quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Angola | OS MELHORES DE TODOS NÓS – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Angola existe como país independente porque milhares de antigos combatentes e veteranos da pátria deram o melhor que tinham para que o dia 11 de Novembro de 1975 fosse possível. Muitos deram mais do que prometia a força humana e morreram no cumprimento do dever. 

Os angolanos estão eternamente gratos a esses homens e essas mulheres. Os Executivos do MPLA têm feito os possíveis e os impossíveis para que todos se sintam recompensados pelo que fizeram pela pátria. Não interessa quantificar o que foi feito e muito menos a bondade das medidas tomadas. O importante é que ninguém fique para trás. Para isso é preciso investimento público em projectos que garantam uma vida digna a quem deu tudo pela Independência, pela Soberania Nacional e a Integridade Territorial.

Garantir uma vida decente e com dignidade a todos os antigos combatentes e veteranos da pátria é um imperativo nacional. O Executivo tem de adoptar, permanentemente, acções concretas que permitam não deixar para trás os que estiveram na vanguarda da defesa da Pátria Angolana. 

Os investimentos públicos devem ser feitos em formação profissional, habitação, distribuição de terras, instrumentos agrícolas, desde as catanas aos tractores, sementes, fertilizantes e apoio técnico. O Estado não pode poupar no apoio aos que se bateram pela Independência, Soberania Nacional e Integridade Territorial. Mesmo que o neoliberalismo reinante e imposto pelo FMI assim o exijam.  

A agricultura absorve grande quantidade de mão-de-obra. Além de ajudar a combater o desemprego, garante alimentos e excedentes que acabam por dar um rendimento indispensável a uma vida digna aos antigos combatentes e veteranos da pátria. É a forma mais rápida e eficaz de combater a pobreza. E isso tem de ser feito em grande escala. 

Os antigos combatentes e veteranos da pátria devem ter isenção de impostos sobre os rendimentos do trabalho. Os seus filhos devem ter prioridade na atribuição de bolsas de estudo. As viúvas e órfãos precisam de programas específicos de protecção social. É justo reconhecer que os Executivos do MPLA já fizeram muito. Mas falta fazer muito mais. E o que falta tem a ver com o quotidiano desses heróicos angolanos.

Sismo de 7,8 em Portugal? "Maior parte de Lisboa ficava igual à Turquia"

O Engenheiro do Instituto Superior Técnico e especialista em Construções Antissísmicas apontou que as catástrofes que advêm dos sismos "não têm a ver com o facto de os edifícios não resistirem", mas sim "a construção não ser sólida o suficiente para resistir".

Afinal, se Portugal sofresse um sismo idêntico ao que a Turquia viu acontecer esta segunda-feira, "as condições seriam semelhantes às que estamos a ver agora", apontou o Engenheiro do Instituto Superior Técnico e especialista em Construções Antissísmicas.

Entrevistado pela SIC Notícias esta segunda-feira, Mário Lopes, num paralelismo entre Portugal e a Turquia, dá conta que "a maior parte de Lisboa ficava igual à Turquia".

Segundo o engenheiro, "em Portugal há de tudo [prédios] - do bom e do mau - e, ás vezes, uns ao lado dos outros e não se consegue ver as diferenças".

As catástrofes que advêm dos sismos "não têm a ver com o facto de os edifícios não resistirem", mas sim "a construção não ser sólida o suficiente para resistir". "O problema é o que não é feito. Para poupar dinheiro fazem-se as coisas mal feitas", apontou.

"No nosso país não há uma fiscalização sistemática do cumprimento das regras e muitas vezes até é feita pelos donos da obra", proferiu, atirando culpas à "incompetência e corrupção" entre a regulamentação "em que obriga a fazer as coisas bem feitas e as casas finais onde as pessoas vivem".

Mário Lopes sustenta que estes aspetos levam a que "as construções tenham muito menos resistência do que deveriam ter de acordo com a regulamentação".

"Isto existirá em todos os países do mundo e, por isso, depende um bocado da honestidade e competência das pessoas que intervêm no processo de construção", rematou.

Mais de 3.500 pessoas morreram hoje após um terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter e das réplicas que atingiram o sul da Turquia e o norte da Síria, segundo o balanço provisório das autoridades locais.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) o tremor de terra que ocorreu hoje registou uma magnitude de 7,8 e sentiram-se dezenas de réplicas.

