quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Jornal holandês denuncia abusos sexuais do ex-bispo timorense de Díli, Ximenes Belo

O jornal holandês "De Groene Amsterdammer" publicou testemunhos de alegadas vítimas de abusos sexuais, quando eram menores, crimes que terão sido cometidos durante vários anos pelo ex-administrador apostólico de Díli e Nobel da Paz Ximenes Belo.

Na sua edição online, o jornal explica ter ouvido várias vítimas e 20 pessoas com conhecimento do caso, incluindo "individualidades, membros do Governo, políticos, funcionários de organizações da sociedade civil e elementos da Igreja".

"Mais de metade das pessoas pessoalmente conhece uma vítima dos abusos e outros têm conhecimento do caso. O "De Groene Amsterdammer" falou com outras vítimas que recusaram contar a sua história nos media", refere a jornalista Tjitske Lingsma.

"O Paulo e Roberto", as duas alegadas vítimas entrevistadas para o artigo, "conhecem outras vítimas", refere o jornal, um dos principais semanários do país.

O jornal explica que as primeiras investigações a este alegado abuso remontam a 2002, quando um timorense denunciou que o seu irmão era vítima de abusos. Em novembro desse ano, Ximenes Belo anunciou a sua resignação do cargo.

Os alegados abusos terão começado ainda antes de Ximenes Belo ser nomeado bispo, quando ainda era superior nos Salesianos de Dom Bosco, na década de 1980.

Os timorenses citados no artigo referem alegados abusos cometidos na década de 1990. Hoje com 42 anos, Paulo, como uma das vítimas é identificada, alega que quando ainda era menor foi alvo de abusos sexuais na casa de Ximenes Belo, por troca de dinheiro.

Algumas primeiras denúncias dos alegados abusos foram dadas a conhecer a jornalistas no início do século, como nota o jornalista. Formalmente, porém, não há detalhes públicos sobre se as denúncias chegaram a ser formalizadas quer junto das autoridades policiais quer junto do Vaticano.

Ainda assim, os contornos da saída de Ximenes Belo de Timor-Leste, em novembro de 2002, nunca foram totalmente clarificados pelo Vaticano, com o assunto a tornar-se tabu no país.

"Estou a sofrer de fadiga mental e física, o que requer um longo período de recuperação", referiu Ximenes Belo num comunicado em que informava ter escrito à Santa Sé solicitando a renúncia do cargo de Administrador Apostólico de Díli, função que exercia desde 1983.

"Tenho vindo a sofrer de esgotamento, cansaço físico e psicológico, pelo que necessito de um longo período de repouso em vista de uma recuperação total da minha saúde", referia o comunicado, citado então pela Lusa.

Ximenes Belo, hoje com 74 anos, explicou que o seu pedido - escrito com base no Cânone 401 do código de direito canónico - foi aceite pelo então Papa João Paulo II.

Em entrevista à agência de notícias católica UCA News, em 2004, explicava que saiu do cargo em Díli para ser sacerdote assistente em Moçambique, estando atualmente a residir em Portugal.

A saída de Ximenes Belo de Timor-Leste causou grande surpresa na sociedade timorense, porque, até então, o bispo nunca havia indicado essa vontade de abandonar o cargo.

Em 2020, em declarações à Lusa, um elemento superior da Igreja Católica em Díli, que solicitou o anonimato, escusou-se a revelar se houve ou não uma demissão formal de Ximenes Belo pelo então Papa João Paulo II.

A mesma fonte referiu-se, porém, ao que disse serem "instruções" para "ter um perfil baixo, não viajar, não mostrar insígnias episcopais, ter uma atitude modesta".

Parte do silêncio sobre o Nobel da Paz deve-se, admitiu a mesma fonte, ao facto da postura do Vaticano relativamente a abusos sexuais na Igreja ter mudado com os dois últimos papas, com a adoção de uma política de "tolerância zero".

"Houve esta progressiva consciencialização da Igreja sobre a gravidade do assunto e sobre a atitude, a reação que a Igreja deve ter para expulsar e corrigir ao máximo possível este crime dentro da igreja, especialmente dentro do clero", afirmou a mesma fonte.

"Isso foi particularmente assim, especialmente com o Papa Bento XVI e com o Papa Francisco. E a tolerância zero vale em todos os casos, e também em Timor", explicou.

