terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Luanda e a Mesa da Kianda -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Luanda faz 449 anos dentro de 25 dias. A colonização portuguesa começou em 1575 quando Paulo Dias de Novais desembarcou na Ilha do Cabo com 400 militares e oficiais de vários ofícios. Precisamente 400 anos depois Agostinho Neto proclamou a Independência Nacional. Foi o fim da dominação estrangeira mas também o ponto final do império colonial português.

A caminho dos 50 anos de Angola Independente, um jornal angolano defendeu que os colonialistas deviam ficar mais umas décadas para nos ensinarem a governar. Eles que, segundo os romanos, não se governam nem se deixam governar! Isto fere o mais fundo da condição humana dos angolanos mas o filho de enfermeiro quer assim, para entregar o país e o Povo Angolano à Casa dos Brancos, numa bandeja e de joelhos num tapete de dólares falsos. Pobre diabo!

A cidade da Kianda está aí, agonizando. O Centro Histórico praticamente destruído. A destruição impiedosa começou em 1961, quando patos-bravos sem gosto nem raízes culturais começaram a demolir a velha Luanda e construíram em altura. Nesse ano a vaidosa capital de Angola só tinha dois prédios de quatro andares, Quintas 6 Irmão e Alfredo F de Matos. 

As calemas destruíram, durante um el niño, há muitos séculos, dois terços da Ilha do Cabo. Levaram para as profundezas do mar a Fortaleza de Nossa Senhora da Flor da Rosa. Muitas ruas da cidade desapareceram levadas pelas enxurradas que se repetiram em 1963.Mas o camartelo dos patos-bravos portugueses foi bem mais grave. A destruição continua pelas nossas mãos. Os sucessivos governos da província de Luanda não puseram em prática planos para preservação e recuperação do Centro Histórico. A velha cidade de Loanda já só vive nas aguarelas de Carlos Ferreira (Lito).

TRAGÉDIA TCHOKWE COM DEZ CANTOS EM SURDINA – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Kixixi hatchikúka wóma hiwéza 

(O kixixi tem a cabeça para baixo o medo chegou!)                   

Canto I

Venham todos ouvir os prodígios 

chegados dos mares

pela boca velha do viajante 

que transpôs tundavalas e espinheiras

passo a passo um rio 

sem canoa nem ponte

sem escravo que conte o tempo

nem muralha que meta medo

venham todos ouvir.

 

(Eu sei mãe, quem outra senão tu, cobriu de estrelas a manjedoura?)

2025 JÁ CHEGOU AOS PAÍSES DO ORIENTE, SUDESTE ASIÁTICO E OCEÂNIA

Sidnei, Austrália, recebeu assim 2025

Timor-Leste, Hong-Kong e Macau já receberam 2025 efusivamente

2025 chega ao Japão, Coreias (e mais). Que países se seguem?

Ano Novo está aí, e com ele os festejos associados à passagem do ano. Foguetes, espetáculos de luzes e alegria prometem 'iluminar' as próximas horas, um pouco por todo o mundo.

O primeiro país a 'virar' o ano é o Kiribati, localizado na Oceânia, que entra em 2025 quando o relógio marcar as 10 horas desta terça-feira em Portugal continental.

Por cá, nem todos os portugueses entram no novo ano ao mesmo tempo - com os Açores a entraram uma hora depois do Continente -, e o mesmo acontece com alguns países, como é o caso do Brasil, Argentina ou Estados Unidos.

Os últimos territórios a entraram em 2025 ficam no Oceano Pacífico.

Notícias ao Minuto

FOGO DE ARTIFÍCIO


 Henrique Monteiro | HenriCartoon

Ano Negro | 2025 E O QUE AÍ VEM, OS VELHOS E NOVOS DESAFIOS

Mais um quarto de história, 25 anos do século XXI, bodas de prata de um outro tempo (com os seus contratempos). As expectativas são mornas com os problemas do passado, as esperanças no futuro, as reivindicações de sempre, as lutas de sempre. Na saúde, na educação, na economia, na habitação. O país vai a votos para as autárquicas e as presidenciais marcam o debate político. As temperaturas continuam a subir e o custo de vida tende a aumentar. E as guerras e as decisões de Trump terão impacto nos 365 dias que se avizinham.

Sara Dias Oliveira | Notícias Magazine

A contagem decrescente para o novo ano começou. Na quarta-feira, o Mundo, a ritmos diferentes, entra em 2025, o último ano de um quarto de século. Cada país tem as suas expectativas, os seus problemas e os seus sonhos. Portugal entrará de mansinho em 2025 e é esperada alguma turbulência. São as exigências dos setores estruturantes da sociedade, as negociações do costume, as questões habituais por resolver. E uma alteração no orçamento dos trabalhadores: o salário mínimo passa de 820 para 870 euros a 1 de janeiro.

O Governo termina 2024 a olhar para 2025. Com uma nova estratégia para pessoas sem-abrigo com mais equipas de rua, mais equipas comunitárias de saúde mental, e um sistema de alerta e prevenção. Com mais dinheiro para as forças de segurança, 20 milhões de euros. Com vontade de flexibilizar as regras de uso dos solos para que seja possível construir e urbanizar onde não se podia, com o objetivo de estancar a escalada de preços na habitação, um problema que tem sido um sufoco para tantas famílias. Fecha 2024 com duras críticas à operação policial no Martim Moniz, em Lisboa, e uma carta aberta de 21 personalidades que falam de um ataque ao Estado social e de direito (o músico Dino d’Santiago é um dos subscritores). E uma outra carta aberta, assinada por 840 profissionais de saúde, contra a exclusão de estrangeiros no SNS e a ameaça de desobediência civil. Os próximos tempos não serão fáceis.

O ano começa com a trasladação dos restos mortais de Eça de Queiroz para o Panteão Nacional, a 8 de janeiro, uma homenagem à sua obra literária, o reconhecimento do seu indiscutível lugar na literatura portuguesa. Cinco dias depois, começa o julgamento do segundo processo contra o criador do Football Leaks, Rui Pinto, que responde por 201 crimes de acesso ilegítimo qualificado, 23 crimes de violação de correspondência agravados e 18 crimes de dano informático. Em 2025, haverá mais novidades nos processos judiciais que envolvem figuras como o ex-primeiro-ministro José Sócrates, o ex-ministro da Economia Manuel Pinho, bem como sobre o caso do BES de Ricardo Salgado, entre outros. Para 15 de janeiro, está agendada uma manifestação nacional à porta da Assembleia da República dos bombeiros sapadores. E o ano continuará, mês a mês, com vários assuntos e problemas que atingem mais uns do que outros. As ruas continuarão a ser palco de protestos.