O sismo ocorreu às 04h17 (01h17 em Lisboa), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia e próximo da fronteira com a Síria, a uma profundidade de 17,9 quilómetros.

O tremor de terra atingiu o sudeste da Turquia e a Síria e é considerado o maior desde 1939. O tremor de 7,8 de magnitude também se fez sentir no Líbano, Chipre, Israel e Jordânia.

Inês Frade Freitas | Notícias ao Minuto em 06.02.23

Portugal | O alarme


Henrique Monteiro | Henricartoon

Portugal | GANÂNCIA E JANTARES À SEXTA-FEIRA

António José Gouveia* | Jornal de Notícias | opinião

Os seis grandes bancos portugueses quase duplicaram os lucros para dois mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano passado e vão bater recordes quando todos fecharem as contas de 2022.

Este dado é, em princípio, positivo tanto para as instituições financeiras quanto para a economia. É que os lucros de hoje são os investimentos potenciais de amanhã, e estes favorecem o emprego.

As perdas desastrosas da crise financeira, com desfecho mais do que conhecido para o BPN, BES, CGD e Banif ficaram para trás, mas com feridas que ainda estamos e estaremos a pagar durante muitos anos. Claro está que a injeção pública custou caro aos portugueses e, sem dúvida, foi a favor das instituições financeiras.

O tema dos lucros dos bancos, batalhas ideológicas à parte, interessa mais quando envolve um ónus excessivo para os clientes e a forma como esses lucros são aplicados. Vamos centrar a discussão no retorno dos lucros. Está única e exclusivamente ao serviço da remuneração dos acionistas e de seus altos executivos, ou é diversificado de forma inteligente e equitativa? Na maioria das vezes, metade desses volumosos lucros vão parar aos bolsos dos acionistas quando podiam ser utilizados para elevar o patamar de solvabilidade, um bem necessário para dias de tempestade semelhantes aos que aconteceram nos anos negros do resgate do país. A banca portuguesa, embora cumpra acima do que lhe é exigido, segundo dados do BCE, não é da mais sólida da Europa.

Por isso, há que questionar a situação abusiva da aplicação das taxas de juro elevadas aos créditos da casa, consumo e empresarial quando a remuneração dos depósitos são um verdadeiro assalto ao cliente, numa altura em que há uma escalada das taxas de juro diretoras. Já para não falar das comissões cobradas. Foram vários os altos responsáveis a chamarem a atenção para este desequilíbrio e poucos ou nenhuns bancários a focarem-se no tema. Se se está a confundir as dificuldades das famílias em pagarem os empréstimos com jantares fora à sexta-feira, está tudo dito. É incluir uns pozinhos de ganância em vez de um lucro responsável e legítimo.

*Editor-Executivo 

A elite liberal-globalista do Ocidente está a destruir o modo de vida dos europeus

A elite liberal-globalista do Ocidente, não a Rússia, está destruindo o modo de vida dos europeus

Andrew Korybko* | Substack | # Traduzido em português do Brasil

Os esclarecimentos socioculturais e políticos partilhados nesta análise são essenciais para aceitar se se quiser compreender verdadeiramente a dinâmica estratégica da Nova Guerra Fria. Essa luta mundial sobre a direção da transição sistêmica global é tanto sobre questões socioculturais e direitos dos Estados (ou falta deles) para determinar/protegê-los quanto sobre geopolítica.

Zelensky afirmou durante seu discurso no Parlamento Europeu que a Rússia supostamente quer destruir o modo de vida dos europeus, mas na verdade é a elite liberal-globalista do Ocidente que está fazendo isso. Esses indivíduos são movidos pela crença no suposto universalismo de sua ideologia radical para impor seus princípios a todos, sem exceção, começando com seu próprio povo e depois se expandindo por todo o mundo. A visão de mundo conservadora e soberana da Rússia, por outro lado, não é universal nem expansionista.

O Bilhão de Ouro do Ocidente liderado pelos EUA é governado por pessoas que estão convencidas de que é imoral limitar a expressão sociocultural, ato que consideram fanático, racista e xenófobo, que compreende a metade liberal de sua ideologia. Assim, eles praticam uma abordagem laissez faire em relação às minorias socioculturais, como aqueles com disposições sexuais não tradicionais e imigrantes (independentemente de sua legalidade), especialmente aqueles de civilizações com moral, ética, valores e princípios muito diferentes.