Neste tipo de crimes, disse, independente do que possa ocorrer na legislação criminal dos vários países, para a Igreja "não há prescrição, e mesmo anos depois de investigados recebem a sanção jurídica e penal" da Santa Sé.

Jornal de Notícias, com agências | Imagem: Amin Chaar/Arquivo Global Imagens

Guiné-Bissau | Liga dos direitos humanos diz que Estado está a sequestrar pessoas

A Liga Guineense dos Direitos Humanos diz que a Guiné-Bissau está a sequestrar 17 pessoas detidas por alegado envolvimento na tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro já mandadas libertar pela justiça.

"Estamos perante uma situação de sequestro. Estas pessoas estão sequestradas em diversas celas de Bissau sob pretexto de uma suposta ordem superior", afirmou esta terça-feira (27.09), em conferência de imprensa, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Augusto Mário Silva (foto). 

Na sequência da tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro várias pessoas foram detidas, mas entre abril e julho foram emitidos vários despachos, quer do juiz de instrução criminal, quer do Ministério Público, a ordenar a libertação das pessoas ou impor medidas de coação menos gravosas.

"Isto leva o Estado da Guiné-Bissau a incorrer em responsabilidades civis e criminais. O Estado não pode continuar a sacrificar os direitos fundamentais das pessoas em nome de interesses ou ordens pouco claras", avisou Augusto Mário Silva, salientando que o Estado tem de adequar a sua conduta aos padrões internacionais dos direitos humanos, cujas convenções subscreveu.

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos considerou também que o incumprimento das decisões judiciais também está a contribuir para a "desconstrução do Estado".

"Foram várias decisões emitidas que até hoje não foram cumpridas e as autoridades judiciais estão completamente impotentes. Estamos a desconstruir o Estado de Direito. Quando as decisões da justiça não são cumpridas significa que não estamos num Estado de Direito democrático", afirmou, pedindo ao Estado guineense que adeque a sua conduta aos princípios legais e constitucionais.

Deutsche Welle | Lusa

TURISMO: O PRÓXIMO DIAMANTE DE ANGOLA?

Hoje é o Dia Mundial do Turismo. Angola tem um grande potencial neste setor, mas a contribuição para a economia ainda é diminuta. Cidadãos pedem mais investimentos.

O turismo é conhecido, mundialmente, como a indústria da paz. Em vários países, é inclusive a principal fonte de receitas. Angola tem um forte potencial no setor - reconhecido internacionalmente - mas a economia do país continua a girar em torno do petróleo e dos diamantes.

Segundo o economista Heitor de Carvalho, nem se sabe muito bem qual o peso do turismo no Produto Interno Bruto (PIB): "O Instituto Nacional de Estatística continua a apresentar o setor do turismo misturado no setor de 'outros serviços', que inclui desde a reparação de automóveis a medicina estética. Não conseguimos distinguir o que é o turismo e o que não é", afirma Heitor de Carvalho em declarações à DW África.

Angola | Libertados ativistas acusados de criar "insegurança e pânico"

Já foram libertados os 12 ativistas angolanos acusados de disseminação de vídeos que "semeiam a insegurança, o ódio e o pânico". Movimento pela Verdade Eleitoral está satisfeito porque quase não há ativistas detidos.

O ativista angolano José Gomes Hata disse à DW África que "o pior já passou". Depois do Exército ter sido colocado nas ruas em "prontidão combativa", e depois de vários ativistas serem detidos, parece haver agora um "período de tréguas", afirma.

"Penso que tirando Luther King e Tanaece Neutro, já não temos ativistas detidos", afirma. Segundo a oposição, as detenções de Luther Campos e Tanaece Neutro têm motivações políticas. Os julgamentos dos ativistas foram agendados para o início de outubro.

Entretanto, 12 pessoas que foram detidas, acusadas de semear ódio e o pânico nas redes sociais, foram libertadas, segundo José Gomes Hata. O ativista diz que as acusações não fazem sentido.

"Todos nós estamos conetados às redes sociais e sabemos aquilo que cada um publica. Não me ocorre aqui que, pelo facto de alguém tentar fazer alguma brincadeira com o Presidente da República, isso seja um ato que incentive a rebelião", defende Hata.

"Acredito que estas detenções visam desencorajar os cidadãos com visão critica se organizem em grupos para se manifestarem contra o sistema", diz o ativista, libertado em 2016, juntamente com os restantes membros do processo conhecido como "15+2", três meses depois de terem sido condenados.

