domingo, 9 de julho de 2023

Angola | Conspiração do Silêncio e o Grito dos Mortos – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Presidente José Eduardo dos Santos faleceu há um ano. Praticando ou não o culto dos mortos, este primeiro aniversário devia ser assinalado, no mínimo, com a grandeza com que João Lourenço brindou os dirigentes do golpe militar de 27 de Maio de 1977. Não aconteceu. De Barcelona para Luanda o cadáver viajou como carga no porão de um avião. Hoje o Chefe de Estado guardou um silêncio revoltante. Os órgãos de soberania ignoraram. Quanto aos Media públicos era melhor que tivessem ignorado.

A TPA não deu a notícia. Limitou-se a ler um comunicado do Bureau Político do MPLA aos 53 minutos do noticiário das 13 horas. A abertura foi um acidente de viação em Cabo Ledo. Depois as nossas atletas do basquetebol. A seguir o jogo dos Palancas Negras em Moçambique. Depois os reclusos que estudam numa cadeia. A seguir o bloco operatório do hospital do Tombwa onde os médicos já fizeram cinco intervenções cirúrgicas, quatro hérnias e um quisto nos ovários. Intervalo. Aniversário da TPA Notícias. O “pivot” diz que vai dar notas. Mais notas ainda. E no final, o comunicado. Sukuama! O Bureau Político do MPLA já está no fim da linha.

Este “alinhamento” não é de profissionais. Aquilo foi obra do Miala e seus sequazes. O Jornal de Angola, para grande pena minha, ainda editou o comunicado do Bureau Político do MPLA na primeira página. Mas depois remeteu o texto para a página dois e no bloco periférico. Vou explicar. Nos jornais, a primeira, última e as centrais são as páginas mais valiosas. Depois vem a página três. A partir daí as páginas ímpares são mais valiosas e as pares menos valiosas. Como lemos da esquerda para a direita, os blocos de abertura das páginas devem estar à direita (ímpar) e à esquerda (par). Depois temos os blocos periféricos, fora do ângulo de visão do leitor.

O Jornal de Angola publicou o comunicado do Bureau Político do MPLA numa página par (menos valiosa) e no bloco periférico. A duas colunas (em seis). Teve mais destaque (seis colunas) esta notícia: “Benguelenses confiantes em novas oportunidades de emprego (repercussões do Corredor do Lobito)”. Título da peça sobre o primeiro aniversário do falecimento do anterior Chefe de Estado: “MPLA recorda José Eduardo dos Santos ‘com profunda resignação e incontida dor’”. Ainda pensei encontrar no texto um subtítulo com outras posições públicas mas nada de nada. 

Nem os sicários da UNITA, que estão vivos graças à sua infinita generosidade, se manifestaram. Rei morto rei posto. Não se fala mais dele. As páginas da História Contemporânea de Angola que o Presidente José Eduardo dos Santos ajudou a escrever vão para o lixo. O Povo Heroico e Generoso na lixeira. Os Heróis Nacionais que se bateram na Guerra pela Soberania Nacional e a Integridade Territorial, sob o seu comando, partam rapidamente para o esquecimento. O problema é que um povo sem passado e memória não tem futuro.

Os desafios continuam para a desminagem em Angola até 2025

A falta de condições de trabalho e de vias de acesso está a comprometer a desminagem no Cuando Cubango. Esta é a província angolana com mais áreas minadas e os trabalhados avançam muito lentamente.

Angola quer acabar com todas as minas no país até 2025. E até agora, na província mais afetada, o Cuando Cubango, 42% das áreas contaminadas foram desminadas, de acordo com a Agência Nacional de Ação contra as Minas (ANAM).

Mas o processo arrasta-se. O diretor-geral da ANAM, Leonardo Severino Sapalo, lamenta que continuem a morrer pessoas por causa de minas.

"Apesar dos reforços dos nossos parceiros, a província registou 28 acidentes de minas nos últimos três anos, com 16 vítimas mortais e 10 feridos", disse.

No final de junho, as operadoras de desminagem e parceiros encontraram-se no município do Cuito Cuanavale para debater os próximos passos. O ambiente geral foi de preocupação.