A proliferação dessas visões socioculturais minoritárias, que são geralmente consideradas “disruptivas” (para dizer o mínimo) pela maioria da população, é acelerada devido ao apoio tácito do Estado a elas pelas razões ideológicas mencionadas. Na prática, isso resulta em visões LGBT+ sendo impostas a crianças impressionáveis na escola, bem como a imigrantes que se recusam a assimilar e se integrar à sociedade, tanto em termos de comportamento quanto de linguagem que empregam quando se relacionam com os locais.

Quanto ao primeiro desses dois resultados mais populares, ele vai contra as visões religiosas da maioria social, bem como os direitos que eles acreditam que os pais são dotados quando se trata da exposição de seus filhos a assuntos sexualmente sensíveis, inclusive por meio do “orgulho gay”. desfiles”. Quanto ao segundo, isso assume a forma de orações públicas e apelos altos, regulares e públicos a eles; as chamadas “zonas proibidas”; e imigrantes que se recusam a aprender a língua que a maioria de sua nova sociedade fala.

Ambos os resultados contribuem coletivamente para remodelar radicalmente as normas socioculturais (“modo de vida”) dos estados em que esses processos estão se desenvolvendo, o que é o resultado direto de suas elites impondo agressivamente sua ideologia liberal-globalista às mesmas pessoas em cujas nome que eles afirmam governar. A metade globalista desta moeda é então vista por essas elites acima mencionadas, expandindo extrajudicialmente seu autodeclarado mandato para impor sua ideologia liberal radical a todos os outros em todo o mundo.

POR QUE A LOUCURA REINA

Durante séculos o poder absoluto e os privilégios associados estiveram nas mãos dos aristocratas, da nobreza e das autoridades eclesiásticas. A vontade deles era a verdade e a lei. Isso mudou quando estourou a Revolução Francesa. (1789–1799) As velhas ideias de absolutismo, aristocracia e poder da igreja foram substituídas por ideais, nas seguintes palavras: 'Liberdade, Igualdade e Fraternidade'.

Peter van Els* | South Front | opinião | # Traduzido em português do Brasil

O indivíduo era central, as pessoas tinham o direito à individualidade, o direito à liberdade e escolha. O direito de ser, o 'eu' tornou-se o centro. René Decrates, filósofo francês (1596-1650) já havia dado passagem, pois fez a seguinte afirmação: “Penso, logo existo”, em 2023 é: “Consumo, logo existo”.

'Liberdade' é um conceito relativo, porque não há autonomia real, independência. A única liberdade verdadeira é a liberdade dentro de você. A liberdade e a escolha de fazer a coisa certa. (Lea Ipy) Em 2023, a 'igualdade' está longe disso, os mais ricos estão ficando mais ricos e a desigualdade está aumentando a cada ano. 'Irmandade' é um conceito esquecido nestes tempos, onde a individualização, o egoísmo, o narcisismo, o 'eu' e a economia, o capitalismo, o neoliberalismo são centrais.

No passado, a nobreza e a igreja governavam – embora a igreja ainda tivesse muita influência até o final dos anos cinquenta. A minha geração ainda ia à igreja todos os domingos – com mão forte e absolutista, não havia limites para eles. As fronteiras eram apenas para a burguesia. Agora essas paredes foram derrubadas e há mais liberdade para o indivíduo, menos limites e o ilimitado aumentou.

Nota : É principalmente sobre o mundo ocidental, mas o mundo ocidental tem sido amplamente determinante do mundo e economia, dinheiro, poder ainda é a primeira prioridade, porque um fenômeno bem conhecido é que o poder sempre corrompe.

O homem saiu das instituições eclesiásticas e tornou-se o universo da sua própria 'felicidade', do seu próprio indivíduo, da sua própria identidade, mas essa 'liberdade' também criou vazio, insignificância e solidão, foi preciso reinventar-se. E esta nova era não cria novos transtornos psiquiátricos, novos sofrimentos?

A ideologia dominante até hoje é o liberalismo (origem: o Iluminismo), política e socialmente. A 'liberdade' do indivíduo refletia-se, entre outras coisas, na busca de um mercado em que o governo deveria adotar uma atitude comedida. O pós-modernismo entrou em uma sociedade neoliberal individualizada, onde todos estão sozinhos no mundo, com sua própria responsabilidade, seu próprio sucesso e onde você pode comprar 'felicidade' e 'liberdade'.