AS GUERRAS QUE NUNCA NOS DÃO PAZ

O verso e o reverso predominam em tudo. Se nos apresentarem uma moeda com duas faces iguais nós desconfiamos. Se acaso não desconfiarmos somos uns otários, uns ignorantes, uns “anjinhos”. Somos mesmo isso sem tirar nem pôr. Ainda mais na opinião de alguns. Avancemos porque a seguir vem aí o Expresso Curto que nem sempre trazemos ao Página Global e que hoje é assinado por Raquel Moleiro, jornalista do burgo do tio Balsemão - que sabe mais a dormir que um milhão de cidadãos acordados.

Agora por Expresso: Avisando que também no Expresso – como em tantos outros jornais e revistas – não há almoços grátis, deparámos com um texto sobre uma “conversa” com um jornalista russo que para muitos declara o impensável. Chamamos a vossa atenção para isso. Lá vai um excerto (de borla) e só depois esbarramos no Curto do Expresso. Vale sempre o trabalho de saber ler nas entrelinhas e até perscrutar o que nem referem. Pensar e dividir as “águas” é muito importante. Amanhem-se e meditem naquilo que diz o tal jornalista russo, incluindo nas entrelinhas e no que omite por falta de tempo e de espaço. Para além de tudo isto lembrem-se que mal sobrevivemos por entre guerras que nunca nos dão paz. É a isto que chamam vida? 

Boa semana para todos é o que desejamos mas... Parece impossível vir a ser realidade. - (PG)

GUERRA NA UCRÂNIA

"Converso com mães de soldados que morreram e elas apoiam Putin. Têm raiva, mas é dos ucranianos": o relato de um jornalista na Rússia

O jornalista russo Vladimir Sevrinovsky encontrava-se em Moscovo - a sua cidade natal - quando aceitou falar com o Expresso por videochamada. Em poucas horas, partiria para o Daguestão, onde as ruas começam a ser palco de manifestações acesas contra a mobilização parcial determinada pelo Kremlin. Nesta entrevista, Vladimir Sevrinovsky explica o que leva os voluntários para a guerra: nas regiões mais pobres, e com mais baixas registadas, a motivação é sobretudo poder pagar os empréstimos (L€R AQUI)

Há uma hora - Catarina Maldonado Vasconcelos

A guerra fora do campo de batalha

Raquel Moleiro | Expresso (curto)

Bom dia

Antes de mais, um pedido: o Expresso está a recolher a opinião dos seus leitores, para entender melhor as suas necessidades, valores e preferências. Se puder, ajude-nos e responda a este questionário, entrando por aqui. Obrigada.

Agora a atualidade. Mesmo passados 217 dias desde o início da guerra da Ucrânia, a invasão russa ainda abre noticiários, já não tanto com os avanços e recuos na frente de batalha mas com as manobras políticas com que Moscovo tenta reforçar o seu poder nas províncias ocupadas e no braço de força com as potências internacionais que apoiam Zelensky. Como se as recentes derrotas no terreno, com a perda de cidades importantes e a necessidade da mobilização de reservistas, tivesse levado Putin a uma urgência de legitimar o que já fora conquistado e, por arrasto, a sua liderança.

Os referendos à integração na Federação Russa das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson terminaram ontem, e logo os resultados provisórios foram divulgados pelo Kremlin: 97% dos habitantes concordam. 0% de surpresa. O anúncio oficial da anexação deverá ser feito pelo líder russo, na próxima sexta-feira, no discurso à Nação agendado no Parlamento. Não é difícil de imaginar o tom vitorioso, apesar de só Putin reconhecer a legitimidade das votações.

Numa declaração por videoconferência ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), o presidente ucraniano garante que os eleitores “foram forçados a votar sob a mira de armas” e que os resultados “foram escritos com antecedência”. “A anexação dos territórios é a violação mais brutal da Carta das Nações Unidas”, disse. E não falta quem concorde com ele. A subsecretária-geral para Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz da ONU, Rosemary DiCarlo, afirmou já que tal consulta “não pode ser chamada de expressão genuína da vontade popular”. O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, chamou-lhes “referendos fictícios”, “ilegais”, “violação flagrante do direito internacional” e reiterou a Kiev o apoio dos aliados ao direito à autodefesa da Ucrânia. Em Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, alinhou pelo mesmo tom. “[Os referendos] não têm nenhum valor. Estes resultados não serão reconhecidos por ninguém”.