Tão "amigos" que fomos | Relações entre Timor-Leste e Austrália entram em nova fase

A ministra dos Negócios Estrangeiros australiana disse hoje que a relação com Timor-Leste está a entrar "numa nova fase" e anunciou, durante uma visita a Díli, o reforço de vários programas em curso.

"Acredito que estamos a embarcar numa nova fase da nossa jornada em conjunto", disse Penny Wong, num discurso no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Díli.

O Governo australiano "procura ir além das divergências do passado. Trabalhar convosco para moldar o futuro que partilhamos. Onde quer que o futuro leve os nossos dois países, quaisquer que sejam os desafios que possamos enfrentar, quero que os nossos amigos em Timor-Leste saibam que nós, na Austrália, estaremos sempre convosco", afirmou.

Penny Wong efetua uma curta visita a Timor-Leste, a segunda ao país desde que assumiu funções, no ano passado, e a primeira de um responsável australiano depois da posse do IX Governo, liderado por Xanana Gusmão.

"A nossa amizade é profunda e ampla. Já resistiu ao teste do tempo, desde os tempos da independência. E é a base sobre a qual podemos construir o nosso futuro, juntos", sublinhou.

"A Austrália reconhece que o caminho de Timor-Leste para a independência e soberania foi longo e árduo. E que procuram, com razão, fazer as vossas próprias escolha, sem que lhes sejam impostas por outras", afirmou, num discurso perante o Presidente timorense, José Ramos-Horta, entre outros.

União Europeia e Nova Zelândia firmam acordo de livre comércio

A União Europeia (UE) e a Nova Zelândia assinaram hoje um acordo de livre comércio com o qual pretendem aumentar em 30% as suas trocas comerciais através da eliminação das tarifas de exportação e uma maior abertura dos seus serviços.

“É um acordo de livre comércio muito ambicioso e muito equilibrado. Acho que oferece muitas oportunidades para as nossas respetivas empresas”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa conferência de imprensa com o primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hipkins, antes da assinatura do documento, em Bruxelas.

O acordo, concluído em 2022 após quatro anos de negociações, removerá todas as tarifas sobre as exportações da UE para a Nova Zelândia, que consistem principalmente em bens de manufaturação, enquanto o bloco da UE as eliminará para a grande maioria das exportações da Nova Zelândia, em todos os produtos agrícolas.

O comércio bilateral de bens entre as duas partes ascendeu a 9.100 milhões de euros em 2022 e o de serviços a 3.500 milhões em 2021, enquanto os investimentos da UE na Nova Zelândia atingiram 9.300 milhões e os deste país no grupo dos 27 chegaram aos 4.300 milhões, segundo os mais recentes números divulgados pelo executivo comunitário.

Bruxelas espera que, com este acordo, as exportações da UE para a Nova Zelândia possam aumentar até 4.500 milhões de euros por ano, os investimentos europeus cresçam 80% e as empresas do bloco economizem 140 milhões de euros por ano, segundo o vice-presidente da Comissão responsável pelo Comércio, Valdis Dombrovskis.

OS EUA FAZENDO-SE DE VÍTIMA, COMO QUASE SEMPRE


Cartoon de Liu Rui/Global Times

O alcance da OTAN na Ásia expõe o egoísmo dos EUA e vai dividir ainda mais o grupo

Tóquio, a ânsia de Seul de se aliar à Otan "míope, perigosa", dizem especialistas

Zhao Yusha | Global Times | opinião | # Traduzido em português do Brasil

Divergências dentro da aliança da Otan sobre a potencial expansão da presença do bloco na Ásia-Pacífico antes da cúpula da Otan na próxima semana foram expostas pela forte oposição do presidente francês, Emmanuel Macron. Especialistas chineses acreditam que a intenção da Otan de estender seus tentáculos para a região Ásia-Pacífico não apenas expõe o propósito egoísta dos EUA, que desempenham um papel central na aliança, de impor sua própria intenção hegemônica sobre os interesses de outros membros da Otan, mas dividirá ainda mais o grupo, já que na Europa, a França pode não ficar sozinha em sua oposição.