Após o desaparecimento dos antigos poderes, incluindo a igreja e especialmente a educação tradicional (ambos os pais, as famílias e a comunidade estavam envolvidos nisso), normas, valores, consciência ética, moralidade e limites mudaram e se tornaram indistintos, quase não existem mais limites , não há limite. Nossa nova religião passou a consumir e consumir 'iluminado' (para preencher o vazio espiritual dentro de nós?), onde a ganância se tornou uma virtude (A ganância é boa) e nossa sociedade capitalista prega a 'felicidade'. Outro novo mandamento é; 'Tu desfrutarás'.

Proibição (censura) da mídia russa protege a “liberdade de expressão”, diz Borrel da UE

Segundo Borrell, Moscou está manipulando informações e usando a imprensa como arma, por isso a proibição é necessária.

Lucas Leiroz* | South Front | # Traduzido em português do Brasil

Parece cada vez mais claro que o principal compromisso da UE não é defender os seus próprios valores liberais, como a democracia e a liberdade, mas atacar a Rússia por todos os meios possíveis. Em 7 de fevereiro, Josep Borrel, chefe da diplomacia europeia, deixou claro que apoia a proibição da mídia russa e que vê a medida como uma forma de defender a liberdade de expressão. Com isso, ele deixa claro que para o bloco europeu a Rússia é um inimigo e as opiniões dos jornalistas de Moscou devem ser censuradas.

As palavras de Borrell foram apresentadas durante uma conferência de imprensa dedicada ao tema das respostas europeias à “desinformação russa”. Apesar de dirigir as relações exteriores da UE, Borrell tem se caracterizado por posturas extremamente problemáticas e antidiplomáticas em sua militância anti-russa. Desta vez, ele afirmou que censurar os russos seria defender a liberdade de expressão em vez de atacá-la.

“Ao fazer isso, não estamos atacando a liberdade de expressão, estamos apenas protegendo a liberdade de expressão (…) [Vemos] a manipulação e a interferência como um instrumento [russo] crucial (…) Precisamos entender como essas campanhas de desinformação se organizam (...) para identificar os atores da manipulação”, disse.

O funcionário defendeu a maximização das sanções anti-russas como forma de impedir que as agências de imprensa russas e pró-russas operem dentro da UE. Aliás, esse tipo de política já foi adotada por meio de medidas como o bloqueio de contas bancárias de jornais russos na Europa, impedindo o funcionamento da imprensa, como aconteceu recentemente com o Russia Today na França. Sem dinheiro, as agências não conseguem manter suas atividades e assim a mídia russa é sufocada pela chantagem econômica direta. Aparentemente, na opinião de Borrell, isso é absolutamente legal e recomendável.

No entanto, Borrell não apenas defendeu abertamente a censura anti-russa, mas também deixou claro que a UE trabalha para o crescimento da imprensa dissidente dentro da Federação Russa. Borrell disse que a Europa coopera com os meios de comunicação anti-russos “em termos práticos”, mas se recusou a dar detalhes sobre o assunto, tornando o caso ainda mais suspeito.

OS EUA EXPLODIRAM OS GASODUTOS NORD STREAM -- a preparação e a operação

Em setembro de 2022 despedaçaram-se, no Mar Báltico, os dutos que abasteciam a Europa de gás russo. Ação foi atribuída a Moscou. Agora, investigação do mesmo jornalista que revelou o massacre de My-Lai, no Vietnã, aponta: foi obra da CIA

Seymour Hersh , em seu site | Outras Palavras | Tradução: Maurício Ayer | # Publicado em português do Brasil

O Centro de Mergulho e Salvamento da Marinha dos EUA pode ser encontrado em um local tão obscuro quanto seu nome – no que antes era uma estrada na zona rural de Panama City, uma cidade turística em expansão no sudoeste da Flórida, pouco mais de 100 quilômetros ao sul da fronteira com o estado do Alabama. A estrutura física do centro é tão indefinida quanto sua localização – uma estrutura monótona de concreto estilo pós-Segunda Guerra Mundial que tem a aparência de uma escola vocacional no lado oeste de Chicago. Uma lavanderia operada por moedas e uma escola de dança ficam do outro lado do que hoje é uma estrada de quatro pistas.

