associe a esse futuro".

"A mensagem principal que quero transmitir é essa responsabilidade individual de cada um de nós: Fale português, escreva português, comunique em português. Habitue-se a ouvir todos aqueles que falam, que escrevem e criam em português, porque esse é verdadeiramente o futuro da nossa língua comum", acrescentou.

Diário de Notícias | Lusa

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