MERCENÁRIOS ESTRANGEIROS CONTINUAM A MORRER NA UCRÂNIA – 6,5 MIL MORTOS

AS MORTES EM BATALHA DE MERCENÁRIOS PORTUGUESES, BRASILEIROS, ESPANHÓIS E OUTROS ESTÃO CONFIRMADAS

South Front | # Traduzido em português do Brasil – Fotografias e vídeos na página original South Front

Desde o início do conflito armado ucraniano-russo, cerca de 6,5 mil dos 15 mil mercenários estrangeiros que chegaram à Ucrânia foram mortos. Isso foi relatado por Yulia Zhdanova, chefe interina da delegação russa nas negociações de Viena sobre segurança militar e controle de armas.

Entre eles estão mercenários de 110 países, o maior contingente dos quais eram militares da Polônia (2.960), Estados Unidos (1.113), Geórgia (1.042), Canadá (1.005) e Reino Unido (822).

Anteriormente, em 14 de março de 2024, Sergey Shoigu, que na época era o Ministro da Defesa da Rússia, anunciou as estatísticas de 5962 mercenários eliminados da AFU. Naquela época, tais perdas foram explicadas pelo fato de que mercenários estrangeiros morreram em massa em ataques de mísseis. De acordo com várias estimativas, 50 a 180 mercenários perderam suas vidas apenas no ataque ao campo de treinamento de Yavoriv (região de Lviv). Um ataque em sua localização em Kramatorsk em 2023 também levou a baixas em massa de mercenários.

De acordo com as informações atualizadas, as Forças Armadas Russas liquidaram cerca de 600 mercenários nos últimos 9 meses. Mais de 200 deles foram liquidados na região de Kursk da Federação Russa desde o início de novembro de 2024, incluindo cidadãos da Polônia, Estônia, EUA, Alemanha e Reino Unido. Os combatentes morreram em massa durante tentativas de escapar do cerco do exército russo e contra-atacar para fornecer um corredor para evacuação.

Infelizmente, informações sobre as identidades dos mercenários estrangeiros que morreram não são divulgadas ou são divulgadas com bastante atraso.

Assim, as identidades de alguns dos mercenários mortos cujos corpos foram encontrados no território da Federação Russa foram recentemente confirmadas.

Fase de Desespero: Kiev recua e prepara novas provocações

Nos últimos dias, o Exército Russo continuou a manter a iniciativa estratégica ao longo de toda a linha de frente, embora as ações ofensivas assumissem, no máximo, caráter tático ou operacional-tático.

South Front | # Traduzido em português do Brasil - com vídeo

Na região de Kursk, as forças ucranianas fizeram muitas tentativas de contra-ataque, mas em vão. Como resultado de várias batalhas frontais, as tropas russas avançaram nas proximidades de Nikolayevo-Darino e Maryevka, bem como nos cinturões florestais do distrito de Sudzha. De acordo com o analista militar britânico Alexander Mercouris, a invasão do território russo resultou em um cemitério das melhores tropas e veículos blindados ucranianos.

No norte de Toretsk, tropas russas avançaram a altura dominante – o depósito de escória da mina de Toretsk. Além disso, combates ocorreram a oeste da mina Central, na área do estádio Avangard e no Mercado Central. Devido às hostilidades em andamento, a cidade sofreu significativamente.

Na direção de Krasnolimansk, o lado russo assumiu o controle do assentamento de Ivanovka na margem ocidental do Rio Zherebez. As tropas russas, portanto, atacaram na direção ocidental em vez da ofensiva esperada no sul.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Queda de avião azerbaijano no Cazaquistão. Tragédia acidental ou provocação monstruosa?

Strategic Culture Foundation, editorial | Traduzido em português do Brasil

Pode-se esperar que as tentativas dos adversários da Rússia de politizar esta tragédia e usá-la para enfraquecer as relações de confiança entre nações historicamente próximas estejam fadadas ao fracasso.

A investigação do acidente do avião comercial Embraer 190, construído no Brasil, está em andamento e, portanto, é muito cedo para falar sobre detalhes técnicos. O presidente russo Vladimir Putin se desculpou publicamente pelo fato de o trágico incidente ter ocorrido no espaço aéreo russo e expressou suas sinceras condolências às famílias das vítimas.

Na mídia ocidental, os perpetradores da tragédia já foram designados. Quem fez isso? Os russos, é claro!

Uma declaração do Ministério das Relações Exteriores britânico de que “a declaração do presidente Putin não reconhece que as ações imprudentes e irresponsáveis ​​do estado russo representam uma ameaça enorme e imediata aos interesses e à segurança nacional de outros estados” parece particularmente cínica.

E ninguém no Ocidente sequer mencionará que a causa inicial do desastre foi outro ataque terrorista de drones ucranianos na região sul da Rússia, onde, naquele momento, havia um avião civil de passageiros voando de Baku para Grozny.

Descanse em paz, JIMMY CARTER

Marian Kamensky, Áustria | Cartoon Movement

Notícias do Bloqueio e da Criadagem -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Jornalismo é rigor. Grande rigor. Os critérios que suportam os conteúdos da mensagem informativa são marcas do rigor: Actualidade. Verdade dos Factos. Imparcialidade. Se o mediador (Jornalista) entre o acontecimento e o consumidor capturar os fragmentos de informação na perspectiva do homem que mordeu o cão, temos o mundo perfeito nos Media. É assim desde que a notícia virou mercadoria valiosa. 

Antero de Quental, no último quartel do século XIX, queixava-se amargamente das “folhas a dez reis, muito informativas, que estão a matar os jornais”. O Jornalismo Doutrinário dava as últimas. Os jornais enquanto espaços de Liberdade começaram a ter donos e a servir poderes ilegítimos. A publicidade estava para as empresas jornalísticas como o vapor para as máquinas. Os Jornalistas passaram a ser assalariados pagos à linha de chumbo ou tipo a tipo. 