O centro tem treinado mergulhadores de águas profundas altamente qualificados há décadas que, uma vez designados para unidades militares americanas em todo o mundo, são treinados para realizar mergulhos técnicos para fazer o bem – usando explosivos C4 para limpar portos e praias de detritos e munições não detonadas – bem como o mal, como explodir plataformas de petróleo estrangeiras, entupir válvulas de admissão de usinas submarinas, destruir eclusas em canais de navegação cruciais. O Centro de Mergulho de Panama City, que possui a segunda maior piscina coberta dos Estados Unidos, foi o lugar perfeito para recrutar os melhores e mais discretos graduados da escola de mergulho – que fizeram com sucesso no verão passado o que haviam sido autorizados a fazer a 80 metros de profundidade no Mar Báltico.

Em junho passado, os mergulhadores da Marinha dos EUA, operando sob a cobertura de um exercício de treinamento da OTAN amplamente divulgado em pleno verão, conhecido como BALTOP 22, plantou os explosivos acionados remotamente que, três meses depois, destruíram três dos quatro gasodutos Nord Stream, segundo uma fonte com conhecimento direto do planejamento operacional.

Dois dos gasodutos, conhecidos coletivamente como Nord Stream 1, vinham fornecendo à Alemanha e grande parte da Europa Ocidental gás natural russo barato por mais de uma década. Um segundo par de gasodutos, chamado Nord Stream 2, foi construído, mas ainda não estava operacional. Agora, conforme as tropas russas se concentram na fronteira ucraniana e a guerra mais sangrenta na Europa desde 1945 se aproxima, o presidente Joseph Biden viu os gasodutos como um veículo para Vladimir Putin transformar o gás natural em armas para suas ambições políticas e territoriais.

Solicitada a comentar, Adrienne Watson, porta-voz da Casa Branca, disse em um e-mail: “Isso é uma ficção falsa e completa”. Tammy Thorp, porta-voz da Agência Central de Inteligência (CIA), escreveu da mesma forma: “Esta afirmação é totalmente falsa”.

A decisão de Biden de sabotar os gasodutos ocorreu após mais de nove meses de debates altamente secretos dentro da comunidade de segurança nacional de Washington sobre a melhor forma de atingir esse objetivo. Durante grande parte desse tempo, a questão não se missão deveria ser feita, mas como realizá-la sem deixar nenhuma pista clara de quem é o responsável.

A QUEDA DO PATROCINADOR DE VOLODYMYR ZELENSKY E DE HUNTER BIDEN

O antigo patrocinador do Presidente Volodymyr Zelensky, o ex-bilionário Ihor Kolomoisky (grupo Privat) está no centro de uma investigação dos Serviços de Segurança Ucranianos (SBU). Segundo os investigadores, ele teria roubado em proveito próprio 40 mil milhões (bilhões-br) de hryvnias (cerca de mil milhões de dólares) aquando da nacionalização das suas empresas de hidrocarbonetos, Ukrnafta e Ukrtatnafta, em Novembro de 2022.

Em 2010, Ihor Kolomoisky tentou assumir o controle do Conselho Europeu das Comunidades Judaicas. Teve que se retirar perante a revolta dos líderes judeus europeus que denunciaram o seu percurso mafioso. Após o Golpe de Estado de 2014, ele financiou os grupos armados « nacionalistas integralistas », nomeadamente os batalhões Aidar, Donbass, Dnipro 1 e Dnepr 227. Na década de 2020, ele foi o principal patrocinador do Presidente Volodymyr Zelensky e do seu Partido, “Servidor do Povo”. Ele era o proprietário da Burisma Holding, a empresa da qual o filho do Presidente Joe Bien, Hunter Biden, e o do antigo Secretário de Estado John Kerry, Devon Archer, se tinham tornado administradores [1].

Há alguns meses desentendeu-se com o seu protegido Volodymyr Zelensky, o qual lhe teria retirado a nacionalidade ucraniana.

Voltairenet.org |  Tradução Alva

EUA | PFIZER MODIFICOU O VÍRUS COVID ANTES DA EPIDEMIA

Em vídeo do Projecto Veritas mostra Jordon Trishton Walker, Director da pesquisa e desenvolvimento, de operações estratégicas e planeamento científico de ARNm do Laboratório farmacêutico Pfizer, afirmar que a sua empresa tinha antecipadamente explorado uma forma de fazer «mutar» o Covid para antecipar o futuro desenvolvimento de «vacinas» [1].

