terça-feira, 21 de maio de 2024

Direção da faculdade de ciências do Porto agiu como protofascista e pró-genocídio em Gaza

PORTUGAL - Chamada PSP para a faculdade à moda do salazarismo fascista para reprimir estudantes

Estudantes que ocuparam edifício na Universidade do Porto desmobilizaram, mas prometem voltar. A intervenção da Polícia de Segurança Pública começou às 07h00 desta segunda-feira

Os estudantes que ocupavam desde quinta-feira instalações do departamento de Ciências e Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto desmobilizaram esta terça-feira de forma pacífica após intervenção da PSP, segundo fonte da reitoria daquela instituição.

A intervenção da Polícia de Segurança Pública (PSP), a pedido da universidade, que tinha exigido aos estudantes que saíssem até às 20h00 de segunda-feira", começou às 07h00 desta segunda-feira, disse a mesma fonte à agência Lusa.

"Os cerca de 30 estudantes desmobilizaram e o acampamento no exterior foi levantado. Agora o edifício que tinha sido ocupado vai ser alvo de uma inspeção e limpeza. Pelo menos durante a manhã não haverá condições para a retoma de aulas neste edifício. Os restantes estão a funcionar normalmente", indicou a mesma fonte da reitoria da Universidade do Porto.

Fonte do comando metropolitano da PSP disse à TSF que não houve qualquer intervenção policial. Os agentes foram chamados ao local apenas para policiamento proativo e reuniram com a diretora da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Tomás Nery, um dos estudantes, garantiu à TSF que o protesto vai ser retomado na quarta-feira e revelou também que a diretora da Faculdade de Ciências do Porto falou na segunda-feira com os estudantes por causa deste protesto, mas numa atitude pouco dialogante.

"É um silêncio atroz. Ontem reunimos com a diretora da Faculdade de Ciências, estive nessa reunião e só faltou que nos desse um pontapé e nos expulsasse do gabinete. A forma como nos falou, a intransigência que demonstrou para negociar qualquer posição é de uma falta de espírito democrático, falta de respeito para com os estudantes e vê-se que há um perfil anti-democrático na Faculdade da Universidade do Porto e que, à reivindicação democrática só sabe responder à força do bastão", contou Tomás Nery.

A intervenção da Polícia de Segurança Pública (PSP), a pedido da universidade, que tinha exigido aos estudantes que saíssem até às 20h00 de segunda-feira", começou às 07h00 desta segunda-feira, disse a mesma fonte à agência Lusa.

Fonte do comando metropolitano da PSP disse à TSF que não houve qualquer intervenção policial. Os agentes foram chamados ao local apenas para policiamento proativo e reuniram com a diretora da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

Tomás Nery, um dos estudantes, garantiu à TSF que o protesto vai ser retomado na quarta-feira e revelou também que a diretora da Faculdade de Ciências do Porto falou na segunda-feira com os estudantes por causa deste protesto, mas numa atitude pouco dialogante.

A direção da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) informou na segunda-feira à noite que não haveria aulas esta manhã no edifício ocupado por estudantes em protesto contra a manutenção das relações entre a academia e Israel.

A ocupação do espaço aconteceu após a chegada de cinco agentes da PSP ao edifício, chamados pela diretora da faculdade depois de a última reunião com os estudantes ter falhado uma tentativa de acordo, da parte de estudantes, para uma cisão da academia com o Estado de Israel, e, da parte da faculdade, para que abandonassem os jardins onde protestam desde quinta-feira.

O coletivo diz ainda que durante a madrugada "foi acionado um fortíssimo contingente policial"

Os estudantes que ocupavam desde quinta-feira instalações do departamento de Ciências e Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto desmobilizaram esta terça-feira de forma pacífica após intervenção da PSP, segundo fonte da reitoria daquela instituição.

ÀS 00h00 de hoje, cerca de uma centena de pessoas estavam concentradas no jardim da FCUP, em protesto contra a manutenção das relações entre a academia e o Estado de Israel.

O protesto teve o primeiro momento em 08 de maio, quando cerca de meia centena de estudantes exigiram diante da reitoria da UP o corte de relações entre a academia e o Estado de Israel.

Na quarta-feira os estudantes concentraram-se na Faculdade de Belas Artes e decidiram prosseguir com o protesto na Faculdade de Ciências, onde colocaram tendas de campismo para se abrigarem durante a noite, rodeadas de bandeiras da Palestina, velas e faixas com frases como: "Solidariedade proletária por uma Palestina Livre", "Israel não é uma democracia, Israel é um país terrorista" e "A revolução começa aqui".

A ação faz parte da luta internacional de protesto estudantil que se iniciou em universidades norte-americanas e já se estendeu a instituições de ensino superior em várias cidades europeias, do Canadá, México e até Austrália, a exigir o fim da ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou acima de 35 mil mortes, na maioria civis mulheres e crianças, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas, e deixou o enclave numa situação de grave crise humanitária.

TSF | Lusa - PG

Imagem: O coletivo diz ainda que durante a madrugada "foi acionado um fortíssimo contingente policial" - Amin Chaar / Global Imagens

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