Os primeiros Jornais pediram de empréstimo a Linguagem Literária. A comunicação à distância fez nascer a Linguagem Jornalística. A produção de notícias era tão elevada que os Jornais já não conseguiam publicá-las. Assim nasceu a Rádio que fixou definitivamente a Linguagem Jornalística. 

Até ao final dos anos 60, os Jornalistas tinham salários de sargentos. Para ganharem como oficiais (o Jornalismo era o serviço militar dos poetas) os patrões ofereciam uma percentagem dos ganhos na publicidade redigida. Era assim que vendíamos a nossa consciência.

África em 2025: Luta pela democracia e crescimento

Martina Schwikowski | Deutsche Welle

A democracia ainda estará ameaçada em África em 2025. No próximo ano, prevê-se que a economia cresça ligeiramente, contudo a luta contra a pobreza, a dívida e os conflitos armados continuará no topo da agenda.

Moçambique, que na primeira quinzena de 2025 deverá fazer a transição de poder, continuará nos holofotes da comunidade internacional.

Analistas políticos antevêm que a crise pós-eleitoral continuem no próximo ano, apesar de vários apelos para um diálogo que ponha fim a violência que se vive no país desde 21 de outubro.

Para além de Moçambique, Serwah Prempeh, do Instituto de Investigação de Políticas em África, aponta que a crise das normas democráticas continua preocupante em muitos países africanos. A situação continuará em 2025, alerta a analista, "se não reforçarem as suas instituições para melhorar a integridade e a qualidade das eleições, a transparência e o sistema multipartidário”.

Moçambique: 500 empresas vandalizadas e 12 mil desempregados

A Confederação das Associações Económicas (CTA) estimou hoje à Lusa que mais de 500 empresas foram vandalizadas durante as manifestações pós-eleitorais em Moçambique e pelo menos 12 mil pessoas estão agora sem emprego.

"Estas são empresas que foram vandalizadas e estão localizadas, sobretudo, na província de Maputo, onde está a maior parte do tecido industrial do país", disse hoje à Lusa Onório Manuel, vice-presidente do pelouro da indústria do da Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique.

Segundo o representante, atualmente mais de 12.000 moçambicanos estão sem trabalho por conta do encerramento destas empresas e, caso a situação prevaleça, mais pessoas podem perder os seus empregos. 

"Estamos a falar das maiores indústrias alimentares do país (...) que já estão com equipamentos danificados e estão com as suas infraestruturas totalmente destruídas (...) Vamos ter escassez de produtos e, provavelmente, registar uma subida galopante de preços", explicou Onório Manuel, avançando ainda que o número de empresários que pondera encerrar as suas portas devido à insegurança está a subir.

Conselho Constitucional de Moçambique proclamou em 23 de dezembro Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, bem como a vitória da FRELIMO, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 9 de outubro.

Deutsche Welle | Lusa

ZONA DE TURBULÊNCIA

António Vitorino* | Diário de Notícias, opinião

Nos primeiros meses do próximo ano a União Europeia será submetida a dois testes de stress, um a Leste e outro a Oeste, ambos tendo como epicentro Washington DC. Com efeito, os americanos elegeram democraticamente um Presidente portador de uma agenda de disrupção, tanto na ordem interna quanto na ordem internacional. E disrupção teremos seguramente.

A Leste torna-se evidente que se aproxima a passo estugado o momento de estabelecer o perímetro de um acordo de cessação das hostilidades. Cabe aos Ucranianos definir esse momento no quando e no como. Mas sendo previsível a conjugação de uma acrescida pressão americana com a redução do seu apoio à Ucrânia, cabe à União Europeia a responsabilidade de afirmar o seu apoio inequívoco à posição negocial Ucraniana e suprir as necessidades e carências que decorram da posição da nova Administração americana.

Um teste à unidade e coesão da União Europeia, mas também um desafio na relação transatlântica, importando fazer jogar em favor da Ucrânia a orientação transacional do novo Presidente americano e o seu desmesurado ego: para começo de mandato, Trump não pode caucionar o que possa parecer como uma vitória de Putin!

Acresce que qualquer solução para a fase aguda do conflito é indissociável da definição de uma estratégia de reconstrução da Ucrânia. Novo desafio para a União Europeia, mas também uma oportunidade que seguramente interessará a muitos de ambos os lados do Atlântico...

Portugal-Mundo: Além disso existem os atentos, que não alinham em manipulações. Sim, sim

Bom dia. Este talvez seja o último Curto do Expresso deste ano de 2024 que aqui trazemos ao Página Global. A autora é Mafalda Ganhão, jornalista da chafarica do tio Pinto Balsemão. Desejamos Bom Ano de 2025 (mas como? a todos daquela chafarica e sempre gratos por andarmos a bisbilhotar-vos. Avante Camaradas simpáticos e não néscios. Essa é uma particularidade penosa-gravosa das outras paragens de certos e incertos órgãos de comunicação social. É o que temos. São esses tais órgãos falados que arrasam a língua de Camões atualmente. Há nojentos e nojentas que dizem 'Tamem' em vez de Também, 'Comeque' em vez de Como é que... E a língua de Camões, de Pessoa e de tantos outros portugueses eruditos vai sendo assassinada, destruída, vilipendiada incessantemente quando nos dispomos a ligar a Televisão e ou a Rádio. Esses tais, oportunistas, ditos mui capacitados mas aparentados de calhaus são os criminosos que arrasam a língua portuguesa falada e também escrita. Um nojo que cresce impune e lamentavelmente. Adiante.

A seguir o Curto. Ali trata-se por referência sobre a derrota do Benfica e vitória do Sporting. E mais. Também acerca de Recomeços (isso tem muito que se lhe diga no vocabulário das 'tretas'). Mas sim. Ainda existem bem intencionados que acreditam e exultam o faz-de-conta. E etc. Felicidades? Hem!? Quase todos os natais caem aviões em barda. O mal acontece também na passagem de ano. Todos cheios de alegria e de ilusões... Coitados, morrem ou ficam paraplégicos e afins nas estradas. Mas que alegria. É, não é? Pois. Esta é a triste realidade para muitos portugueses e estrangeiros, milhões pelo mundo. A felicidade vai direitinha para os consumos exagerados e lucros de uns quantos empresários ou até vigaristas do Deus Mercado e da Desvida.