Mas Putin avança, surdo a tudo. O crescimento territorial da Rússia alimenta a ideia de vitória que tanto precisa de passar ao seu povo, em polvorosa com a mobilização de reservistas. Multiplicam-se manifestações – principalmente de mulheres, mães e esposas -, a destruição de postos de recrutamento e as fugas de milhares de jovens já convocados ou em risco de integrar a lista dos 300 mil, a caminho da Finlândia, Mongólia, Cazaquistão, Geórgia, Arménia, Bielorrússia, Uzbequistão, Letónia, Lituânia, Estónia, Polónia, Azerbaijão e Sérvia. Há filas de dias nas estradas até às fronteiras, a lembrar a saída dos ucranianos em fevereiro, aquando da invasão. Agora a guerra chegou também à porta dos invasores.

Os voos diretos de Moscovo para Istambul, Yerevan, Toshkent e Baku, as capitais dos países que permitem aos russos a entrada sem visto, esgotaram-se para a semana seguinte ao anúncio. Fala-se em cerca de 200 mil em debandada. Entradas na europa aumentaram 30%.

Mas mais do que alimentar o ego de um ditador, a anexação oficial dos territórios ucranianos tem outro efeito perverso. Tornam-se Rússia. E qualquer ofensiva ou tentativa de recuperação por parte das tropas de Kiev será visto como um ataque à Pátria. E aqui entra a ameaça nuclear. Ainda ontem, Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, justificava o direito ao uso de armas nucleares, se necessário: “Se nós ou os nossos aliados formos atacados com esse tipo de armas. Ou se a agressão com o uso de armas convencionais ameaça a própria existência do nosso Estado”.

O Reino Unido e os Países Baixos responderam com mais sanções contra os russos, os EUA estão dispostos a tomar idêntica medida se a anexação se concretizar e a UE está já a trabalhar num sétimo pacote sancionatório. Mas a atenção dos aliados está desde ontem também focada no Báltico, onde se suspeita de sabotagem na origem das fugas de gás do gasoduto Nord Stream. As autoridades alemãs, dinamarquesas e suecas estão a investigar a origem das explosões nos locais. “Qualquer interrupção deliberada da infraestrutura energética europeia ativa é inaceitável e levará à resposta mais forte possível”, anunciou Ursula von der Leyen. Tão depressa não haverá Paz.

Portugal | O REGRESSO

Nenhuma destas crianças imagina o esforço que a sua família faz para que possa ter ali um caderno e um lápis, pequeno-almoço, almoço e lanche, roupa ou a higiene possível.

Jorge C.* | AbrilAbril | opinião

Precipitam-se pelas ruas como formiguinhas, pela mão dos pais, numa mistura de ansiedade e entusiasmo. Mochilas às costas, os olhos a libertarem-se lentamente dessa violência que é acordar cedo, o corpo ainda a resistir e a gritar «não quero ir para a escola». São o vendaval da minha manhã. Todos os anos, no regresso, confesso-lhes sempre, com a minha alegria, que já sentia falta do alvoroço junto da escola que também foi minha (que é nossa). 

Há dias, antes deste glorioso primeiro dia de aulas, numa dessas lojas de retalho onde tudo se compra a granel, os corredores eram insuficientes para o frenesim. Os pais, exaustos e impacientes, faziam um esforço hercúleo para transparecer calma e confiança. As pequenas criaturas, de olhos deslumbrados, queriam tudo, em todas as cores e em todos os tamanhos, transformando o economato em sonho ou brinquedo (felizes os que podem). 

À minha frente, na fila para o pagamento, um rapazito rabino, com ar de Os Quatrocentos Golpes, pendurava-se no carrinho das compras, na vertigem do acidente. A mãe segurava na carteira e procurava diligentemente uns papéis. Entre a traquinice e a meninice, o puto lembrou-me tantas crianças com quem fui criança (o Tareco, o Spot, o Soviético) e que, tal como ele, viviam esse dilema de querer ser criança e ter de enfrentar uma realidade bem mais difícil do que a de outras crianças da escola – aquelas que, como eu, podiam.

Na caixa, a mãe pede ao trabalhador para descontar cupões diferentes, vindos de outras compras de outras grandes superfícies (a lembrar a circulação do dinheiro nas fábricas de outros tempos). O cartão passa e ela respira de alívio (mais ou menos), sempre com o semblante fechado, que o menino vai ignorando, mas não por muito mais tempo. No primeiro dia de escola, vai lembrar-se de tudo o que lhe foi recusado, do «a mãe não tem dinheiro para isso» e da abundância que não chega a todos.

