Artur Queiroz*, Luanda
O governo da Federação Russa apresentou na ONU um processo com milhares de documentos, fotografias e vídeos sobre a existência na Ucrânia de laboratórios dedicados à pesquisa biomédica militar. Armas biológicas! O dinheiro, está provado, vinha do orçamento do estado dos EUA mas também de figuras como George Soros, o patrão do condecorado Rafael Marques. A Ucrânia alimentou de armas, munições e assistência militar a rebelião pós eleitoral de Jonas Savimbi. Isto está tudo ligado, como diria o meu saudoso amigo Eduardo Guerra Carneiro, repórter, cronista de primeiríssima e poeta sideral.
Os laboratórios de armas biológicas na Ucrânia também eram apoiados pelas mais importantes indústrias farmacêuticas do mundo. Porque para além das armas biológicas, também eram feitos testes a medicamentos sem qualquer controlo. Muto mais barato, logo mais biliões de lucros para os donos. Uma empresa farmacêutica, a Gilead, trabalha com o Pentágono! O relatório entregue pelas autoridades russas na ONU refere que “especialistas dos EUA testavam novos medicamentos fora dos padrões internacionais de segurança”.
Mais este pormenor inquietante: “Além das empresas farmacêuticas dos EUA e contratados do Pentágono, as agências estatais ucranianas estão envolvidas em atividades militares de armas biológicas, cujas principais tarefas são ocultar actividades ilegais, realizar ensaios clínicos e de campo e fornecer o biomaterial necessário”.
O Departamento de Defesa dos EUA fez da Ucrânia um centro de actividades ilegais numa área tão sensível como as armas biológicas. Leiam: “Usando locais de testes não controlados internacionalmente e instalações de alta tecnologia montadas por empresas multinacionais, O Departamento de Estado expandiu muito as suas capacidades de pesquisa, não apenas no campo das armas biológicas, mas também no conhecimento sobre resistência a antibióticos e os anticorpos para doenças específicas em populações e regiões específicas”.
Os projectos biológicos na área militar dos EUA também envolviam países da OTAN (ou NATO). A Alemanha correu por sua conta e envolveu mais 12 países num propgrama multinacional de biossegurança. Base das pesquisas: Ucrânia. O Instituto de Microbiologia das Forças Armadas (Munique), o Instituto Robert Koch (Berlim), o Instituto Loeffler (Greifswald) e o Instituto Nocht de Medicina Tropical (Hamburgo) integravam as actividades. Leiam este pormenor: “Entre 2016 e 2019, 3.500 amostras de soro sanguíneo de cidadãos que vivem em 25 regiões da Ucrânia foram colhidas por epidemiologistas militares do Bundeswehr Microbiology Institute”. Leram bem: especialistas militares!