Vamos acabar com esta lenga-lenga realista por aqui. Viva a felicidade fictícia que nos andam há décadas e milénios a impingir. Nas igrejas, nos governos de todo o mundo, em quase todo o lado... 'Dótores'.

Bom dia e um queijo. Chega de vos andar a referir realidades. Mais cegos que os cegos são aqueles que não querem ver, sistematicamente.

Adeus.  Até ao primeiro de Janeiro e seguintes. Tudo igual ou pior iremos testemunhar. Queiramos ou não, devido a alinharem e ficarem amorfos.

O Curto já a seguir. Caprichemo-nos e aperaltemo-nos (como na figura em baixo) para o réveillon da felicidade fictícia que por aí vendem às carradas. Além disso existem os atentos, que não alinham em manipulações. Sim, sim.

António Veríssimo | Redação PG

domingo, 29 de dezembro de 2024

O Ano Novo (1º de janeiro) marca o primeiro dia do calendário gregoriano

O dia de Ano Novo (1º de janeiro) marca o primeiro dia do calendário gregoriano.


O Ano Novo nem sempre começa em 1º de janeiro: um calendário de comemorações da virada de ano pelo mundo

Tamsin Wressell | National Geographic (Brasil) | Publicado em português do Brasil em 26 de dez. de 2024

Enquanto muitas pessoas se preparam para comemorar o Réveillon em 1º de janeiro, descubra como outras culturas e países marcam o começo de seu novo calendário. 

comemoração do Ano Novo é uma tradição milenar em todo o mundo – comida, fogos de artifício e reuniões com amigos e familiares são pontos em comum, mas, em última análise, isso varia de acordo com os diferentes calendários, religiões e culturas. 

Embora o calendário gregoriano (introduzido pelo cristianismo) tenha  ocupado o centro do palco no mundo ocidental, também os calendários lunar e solar também são reconhecidos em algumas celebrações, marcando um momento para fazer um balanço do ano que passou e saudar aquele que se inicia com gratidão e boa vontade. 

Aqui, National Geographic reuniu algumas das maneiras pelas quais o Ano Novo é celebrado em diversas culturas do planeta.

(Você pode se interessar por: Quais são as religiões mais antigas do mundo?)

Ano Novo Gregoriano - 1º de janeiro de 2025

O dia de Ano Novo marca o primeiro dia do calendário gregoriano, algo com o qual quem vive no Ocidente está bastante familiarizado. 

Anteriormente, porém, o dia 25 de março (nomeado em homenagem ao deus romano da guerra, Marte) era a data do Ano Novo durante a época romana, antes de ser mudado para janeiro – em homenagem a Janus, o deus romano de todos os começos. 

O Ano Novo tem origem no cristianismo e foi amplamente difundido em todo o mundo, com muitos lugares adotando o calendário gregoriano. Embora seja costume fazer resoluções para novos começos, nos últimos anos a véspera de Ano Novo assumiu um papel mais central, com fogos de artifício e festas de amigos e familiares para ver o Ano Novo. 

A Times Square, em Nova York, é um exemplo desse tipo de celebração extremamente popular para as pessoas viajarem para a ocasião, reunindo geralmente mais de um milhão de pessoas para a contagem regressiva de Ano Novo em Manhattan.

Ano Novo Lunar - 29 de janeiro de 2025

O dia exato do Ano Novo Lunar muda a cada ano – os meses do ano são marcados por ciclos lunares, portanto, o Ano Novo é comemorado na data da primeira lua nova do calendário lunar. 

Essa comemoração é mais associada ao Ano Novo Chinês no Ocidente, mas é amplamente celebrada no Leste Asiático, com países e culturas tendo seus próprios conjuntos de tradições. 

Um ritual comum é usar essa época para se reunir com amigos e familiares, e muitas pessoas viajam para isso nesse período. Fogos de artifício são acesos para afastar espíritos malignos, as casas são arrumadas para marcar o início da primavera e o futuro de um Ano Novo, e uma bandeja de doces (chamada de Bandeja da União) é colocada à disposição dos visitantes da casa, com todos os guloseimas cuidadosamente escolhidas para simbolizar saúde, fortuna e felicidade. Em muitas Chinatowns do mundo, as ruas são fechadas para desfiles e festividades durante esse feriado.

BALANÇO GERAL DA PAZ – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O ano está no fim e vale a pena olhar para 23 de Fevereiro de 2002, data em que o dia nasceu com os sicários da UNITA vergados ao peso de uma tareia policial e militar. A construção de um país é permanente ao longo da sua existência e envolve todas as gerações. Hoje estamos a construir a Angola dos nossos filhos ao mesmo tempo que mantemos vivo o presente, para que a felicidade entre em casa de cada angolano, seja rico ou pobre. O que conseguirmos realizar hoje  garante às futuras gerações um país mais justo e solidário. Amanhã os nossos filhos fazem o mesmo e de geração em geração vamos melhorando as nossas vidas.

O país que hoje temos foi construído por milhões de angolanos. Nesta corrente patriótica existe um elo muito importante: A geração dos que nos anos 50 ousaram sonhar uma Angola livre e independente. São aqueles que enfrentaram mil perigos, os campos de concentração e as masmorras, a mais selvática repressão. Os que fizeram frente ao colonialismo, sempre apoiado pelas grandes potências ocidentais e particularmente pela OTAN (ou NATO), já que Portugal era e é um Estado membro daquele bloco militar agressivo. 

Angola teve sempre na juventude a sua grande riqueza. Por isso o Povo Angolano hoje é livre e independente. Milhares de jovens ousaram fazer a guerra de guerrilhas para escorraçar os ocupantes e conquistar a liberdade. Sucessivas gerações foram obrigadas a consentir imensos sacrifícios para que Angola acedesse à Independência Nacional. Mas foi preciso ir ainda mais além e defender a soberania nacional. Até que em 4 de Abril de 2002 chegou a paz. Tinha caído o pano sobre décadas de dor e luto.