Este ano marca o segundo ano consecutivo em que líderes do Japão e da Coreia do Sul participarão da cúpula. Observadores veem isso como um sinal de que os dois países estão buscando laços mais estreitos para coordenar melhor os movimentos estratégicos de Washington para conter a China. Tal medida "míope" certamente desencadeará a forte oposição da China e resultará em maior vigilância dos países regionais.

Os líderes da Otan se reunirão em Vilnius, capital da Lituânia, de terça a quarta-feira. Esta cimeira é apontada como um momento para avançar no plano de abertura de um escritório de ligação no Japão, que representaria o primeiro posto avançado da organização na região.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, que deve participar da cúpula pelo segundo ano consecutivo, aproveitará a oportunidade para enfatizar a necessidade de que as relações entre o Japão e a Otan sejam mais fortes, disse o secretário-chefe de gabinete japonês, Hirokazu Matsuno, nesta sexta-feira.

Agenda oculta da OTAN contra a China exposta antecipadamente pela Lituânia

A Otan deve realizar uma cúpula em Vilnius, na Lituânia, na próxima semana. Como país anfitrião, a Lituânia parece animada e impaciente. Uma parte significativa desse sentimento se reflete em sua provocação à China. Ao mesmo tempo, vários outros membros da OTAN também parecem ter coordenado sua abordagem à ilha de Taiwan. Tudo isso expôs as intenções maliciosas da próxima cúpula da Otan em relação à China. Isto não pode ser ignorado pelo povo chinês, que deve permanecer vigilante.

Global Times | editorial | # Traduzido em português do Brasil

Cerca de uma semana antes da cúpula, a Lituânia, imitando os EUA, anunciou sua chamada Estratégia do Indo-Pacífico. A parte mais atraente desta "estratégia" de 16 páginas é sua declaração sobre a questão de Taiwan, enfatizando que "o desenvolvimento das relações econômicas com Taiwan é uma das prioridades estratégicas da Lituânia". Chegou a traçar descaradamente uma "linha vermelha", alegando que o status quo no Estreito de Taiwan "não pode ser mudado por meio do uso da força ou da coerção".

Esta é mais uma demonstração do "discurso duro" e da arrogância da Lituânia, depois de o país e a ilha de Taiwan terem estabelecido mutuamente escritórios de representação, o que levou a uma deterioração acentuada das relações da Lituânia com a China. Se não houvesse ninguém para apoiá-lo, a Lituânia não teria sido capaz de provocar a China durante tanto tempo, nem teria sido tão descarada ao fazê-lo.

É bizarro que um país báltico com menos de 3 milhões de habitantes, localizado na zona de radiação direta do conflito Rússia-Ucrânia, tenha criado uma Estratégia Indo-Pacífico. Muitos de seus formuladores para a estratégia são familiares, como se tivessem sido tirados diretamente da retórica dos EUA em relação à China, só que desta vez estão sendo expressos da Lituânia. O que é ainda mais impressionante é que o ministro dos Negócios Estrangeiros lituano afirmou que "com a Estratégia tendo sido aprovada, a Lituânia encontra-se agora entre os líderes globais". Só alguém completamente desprovido de autoconsciência poderia fazer tal afirmação. A Lituânia não é de forma alguma um "líder global", mas o incidente se tornou um dos maiores motivos de chacota internacional do ano.

SITUAÇÃO MILITAR NA UCRÂNIA EM 8 DE JULHO DE 2023 (atualização do mapa)

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Ontem à noite, ataques russos destruíram armazéns em Kryvyi Rih;

Ontem à noite, explosões trovejaram em Dnipro;

A artilharia russa atingiu posições da AFU perto de Sinkovka;

A artilharia russa atingiu posições da AFU perto de Kharkov;

A artilharia russa atingiu posições da AFU perto de Dibrova;

A artilharia russa atingiu posições da AFU perto de Yampolovka;

A artilharia russa destruiu um depósito de munição da AFU perto de Orikhiv;

Os confrontos entre o Exército russo e a AFU continuam perto de Orikhiv;

Os confrontos entre o Exército russo e a AFU continuam perto de Bakhmut;

Os confrontos entre o Exército russo e a AFU continuam em Mariinka;

