sábado, 14 de maio de 2022

AS NOTÍCIAS FORAM CONDENADAS À MORTE -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O governo da Federação Russa apresentou na ONU um processo com milhares de documentos, fotografias e vídeos sobre a existência na Ucrânia de laboratórios dedicados à pesquisa biomédica militar. Armas biológicas! O dinheiro, está provado, vinha do orçamento do estado dos EUA mas também de figuras como George Soros, o patrão do condecorado Rafael Marques. A Ucrânia alimentou de armas, munições e assistência militar a rebelião pós eleitoral de Jonas Savimbi.  Isto está tudo ligado, como diria o meu saudoso amigo Eduardo Guerra Carneiro, repórter, cronista de primeiríssima e poeta sideral. 

Os laboratórios de armas biológicas na Ucrânia também eram apoiados pelas mais importantes indústrias farmacêuticas do mundo. Porque para além das armas biológicas, também eram feitos testes a medicamentos sem qualquer controlo. Muto mais barato, logo mais biliões de lucros para os donos. Uma empresa farmacêutica, a Gilead, trabalha com o Pentágono! O relatório entregue pelas autoridades russas na ONU refere que “especialistas dos EUA testavam novos medicamentos fora dos padrões internacionais de segurança”. 

Mais este pormenor inquietante: “Além das empresas farmacêuticas dos EUA e contratados do Pentágono, as agências estatais ucranianas estão envolvidas em atividades militares de armas biológicas, cujas principais tarefas são ocultar actividades ilegais, realizar ensaios clínicos e de campo e fornecer o biomaterial necessário”.

O Departamento de Defesa dos EUA fez da Ucrânia um centro de actividades ilegais numa área tão sensível como as armas biológicas. Leiam: “Usando locais de testes não controlados internacionalmente e instalações de alta tecnologia montadas por empresas multinacionais, O Departamento de Estado expandiu muito as suas capacidades de pesquisa, não apenas no campo das armas biológicas, mas também no conhecimento sobre resistência a antibióticos e os anticorpos para doenças específicas em populações e regiões específicas”.

Os projectos biológicos na área militar dos EUA também envolviam países da OTAN (ou NATO). A Alemanha correu por sua conta e envolveu mais 12 países  num propgrama multinacional de biossegurança. Base das pesquisas: Ucrânia. O Instituto de Microbiologia das Forças Armadas (Munique), o Instituto Robert Koch (Berlim), o Instituto Loeffler (Greifswald) e o Instituto Nocht de Medicina Tropical (Hamburgo) integravam as actividades. Leiam este pormenor: “Entre 2016 e 2019, 3.500 amostras de soro sanguíneo de cidadãos que vivem em 25 regiões da Ucrânia foram colhidas por epidemiologistas militares do Bundeswehr Microbiology Institute”. Leram bem: especialistas militares!

Direitos humanos. Cidadãos ucranianos internados no Hospital Psiquiátrico da região de Kharkov foram submetidos a experiências desumanas. Abundante documentação prova estas violações gravíssimas. Mas o centro nevrálgico destas actividades é Mariupol. Estamos a falar de temíveis armas biológicas. O “laboratório central” foi instalado logo após o triunfo do golpe de estado de 2014, quando nasceu o actual regime nazi da Ucrânia. No dia 25 de Fevereiro, num dos laboratórios de Mariupol, foram  encontradas provas do manuseamento de gasógenos da cólera e outras doenças. Ficou comprovado o uso indevido e o envolvimento do laboratório num programa biológico militar.

O documento entregue na ONU, por causa das dúvidas, esclarece o que se entende por armas biológicas: “O conceito inclui formulações biológicas que contêm microrganismos patogénicos e toxinas, bem como os meios de difusão e uso dessas formulações”.

O relatório que acompanha documentos, fotos e vídeos entregues na ONU reafirma:  “As informações obtidas desde 25 de Fevereiro confirmam que os EUA estão a desenvolver um programa biológico-militar ofensivo na Ucrânia, para estudar a formação de epidemias controladas em territórios específicos. A operação militar especial das Forças Armadas russas impediu a expansão militar-biológica dos EUA na Ucrânia e interrompeu experiências criminosas em civis”.

Um membro permanente do Conselho de Segurança da ONU entregou à instituição um volumoso processo sobre a produção de armas biológicas na Ucrânia. Os Media nem uma palavra. A sociedade do espectáculo, no seu pior. Só existe o que passa na televisão. E se não passa, não existe. Como o Jornalismo não tem acesso aos Media, morreu de morte matada. As assassinas e assassinos têm a alcunha de jornalistas. Na verdade são abutres que se alimentam de carne podre, quanto mais putrefacta, melhor. A morte é um espectácilo retumbante. Para isso, têm de matar as notícias. Estão a conseguir com assinalável êxito.

A deputada da UNITA Navita Ngolo recebeu ordens do engenheiro à civil Adalberto da Costa Júnior para ir ao Huambo sabotar a inauguração de importantíssimos equipamentos sociais na província. O Adriano Sapinala foi incumbido da mesma missão na província de Benguela. O que espanta é a aceitação das ordens porque são missões impossíveis. Quando eu era miúdo e levava na cabeça, aparecia em casa a choramingar e a minha mãe, implacável, dizia-me: Cabeça que não tem juízo, o corpo é que as paga! Coitada da Navita. Coitadinho do Adriano. Não têm juízo porque não têm cabeça. E o corpinho a pagá-las.

Uma informação necessária. Entre 2002 e o dia de hoje, 13 de Maio de 2022, Angola é o país do mundo que fez mais investimentos em equipamentos socias e obras públicas. Desde logo, o processo de Reconstrução Nacional, lançado pelo Presidente José Eduardo dos Santos. Onde se inclui a barragem de Laúca. Os outros países todos juntos nem metade investiram em equipamentos sociais. Angola construiu novas grandes cidades com todas as infra-estruturas. O Presidente João Lourenço inaugurou hoje uma nova cidade, a Halavala, no município do Bailundo, para milhares de habitantes. 

A nova centralidade, além de moradias e apartamentos tem dois centros infantis, dois jardins de infância com nove salas, duas escolas primárias com 24 salas, uma escola secundária de 12 salas, um instituto politécnico, posto Policial e um centro de saúde. Pobre Nolita. Coitado do Adriano Sapinala. Mas temos uma boa notícia. Adalberto vai candidatar-se à presidência da Ucrânia, quando Zelensky voltar para o circo. Não sabiam? Ele também é ucraniano. Além de português, marroquino e sul-africano.

*Jornalista

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