A paz é tão suave, tão doce, que poucos se dão conta que já tem 22 anos. O maior troféu daqueles que tudo sacrificaram para hoje vivermos em paz, é termos jovens adultos que não sabe o que significa a guerra. Milhões de adolescentes e jovens angolanos nunca viram os deslocados que se refugiavam em Luanda e noutras cidades onde a guerra tinha ficado à porta. Milhões de angolanas e angolanos nunca ouviram troar os canhões ou sofreram bombardeamentos.

DESEJOS ANTIGOS PARA 2025 -- Carvalho da Silva

Carvalho da Silva * | Jornal de Notícias, opinião

Desde há muito tempo que a paz e a democracia não estão tão ameaçadas e tão interdependentes como nesta entrada do ano 2025. Os grandes fatores que originam as guerras são, no fundamental, os mesmos que corroem a democracia.

O poder económico e financeiro tornou-se avassalador e subjuga a política numa dimensão nunca vista. A organização, a direção e a administração das comunidades, das nações e dos estados - o primado da política - são orientadas por uma espécie de confraria do cifrão. Já não se trata de aquele poder influenciar o poder político: agora, ocupa diretamente as cadeiras deste. Esta realidade é evidente em diversos países, e é paradigmático o que está a acontecer nos Estados Unidos da América. Veja-se a formação do novo Governo, o papel atribuído a Elon Musk e seus pares, ou a escolha de embaixadores, por exemplo, as “credenciais” do indigitado para Lisboa.

Como aqui expus na última crónica, são profundas as tensões resultantes das mudanças geopolíticas e geoestratégicas em curso à escala global. Há grandes interesses que se conflituam e demasiadas loucuras belicistas. Povos e nações que querem ter papéis mais relevantes e surgem com regimes políticos diferentes e, por certo, alguns pouco recomendáveis. No “Ocidente” alastra o desrespeito pelas instituições e escondem-se dos povos delicados desafios que temos pela frente. Ora, a falta de verdade não ajuda a democracia, nem contribui para a paz.

Muitos dirigentes políticos têm responsabilidade no esvaziamento da democracia. Seguem fundamentalismos financeiros e orçamentais que obstruem a construção de resposta aos problemas reais das pessoas e cavam desigualdades. Daí nasce marginalização, pobreza, miséria, descrença na democracia e aumento de conflitos.

Portugal | VIDA NOVA


Henrique Monteiro | HenriCartoon

Portugal | HOJE HÁ DERBI DOS VIZINHOS EM ALVALADE. SPORTING vs BENFICA - Antevisão

Com um novo treinador, o Sporting recebe este domingo, a partir das 20h30, o Benfica, que aproveitou a queda do rival após a saída de Ruben Amorim para o ultrapassar no topo da tabela.

O dérbi eterno da capital marcado para esta noite, a partir das 20h30, no Estádio José Alvalade, a contar para a Jornada 16 da I Liga 24/25, em cima do fecho do ano, será um jogo de muita incógnitas, sobretudo para o lado do Sporting, que estreará um novo treinador. Do outro lado vai estar um Benfica em alta, mas que face às incógnitas do outro lado, também não saberá com o que contar.

Será um jogo muito diferente daquele que se esperaria há cerca de dois meses, quando Ruben Amorim ainda orientava o Sporting e os verdes e brancos seguiam de vento em popa, 100 por cento vitoriosos no topo da tabela.

Mas muito mudou desde então e os leões, com um curto reinado sob as ordens de João Pereira totalmente para esquecer, vão entrar em campo atrás do eterno rival. E agora é o rival quem navega por águas bem mais tranquilas, depois de também ele ter trocado de treinador no início da temporada para, desde então, sob o leme de Bruno Lage, somar 10 vitórias e 1 empate nos últimos 11 jogos na I Liga.

A Humanidade Deve Despertar Do Sonho Da Separação

Caitlin Johnstone* | Caitlin Johnstone.com.au |  # Traduzido em português do Brasil

Sofremos porque erroneamente acreditamos que somos separados. É por isso que os humanos sofrem como indivíduos, e é por isso que a humanidade cria tanto sofrimento como um coletivo.

Como indivíduos, sofremos porque criamos uma autoconstrução psicológica em tenra idade, composta de memórias e histórias mentais, e imbuímos esse eu psicológico com o poder da crença ao nos identificarmos com ele. Não há nada nos dados brutos de nossa experiência sensorial imediata que nos diga que somos um personagem "eu" separado, separado do resto do mundo, que deve proteger seus próprios interesses contra os dos outros, mas porque nos identificamos com a autoconstrução psicológica, acreditamos em suas histórias nos dizendo que esse é o caso.

A experiência acreditada de ser um pequeno personagem “eu” movendo-se através do tempo linear em um mundo em constante mudança é de medo constante, insegurança, falta, deficiência e descontentamento. É um dilema completamente falso porque nunca realmente experimentamos a separação, exceto em nossas próprias imaginações, mas parece real porque acreditamos em nossas histórias mentais sobre isso.

Nós geramos sofrimento da mesma forma que um coletivo. Nós nos imaginamos separados de outros humanos, então competimos contra eles, e podemos até ser convencidos a lutar guerras contra outros grupos deles. Nós nos imaginamos separados da natureza, então trabalhamos para dominá-la e escravizá-la, mesmo quando isso destrói a biosfera da qual nós mesmos dependemos para sobreviver.

Cinco razões para a Polónia não participar em missão de manutenção da paz ucraniana

Andrew Korybko * | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil

Nenhum dos interesses nacionais objetivos da Polônia, nem nenhum dos interesses partidários nacionais de seus dois principais partidos, seriam favorecidos pela intervenção na Ucrânia, sob quaisquer circunstâncias.

O relatório do Wall Street Journal sobre os planos de Trump de fazer com que os europeus patrulhem uma zona desmilitarizada ao longo da Linha de Contato na Ucrânia após o cessar-fogo que ele espera intermediar lá com a Rússia levantou questões sobre se a Polônia participaria diretamente de tal missão. Embora seus oficiais tenham sinalizado que não estão interessados , e um deles até disse que isso só poderia acontecer sob um mandato da OTAN , ainda não pode ser descartado. Aqui estão cinco razões pelas quais a Polônia deve ficar de fora:

1. A opinião pública é decisivamente contra qualquer intervenção

pesquisa do Conselho Europeu de Relações Exteriores do início de julho mostrou que apenas 14% dos poloneses apoiam suas tropas nacionais lutando na Ucrânia, enquanto uma pesquisa de um centro de pesquisa financiado publicamente do início de outubro mostrou que os poloneses estão ficando fartos dos refugiados ucranianos e da guerra por procuração. A abordagem desrespeitosa da Ucrânia em relação à disputa do Genocídio de Volhynia também não ajudou sua causa. Qualquer partido polonês que faça lobby em apoio a essa política estaria, portanto, indo contra a opinião pública predominante.