Os confrontos entre o Exército russo e a AFU continuam perto de Makarivka;

As forças russas destruíram 25 militares ucranianos, 3 veículos motorizados, 3 sistemas de artilharia, 1 obuseiro D-20 na área de Kupyansk;

As forças russas destruíram 95 militares ucranianos, 1 tanque, 4 veículos blindados, 4 caminhonetes, 2 obuses na área de Krasny Liman;

As forças russas destruíram 420 militares ucranianos, 3 tanques, 7 veículos de infantaria, 4 caminhonetes, 2 obuses na região de Donetsk;

As forças russas destruíram 80 militares ucranianos, 11 veículos motorizados e 2 sistemas de artilharia Akatsiya na região de Kherson;

Os sistemas de defesa aérea russos abateram 13 drones ucranianos perto de Velykaya Lepetikha na região de Kherson, Pologi, Konovalova na região de Zaporozhye, Shipilovka na LPR, Volodino, Valerianovka e Staromikhailovka na RPD;

Os sistemas de defesa aérea russos derrubaram 21 projéteis HIMARS e Uragan impulsionados por foguetes nas últimas 24 horas;

Sistemas de defesa aérea russos derrubaram aviões de guerra Su-25 na região de Zaporozhye;

A AFU teria atingido 2 pontos de controle, 1 depósito de munição, 8 unidades de artilharia, 2 sistemas antiaéreos, 2 estações de rádio do Exército russo nas últimas 24 horas.

Ler/Ver em South Front:

VANTs russos destroem instalações militares em áreas de retaguarda ucranianas

Rússia pede nova reunião do Conselho de Segurança sobre Nord Stream

A Rússia pediu uma reunião aberta do Conselho de Segurança da ONU para terça-feira sobre a destruição dos gasodutos Nord Stream, no ano passado, reiterando que devem estar presentes representantes da Dinamarca, Alemanha e Suécia.

"Solicitamos uma nova reunião aberta do Conselho de Segurança da ONU sobre o Nord Stream para 11 de julho", indicou na rede Telegram o embaixador adjunto da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitri Polianski.

O representante de Moscovo disse que a Rússia pediu à presidência rotativa britânica que convide representantes da Dinamarca, Alemanha e Suécia para a reunião, que será transmitida pela missão permanente do país na ONU.

Em maio passado, a Rússia convocou os embaixadores dos três países para protestar pela alegada falta de resultados nas investigações nacionais sobre a sabotagem ocorrida em setembro de 2022 nos dois gasodutos Nord Stream, no mar Báltico.

Moscovo protestou também pela ausência de respostas a pedidos para que os três países permitissem que o grupo russo Gazprom, operador do gasoduto, participasse na investigação.

A Rússia acusou os países "anglo-saxónicos", liderados pelos Estados Unidos, de sabotagem, que descreveu como "terrorismo internacional".

Foram localizadas duas fugas em cada gasoduto, ambos fora de serviço, duas na zona dinamarquesa e duas na sueca, todas em águas internacionais.

O Nord Stream, que entrou em funcionamento em 2011, estava parado antes do incidente, primeiro por "trabalhos de manutenção de rotina" e depois por um alegado problema numa estação de compressão russa, que não podia ser reparada devido às sanções ocidentais impostas a Moscovo.

Por sua vez, o Nord Stream 2 nunca chegou a operar porque a Alemanha bloqueou a sua certificação, antes mesmo da ofensiva militar russa na Ucrânia.

Lusa

CIA comanda Ucrânia e Biden diz que não há botas dos EUA no chão

Ucrânia é marco zero para as origens fascistas da CIA

Strategic Culture Foundation | editorial | # Traduzido em português do Brasil

A revista americana Newsweek publicou uma grande reportagem "exclusiva" esta semana com a pretensão de revelar a extensão do envolvimento da CIA na guerra por procuração da Ucrânia contra a Rússia. Dificilmente merece a cobrança de "exclusivo", já que é sabido que a agência de espionagem dos EUA está à altura do pescoço na orquestração do conflito.

Na verdade, o papel nefasto da CIA na Ucrânia remonta décadas ao fim da Segunda Guerra Mundial. Mais sobre isso mais abaixo.