Segurança em Lisboa. Planos na gaveta. Vazio de ação e polícias quase só para a TV

Um ano depois das eleições autárquicas não há ainda medidas significativas para a segurança da cidade. Carlos Moedas exige mais polícias e esquadras, mas a reorganização da PSP de Lisboa, aprovada em 2014, não saiu do papel e 70% dos residentes denunciam que as suas áreas são "escassamente policiadas".

á várias "cidades" que "coabitam dentro da cidade de Lisboa" e só um "conhecimento mais profundo pode fundamentar a tomada de decisão sobre como intervir no sentimento de segurança em cada área" da capital: "com que mensagem, para que público e recorrendo a que medidas".

Esta é uma das principais conclusões do estudo sobre "O sentimento de segurança e a vitimação na cidade de Lisboa", feito pelo Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova, a pedido da câmara municipal.

Apesar de registar que 80% dos inquiridos se sentem seguros na cidade, este estudo, que tem por base um inquérito a uma amostra representativa de residentes, revela que 69% dos inquiridos mencionam questões relacionadas com a segurança como uma preocupação.

Entre estes, 23% refere-se à falta de segurança, num sentido genérico, como um dos problemas centrais de quem habita em Lisboa; 10% refere o tráfico e o consumo de droga, e mais de 16% das respostas revelam a preocupação com os assaltos e a violência nas ruas.

"Com elevado grau de certeza é possível dizer que o sentimento de insegurança figura entre os problemas de vida urbana que os inquiridos mais identificam", sinalizam os investigadores da Universidade Nova.

A razão mais apontada para esta perceção é de que "a área de residência é escassamente policiada (70,3%)". Dos que ainda observam policiamento, 41% afirma que esse patrulhamento é "pouco frequente".

A confirmação que a falta de policiamento preocupa os lisboetas vai ao encontro do que pensa o presidente da autarquia, Carlos Moedas - e a sua pressão levou a PSP a ativar uma esquadra móvel nas zonas com maiores ajuntamentos noturnos -, mas não teve, ainda, resposta suficiente de quem pode decidir: o Ministério da Administração Interna (MAI) e a PSP.

Portugal | O APOIO

Henrique Monteiro | Henricartoon

NAVIOS DOS EUA SUSPEITOS DE SABOTAGEM AOS OLEODUTOS DA NORD STREAM

Na noite de 26 de setembro, foi registrada uma queda acentuada de pressão na linha A do gasoduto Nord Stream-2 devido a um furo na tubulação. Na noite do mesmo dia, o centro de controle Nord Stream registrou uma queda de pressão em ambas as linhas do gasoduto, informou o serviço de imprensa da empresa operadora Nord Stream.

#Traduzido em português do Brasil

Ulrich Lissek, representante do operador do gasoduto Nord Stream 2 AG, esclareceu que a pressão caiu de 105 para 7 bar devido a um furo no tubo.

Os gasodutos Nord Stream e Nord Stream-2 passam pelas zonas econômicas exclusivas e águas territoriais da Rússia, Finlândia, Suécia, Dinamarca e Alemanha. A julgar pelo mapa publicado no site da Gazprom, ambos os ramos do Nord Stream passam perto do lado sudeste da ilha de Bornholm, enquanto o vazamento é registrado a nordeste. Os vazamentos de gás ocorreram perto do gasoduto Nord Stream, a nordeste da ilha de Bornholm, informou a Administração Marítima Dinamarquesa.

O transporte foi restringido na área próxima ao oleoduto.

“A destruição que ocorreu em um dia simultaneamente em três linhas de gasodutos offshore do sistema Nord Stream é sem precedentes. É impossível estimar o prazo para restaurar a operacionalidade da infraestrutura de transporte de gás”, diz o relatório da Nord Stream AG.

EUA, A MAIOR NAÇÃO TERRORISTA DO PLANETA


O deputado polaco Radec Sikorski agradece abertamente à Casa Branca (EUA) pela terrível ação de terrorismo contra a infraestrutura europeia colocando milhões de vidas de europeus e a vida marinha em risco. – in info@intel Republic

Por mero acaso um avião da US Air Force e navios dos EUA rondavam as proximidades do local do Nord Stream que foi explodido…

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