2. Ficar de fora é uma boa política de campanha presidencial

Com base no exposto acima, os candidatos presidenciais dos dois principais partidos do país têm todos os motivos para prometer manter a Polônia fora da briga antes da eleição do ano que vem, e o partido que for percebido (seja com precisão ou não) como a favor da intervenção pode naturalmente ser punido nas urnas. O primeiro-ministro do partido liberal-globalista no poder e o presidente conservador-nacionalista de saída devem, portanto, estar na mesma página sobre isso por razões eleitorais domésticas de interesse próprio.

3. Extremistas ucranianos podem explorar uma intervenção

A introdução de tropas polonesas convencionais em solo ucraniano poderia ser facilmente explorada por extremistas ucranianos para justificar atos de terrorismo contra as forças intervenientes, enquanto alegações históricas marginais poderiam receber falsa legitimidade neste contexto ultranacionalista para justificar o terrorismo por refugiados dentro da Polônia também. Longe de ser um exercício glorioso de hasteamento de bandeiras que também serve para mostrar fidelidade aos EUA, uma intervenção polonesa poderia levar a uma custosa guerra não convencional que, no fim das contas, termina em desastre.

4. A Polônia pode ficar com a responsabilidade de fazer o trabalho pesado para os outros

A Polônia já atingiu o limite de seu apoio militar gratuito à Ucrânia, oferecendo apenas produzir mais equipamentos a crédito , e gastou incríveis 4,91% de seu PIB naquele país (a maior parte foi para apoiar seus refugiados) apenas para ser excluída da Cúpula de Berlim em meados de outubro que discutiu o fim do jogo ucraniano. Portanto, existe o precedente para que a Polônia seja novamente deixada para fazer o trabalho pesado para os outros se participar diretamente de uma missão de manutenção da paz, enquanto eles podem colher os benefícios.

5. O risco de uma Terceira Guerra Mundial permaneceria sempre presente

Uma história suspeita de sabotagem de cabos no Mar Báltico

O suposto vandalismo dos cabos submarinos é um retorno à cena do crime do Nord Stream

Strategic Culture Foundation | editorial | # Traduzido em português do Brasil

Esta semana viu mais um incidente de suposta sabotagem de cabo submarino no Mar Báltico. Uma linha de energia que corre ao longo do leito marinho da Finlândia para a Estônia foi supostamente interrompida. A mídia ocidental apontou um petroleiro transportando petróleo bruto russo como sendo o responsável, com a implicação de que o dano foi causado deliberadamente.

Nas últimas semanas, houve outros incidentes de suposta sabotagem de cabos de telecomunicações sob o Mar Báltico. Em 17 de novembro, um link de dados entre a Finlândia e a Lituânia foi danificado. No dia seguinte, em 18 de novembro, outra linha de internet no fundo do mar da Finlândia para a Alemanha teria sido cortada. Ambos os cabos teriam sido destruídos por força externa.

O ministro da defesa da Alemanha, Boris Pistorius, e outros políticos russofóbicos insinuaram que a suposta sabotagem é uma forma de "guerra híbrida" travada pela Rússia e possivelmente com a ajuda da China no caso dos incidentes de novembro.

sábado, 28 de dezembro de 2024

QUEIXAM-SE DE QUÊ? -- José Goulão

José Goulão | AbrilAbril | opinião

Os governos estão inocentes, «deixem-nos governar», já dizia o outro; a culpa toda é de factores externos e alheios e, acima de tudo, do povo – que ainda não se dispôs totalmente a ser domesticado.

A clique novembrista que sequestrou o 25 de Abril, assaltou os órgãos de poder e nos governa segundo uma forma de democracia pervertida e aleijada acordou revoltada, indignada, furibunda: os russos bombardearam a embaixada de Portugal em Kiev! É preciso vingar-nos, devolver-lhes em dobro o poder de fogo dos nossos mísseis, organizar uma missão patriótica como tão bem sabe o almirante candidato a salvador da pátria, desta feita colocando-se intrepidamente na vanguarda da poderosa frota de submarinos do Portas, quem sabe os deuses possam ser benévolos e consiga chegar à Ponta de Sagres – mas fica a intenção, Zelensky jamais a esquecerá. Enfim, há que fazer com que o maléfico Putin, o diabo em forma de gente, meta a viola no saco e engula as suas prosápias.

É fundamental recuperar os clarins de Aljubarrota, restaurar o quadrado invencível, ressuscitar a D.ª Brites, a padeira, para malhar à pazada agora nos russos em vez dos vizinhos espanhóis, que já são nossos aliados.

Bombardear embaixadas não se faz, é um crime «bárbaro», muito menos a portuguesa, representante da diplomacia de um povo seráfico e pacífico, amante da paz embora seja aconselhável não pronunciar esta última parte em voz alta porque ofende a opinião única, provoca os vigilantes cavaleiros da verdade terçando mentiras nos omniscientes meios de comunicação social do regime.

Portugal | DIAS FELIZES


Henrique Monteiro | HenriCartoon

Invenções à Roda do Amor -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Reinaldo Tomé Augusto da Silva, o senhor Guto, da ilustríssima família dos Silvas, autóctones de Portugal, chegou a Angola com uma mão atrás e a outra coçando as matacanhas dos pés calçados com alpergatas. Rapidamente se tornou um tiranete ao serviço dos tiranos maiores. De analfabeto indiferenciado passou a dono de botequim. Uma ascensão vertiginosa que tocava a quase todos os que atravessavam a linha do Equador, saídos da Santa Terrinha de Nossa Senhora de Fátima. 