No entanto, o artigo da Newsweek fornece uma admissão útil de que Washington está imprudentemente – e criminosamente – alimentando hostilidades contra a Rússia, a maior potência nuclear do mundo em termos de seu arsenal. O governo Biden e seu aparato de inteligência militar estão arriscando uma escalada da guerra por procuração para uma conflagração nuclear total.

reportagem da Newsweek comenta a "contradição" entre a promessa pública do presidente Joe Biden de não colocar botas americanas no chão e a inegável presença pesada de forças clandestinas dos EUA na Ucrânia ajudando (mais precisamente, dirigindo) o esforço de guerra. Em vez de "contradição", uma palavra mais simples e adequada é "mentira".

Vale lembrar também que Biden disse anteriormente que não quer "começar a Terceira Guerra Mundial" com a Rússia. Isso é tão crível quanto um alcoólatra dizer que não quer outra bebida.

O governo Biden está envolvido em enganar grosseiramente o público americano ao fingir absurdamente que militares dos EUA não estão na Ucrânia e que Washington não está dirigindo uma guerra contra a Rússia. A política de Biden de injetar armas na Ucrânia (US$ 40 bilhões até agora) está inexoravelmente levando os Estados Unidos e seus aliados da Otan a uma guerra total contra a Rússia. No entanto, este presidente mentalmente desafiado de alguma forma afirma que "não há botas dos EUA no terreno" e que a aliança da Otan liderada pelos EUA não está em guerra com a Rússia. Essas mentiras descaradas deveriam ser motivos para seu impeachment.

Portugal | SOBERANIA, ESSA PALAVRA MALDITA

O próprio António Costa foi em peregrinação até Kiev para doar 250 milhões de euros sacados sem anestesia aos contribuintes portugueses, os quais, entretanto, continuam submetidos a esmolas ocasionais, enquanto os salários já cheiram a bafio.

José Goulão | AbrilAbril | opinião

Comecemos com factos elementares que, se não o são, deveriam ser do conhecimento de todos os portugueses.

O ministro russo da Defesa anunciou muito recentemente que os tanques enviados por Portugal para a Ucrânia estão entre a dezena e meia, ou mais, dos «Leopards 2» que as tropas russas transformaram em sucata em menos de um mês da «contra-ofensiva» ucraniana. Mais um lote de «armas maravilha» da NATO a caminho do ferro-velho.

Segundo notícias que em Portugal correm à boca pequena, vá lá saber-se porquê, o governo português é dos mais activos – parece mesmo integrar uma «task force» nesse sentido – nas tramas em curso na União Europeia para concretizar o confisco das reservas externas russas com o alegado objectivo de subsidiar a «reconstrução» da Ucrânia, o país que os próprios dirigentes europeus continuam a destruir, alimentando a guerra com dinheiro e armas e opondo-se a qualquer hipótese credível de suspender e resolver o conflito.

Há uns meses, o próprio primeiro-ministro António Costa foi em peregrinação até Kiev para doar a Volodymyr Zelensky, o chefe do regime ucraniano de sustentação nazi, 250 milhões de euros sacados sem anestesia aos contribuintes portugueses, os quais, entretanto, continuam submetidos a esmolas ocasionais, enquanto os salários já cheiram a bafio de tão antigos que são e os preços não param de trepar por mais manigâncias que os ministros façam com o IVA. 

E ainda falta o que vem a caminho, o efeito tecnofascista da senhora Lagarde em nome do Banco Central Europeu que ninguém elegeu.

Como subsidiar o maior fundo extorsionista do mundo

As situações enunciadas correspondem, como dirá qualquer membro da classe política, ao respeito dos nossos compromissos para com os «parceiros internacionais» e as organizações transnacionais que Portugal integra – à revelia dos portugueses, que nunca foram consultados sobre essas adesões e pertença.

Deduz-se, portanto, que o governo, a maioria do Parlamento, o Palácio de Belém devem estar orgulhosos, com emocionada sensação de dever cumprido, perante os restos mortais dos enjeitados tanques, mesmo que, como era previsível, de nada tenham servido durante a sua efémera e derradeira viagem.

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