A entrevista deixa perceber que a Pfizer assumiu riscos quanto à saúde e violou as leis norte-americanas para realizar as suas pesquisas.

Em cinco dias, a gravação tinha já sido vista 41 milhões de vezes no Twitter, quando a Pfizer divulgou um comunicado. Sem pôr em questão a autenticidade da gravação, ela precisou não ter realizado pesquisas sobre o ganho-de-função. Ela acrescentou : «Num número limitado de casos em que um vírus completo não contém nenhum ganho conhecido de mutações funcionais, esse vírus pode ser modificado a fim de permitir a avaliação da actividade anti-vírica nas células» [2].

Neste momento, não se pode saber claramente se a Pfizer tornou ou não o vírus mais perigoso antes de conceber a sua « vacina ».

Para além disso, o Laboratório farmacêutico tem já de fazer face às acusações segundo as quais sabia desde o início que a sua vacina não protegia da transmissão, mas deixou os governos fingirem o contrário sem intervir.

Voltairenet.org | Tradução Alva

A TERRA TREMEU E HÁ CHEIRO DE MORTE EM TODO O LADO

Há “cheiro a morte” em todo o lado

Cristina Peres, jornalista de internacional | Expresso (curto)

Ninguém sabe quantas pessoas estão debaixo dos destroços das edificações que cederam aos dois tremendos tremores de terra que abalaram na segunda-feira o sul da Turquia e o norte da Síria. Milhares de edifícios desmoronaram de madrugada transformando-se em caixões para as pessoas que neles dormiam. Esta madrugada contabilizavam-se já mais de 16 mil mortos (13000 na Turquia e 3000 na Síria), as previsões da Organização Mundial de Saúde apontam para pelo menos 20 mil. Há dezenas de milhares de feridos, milhares de deslocados internos. Há centenas de deslocados na Síria e na região de Hatay, no sul da Turquia e uma das mais atingidas pela destruição vivam 500 mil refugiados sírios. Seguimos em direto os desenvolvimentos com notícia de que quase tudo dificulta as operações de salvamento, da coordenação à logística, da chuva às baixas temperaturas, das estradas bloqueadas à grande extensão afetada pelos abalos sísmicos (450 km ao longo da falha do leste da Anatólia), tornando cada vez menos provável encontrar pessoas com vida.

Pouca ajuda ainda está a chegar ao noroeste da Síria, só existem as mãos e os poucos recursos da Defesa Civil síria para tentar desenterrar as pessoas que tenham ficado debaixo dos escombros nas zonas do país ainda tomadas por rebeldes. A área afetada do país está ainda a sair de dez anos de guerra e não se conta com o interesse do Presidente Bashar al-Assad para socorrer a população. Com uma área de destruição tão extensa, os especialistas dizem que a janela para a sobrevivência das pessoas em temperaturas geladas está a chegar ao fim, mesmo com tantos voluntários envolvidos no esforço de salvamento. Há cadeias humanas a tentar escavar os prédios em ruína, pedindo silêncio com frequência na esperança de ouvirem gritos pedindo auxílio.

A Turquia estava ontem à noite a trabalhar a contra-relógio para tentar abrir mais dois postos de fronteira com a Síria de modo a permitir a passagem das equipas de ajuda humanitária no país vizinho, disse o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Cavusoglu.

Mais de 60 países, entre os quais o Azerbaijão, Israel, Arábia Saudita, Catar, Kuwait e outros, estão a enviar assistência à Turquia, disse o Presidente Recep Tayyip Erdogan apenas horas antes de a Bolsa de Istambul ser suspendida.

O futuro político de Tayyip Recep Erdogan, que governa o país há duas décadas e está em contra-relógio para as eleições de maio próximo, vai ser julgado pelo seu povo que lhe vai perguntar porque não se fez mais para prevenir desastres como o atual depois do terramoto de 1999. Erdogan já reconheceu ter havido problemas na resposta inicial ao colapso dos edifícios e acessos e vai ter de justificar que tantos quantos seis mil edifícios (números do Governo) tenham caído por incumprimento das regras anti-sísmicas. Para as eleições de maio, o recandidato tem duas crises em mãos: a económica, que resulta da sua errática política monetária, e a humanitária. A janela das 72 horas está a fechar-se.

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