A invenção do amor não poucas vezes dá tragédias sem nome. O senhor Guto, homem cinquentão, deixou na terra uma jovem esposa que alguns meses depois da ausência fugiu com um caixeiro-viajante. Nunca mais houve notícias da madama nem da sua sombra. Vergado ao peso do abandono, o botequineiro foi falar com a Mamã Cagalhoça para lhe arranjar uma companheira cujo alembamento não fosse muito caro. E a viagem de comboio, também não. Veio uma menina do Dondo que rapidamente mostrou as suas habilidades como cozinheira e lavadeira.

O senhor Guto tinha um falar engraçado porque comia algumas sílabas. Em vez de rapariga dizia ‘pariga. Ao acordar dizia à esposa: ‘Pariga, queres ser servida ou posso ir urinar? E a menina respondia educadamente: ‘Brigada, podes ir. Ou então podes vir. Dizia sempre para ir. No bairro, vizinho do botequim, havia um rapagão que vendia ao fim da tarde, na Mutamba, o Diário de Luanda e o ABC. Ábêcéééé! Tem Lara Filho! Tem Lara Filho! Diááárióóó! Diááárióóó! 

À noite o ardina estoirava o dinheiro das gorjetas bebendo e pagando meias cucas às meninas da vida desprevenida. A maka é que a esposa do senhor Guto inventou com ele uma estória de amor. A menina ficou concebida e na horinha certa foi parir na Casa de Saúde Dr. Jaime Novais, porque era empregada do comércio e sindicalizada. 

Golpistas de São Paulo e Machava -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Estado Islâmico  no seu formato original era composto e apoiado por várias organizações como a Al Qaeda , o Conselho Shura Mujahideen, Estado Islâmico do Iraque,  Jeish al-Taiifa al-Mansoura, Jaysh al-Fatiheen, Jund al-Sahaba e Katbiyan Ansar al-Tawhid wal Sunnah. O grupo é considerado uma organização terrorista pela ONU, União Europeia, EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá, Brasil, Indonésia e Arábia Saudita. Ao tomar o poder na Síria passou a “esperança e futuro” dos sírios.

Tiago Contreiras, correspondente da RTP em Maputo, diz que os “insurgentes em Cabo Delgado estão associados ao grupo extremista Estado Islâmico”. Coitadinhos. Decapitam camponeses indefesos, matam mulheres e crianças, roubam, destroem mas são apenas extremistas tipo Abílio Kamalata Numa, Paulo Lukamba Gato ou Adalberto da Costa Júnior. Mas estes, que se saiba, nunca decapitaram ninguém, só queimam vivas as suas vítimas. Ou só acarretam lenha para as fogueiras da Jamba.

Os Media portugueses, sobretudo a RTP, canal oficial do pastor evangélico Venâncio Mondlane, dizem que mais de 1500 reclusos “fugiram do estabelecimento prisional da Machava”. Mentira hedionda. O General Bernardino Rafael, comandante da Polícia Moçambicana, denunciou ante a imprensa nacional e internacional, que os reclusos foram libertados pelos “manifestantes”. E disse mais: “muitos eram violadores, autores de raptos e terroristas detidos em Cabo Delgado, julgados e condenados. Libertaram e armaram os terroristas.”

MAGIA DE FÉRIAS

Dennis Goris, EUA | Cartoon Movement

Presidente Biden emite mais de 1500 perdões

'Campos de concentração': Czar da fronteira diz que Trump deterá famílias de migrantes

"Pessoas decentes em todo o mundo odiarão este país... e deveriam", disse um crítico.

Jessica Corbett* | Common Dreams | # Traduzido em português do Brasil

Aumentando o alarme sobre os planos de imigração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, seu " czar da fronteira " disse ao The Washington Post em uma entrevista publicada na quinta-feira que o governo planeja voltar a deter famílias de migrantes com crianças.

Tom Homan, que atuou como diretor interino do US Immigration and Customs Enforcement durante o primeiro mandato de Trump, disse que o ICE "buscará manter pais com filhos em estruturas de tendas 'de laterais macias' semelhantes às usadas por oficiais de fronteira dos EUA para lidar com surtos de imigração", resumiu o Post . "O governo não hesitará em deportar pais que estejam no país ilegalmente, mesmo que tenham filhos pequenos nascidos nos EUA, ele acrescentou, deixando para essas famílias decidirem se saem juntas ou se separam."

Desde que Trump derrotou a vice-presidente democrata Kamala Harris no mês passado, os defensores dos direitos dos migrantes reiteraram preocupações sobre as políticas do primeiro mandato do republicano — como a separação forçada de famílias — e suas promessas de campanha para 2024, desde deportações em massa até a tentativa de acabar com a cidadania por direito de nascimento , apesar das garantias da 14ª Emenda da Constituição dos EUA.

Homan — que supervisionou a chamada política de "tolerância zero" que separou milhares de crianças migrantes de seus pais — disse: "Aqui está a questão... Você sabia que estava no país ilegalmente e escolheu ter um filho. Então você colocou sua família nessa posição."

EUA | Com Nuland na NED, prepare-se para mais Color Revolution Bonanza

Drago Bosnic* | Global Research | # Traduzido em português do Brasil

Em 13 de setembro, o National Endowment for Democracy (NED) sediado em Washington DC anunciou que a infame Victoria Nuland está se juntando ao seu Conselho de Administração , "com efeito imediato". Ela já estava no conselho no período de 2018-2021, mas como sua carreira no Departamento de Estado veio primeiro, parece que ela não estava tão ativa quanto normalmente se espera de autoridades de alto escalão. No entanto, como é tipicamente o caso com a vasta maioria dos monstruosos criminosos de guerra neocon, Nuland era a candidata perfeita para o trabalho. O presidente do NED, Kenneth Wollack, não escondeu o quão emocionado estava por eles estarem recebendo algum "apoio", elogiando a "carreira distinta de Nuland em várias administrações" e acrescentando que "ela traz a experiência e a expertise que contribuirão mensuravelmente para a missão e o trabalho do NED".

Obviamente, a oligarquia belicista em Washington DC adora alguém como Victoria Nuland. Sua "carreira distinta" de fato abrange décadas, tanto sob as administrações Biden quanto Obama. Durante seu mandato, as relações entre a Rússia e os Estados Unidos atingiram um ponto mais baixo do que nunca, incluindo o pico da (Primeira) Guerra Fria. Os "momentos de carreira" mais fatídicos de Nuland ocorreram quando ela foi Secretária de Estado Assistente para Assuntos Europeus e Eurasiáticos de 2013 a 2017, particularmente no final de 2013/início de 2014. Na verdade, seu estilo agressivo de "diplomacia" empurrou a Ucrânia para um banho de sangue de uma década, já que ela foi uma das arquitetas do infame golpe de Maidan. Essa desastrosa revolução colorida lançou a carreira de Nuland em órbita, para o prazer absoluto de todos os belicistas em Washington DC.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Espião dos EUA coletou dados biográficos de civis russos para o Pentágono: Que sabemos?

