Artur Queiroz*, Luanda
Angola existe como país independente porque milhares de antigos combatentes e veteranos da pátria deram o melhor que tinham para que o dia 11 de Novembro de 1975 fosse possível. Muitos deram mais do que prometia a força humana e morreram no cumprimento do dever.
Os angolanos estão eternamente gratos a esses homens e essas mulheres. Os Executivos do MPLA têm feito os possíveis e os impossíveis para que todos se sintam recompensados pelo que fizeram pela pátria. Não interessa quantificar o que foi feito e muito menos a bondade das medidas tomadas. O importante é que ninguém fique para trás. Para isso é preciso investimento público em projectos que garantam uma vida digna a quem deu tudo pela Independência, pela Soberania Nacional e a Integridade Territorial.
Garantir uma vida decente e com dignidade a todos os antigos combatentes e veteranos da pátria é um imperativo nacional. O Executivo tem de adoptar, permanentemente, acções concretas que permitam não deixar para trás os que estiveram na vanguarda da defesa da Pátria Angolana.
Os investimentos públicos devem ser feitos em formação profissional, habitação, distribuição de terras, instrumentos agrícolas, desde as catanas aos tractores, sementes, fertilizantes e apoio técnico. O Estado não pode poupar no apoio aos que se bateram pela Independência, Soberania Nacional e Integridade Territorial. Mesmo que o neoliberalismo reinante e imposto pelo FMI assim o exijam.
A agricultura absorve grande quantidade de mão-de-obra. Além de ajudar a combater o desemprego, garante alimentos e excedentes que acabam por dar um rendimento indispensável a uma vida digna aos antigos combatentes e veteranos da pátria. É a forma mais rápida e eficaz de combater a pobreza. E isso tem de ser feito em grande escala.
Os antigos combatentes e veteranos da pátria devem ter isenção de impostos sobre os rendimentos do trabalho. Os seus filhos devem ter prioridade na atribuição de bolsas de estudo. As viúvas e órfãos precisam de programas específicos de protecção social. É justo reconhecer que os Executivos do MPLA já fizeram muito. Mas falta fazer muito mais. E o que falta tem a ver com o quotidiano desses heróicos angolanos.