O cidadão americano Eugene Spector, condenado por espionagem na Rússia, coletou dados para o Pentágono criar um sistema de alta velocidade para triagem genética de russos, de acordo com o Serviço Federal de Segurança (FSB).

Ekaterina Blinova | Sputnik Globe | # Traduzido em português do Brasil

Spector coletou e transmitiu informações biotécnicas , incluindo segredos de estado, ao Pentágono e seu contratante.

Ele fez isso enquanto atuava como presidente do conselho de administração do Medpolymerprom Group, uma empresa especializada em medicamentos contra o câncer.

Spector admitiu sua culpa em voar para os EUA, informou o jornal russo Kommersant. Ele foi condenado a 15 anos de prisão.

CRIMINOSOS DE GUERRA BONS E MAUS

Tony Blair enviou forças especiais para caçar suspeitos de crimes de guerra bósnios na década de 1990, que foram acusados ​​de abusos menores que Netanyahu e Gallant, escreve Mark Curtis.

Mark Curtis | Declassified UK, em Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

Muito pouco se sabe sobre a Operação Tango, uma missão secreta do Serviço Aéreo Especial (SAS) para capturar suspeitos de crimes de guerra na Bósnia em 1997.

Foi uma das várias missões clandestinas de forças especiais ordenadas pelo governo do primeiro-ministro Tony Blair em apoio ao Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia. 

Este foi criado em 1993 para julgar suspeitos de crimes hediondos cometidos durante os conflitos nos Bálcãs.

Um homem que se acredita ter sido capturado pelo SAS foi Vlatko Kupreskic, um soldado croata da Bósnia que foi acusado de envolvimento em assassinato.  

Depois que o SAS capturou Kupreskic, ele foi removido para Haia e inicialmente sentenciado a seis anos de prisão. Mas em uma apelação no ano seguinte, Kupreskic foi considerado inocente e liberado.

Israel está matando civis em Gaza de propósito, e isso nem é discutível

Só para deixar claro, é um fato totalmente estabelecido que as IDF estão matando civis em Gaza direta e deliberadamente.

Caitlin Johnstone* | Caitlin Johnstone.com.au |  # Traduzido em português do Brasil

Ouça uma leitura deste artigo (leitura de Tim Foley) - Vídeo

Só para deixar claro, é um fato totalmente estabelecido que a IDF está matando civis direta e deliberadamente em Gaza. Houve um tempo nos primeiros dias do genocídio em que isso poderia ser contestado, mas isso não é mais verdade. Os fatos estão aí e o caso está encerrado. Está acontecendo.

Soldados israelenses estão dizendo à imprensa que eles têm matado civis conscientemente e depois os categorizado falsamente como terroristas. Inúmeros médicos testemunharam rotineiramente encontrar crianças mortas e feridas que foram baleadas na cabeça por atiradores israelenses. Relatos da mídia israelense revelaram que a IDF está intencionalmente mirando infraestrutura civil e usando sistemas de IA para mirar especificamente em supostos membros do Hamas quando eles estão em casa com suas famílias em vez de no campo de batalha.

O debate acabou. O argumento dos “escudos humanos” foi completamente, completamente desmascarado. Se você ainda nega que isso está acontecendo, é porque sua visão de mundo é tão falsa que requer que você negue fatos e realidade.

Oficial do Departamento de Estado renunciou devido aos EUA ignorarem os crimes israelitas

Conheça o Oficial do Departamento de Estado Michael Casey, que renunciou por Gaza depois que os EUA ignoraram os abusos israelenses 

Democracy Now! | Amy Goodman | Entrevista com Michael Casey ex-funcionário do Departamento de Estado que trabalhou em assuntos palestinos antes de renunciar devido à política dos EUA em Gaza.

Assistir Show Completo - vídeo

Após uma carreira de 15 anos no Serviço Exterior, Michael Casey renunciou ao Departamento de Estado em julho por causa da política dos EUA em Gaza e agora está falando publicamente pela primeira vez. Ele foi conselheiro político adjunto no Escritório dos Estados Unidos para Assuntos Palestinos em Jerusalém por quatro anos antes de sair. Casey diz que renunciou após "não receber nenhuma ação de Washington" por suas recomendações sobre ações humanitárias para os palestinos e em direção a uma solução viável de dois estados. "Não acreditamos em fontes palestinas de informação", diz Casey sobre os formuladores de políticas dos EUA. "Aceitaremos a narrativa israelense acima de todas as outras, mesmo que saibamos que não está correta." Ele também discute o que esperar de Gaza sob a administração Trump.


Transcrição

Esta é uma transcrição rápida. A cópia pode não estar em sua forma final.

NERMEEN SHAIKH : Começamos o programa de hoje em Gaza, onde médicos dizem que um ataque israelense matou cinco jornalistas que trabalhavam para a Al-Quds TV no campo de Nuseirat, no centro de Gaza. Eles estavam supostamente dormindo em uma van claramente marcada com a palavra “imprensa”.

Enquanto isso, três bebês palestinos morreram de hipotermia no campo de refugiados de al-Mawasi, no sul de Gaza, enquanto as temperaturas despencam e o bloqueio mortal de Israel sobre alimentos, água e suprimentos essenciais de inverno continua. O pai da vítima Sila, de 3 semanas, Mahmoud al-Faseeh, disse à Al Jazeera que sua família estava dormindo na areia fria em uma tenda exposta a ventos cortantes. Al-Mawasi é designada uma zona segura, mas Israel a atacou repetidamente nos últimos 14 meses, enquanto suas forças continuam a bombardear Gaza.

Isso aconteceu enquanto forças israelenses na Cisjordânia ocupada invadiram Nablus para escoltar um grupo de colonos até o Túmulo de José, que tem sido um ponto de conflito entre palestinos e colonos israelenses.

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