quarta-feira, 2 de outubro de 2024

A sangue-frio | O que querem os sapadores? | Borlas de 260 milhões | FMI questiona IRS Jovem


Pedro Candeias, editor-executivo | Expresso (diário)

Cara leitora, caro leitor

Nesta quarta-feira, 2 de outubro de 2024, temos os protestos dos bombeiros sapadores, três mortes por explicar, os avisos do FMI ao Governo, uma borla milionária e reminiscências de uma guerra analógica. Tenha um ótimo fim de tarde, apesar da chuva. Regressamos amanhã.

1. Os degraus

Faz parte destes movimentos inorgânicos: os bombeiros sapadores surgiram como uma imensa mancha fardada a negro, pontuada por tochas e agulhas de fumo, cruzando uma artéria de Lisboa até chegar à escadaria da Assembleia da República. Aqueles homens e mulheres passaram as barreiras, subiram os degraus e protestaram. A imagem, goste-se ou não, é fortíssima e resulta. O Amadeu Araújo tenta explicar tudo neste artigo: quem é que organizou este protesto e o que pretende? Quanto ganha um bombeiro sapador? Como é que as várias corporações se organizam? E vão voltar à rua depois da promessa da ministra da Administração Interna?

2. A sangue-frio

Três pessoas morreram depois de baleadas dentro de um barbeiro na zona da Penha de França, em Lisboa. Os suspeitos puseram-se em fuga e estão a monte, as explicações para um caso desta complexidade ainda estão por apurar, escreve o Rui Gustavo.

3. Os avisos do FMI

O último relatório do Fundo Monetário Internacional levanta alguns pequenos alertas relativamente à economia portuguesa. Em primeiro lugar, faz uma previsão de crescimento em baixa; depois, recupera o envelhecimento da população, o fraco investimento e produtividade modesta. E também lança uma anátema sobre a proposta do IRS jovem do Governo da AD: “Levanta problemas de equidade”, reporta o Gonçalo Almeida.

4. Ore, borlas

Um documento do Tribunal de Contas relata que houve 50 residentes não habituais em Portugal que tiveram uma ‘borla’ de mais de 260 milhões de euros em IRS em 2023. O TdC acusa o Fisco português de tratamento desigual entre contribuintes, descreve o Pedro Carreira Garcia.

5. Uma guerra analógica

Nestas duas guerras que tornaram o mundo um lugar mais perigoso, temos assistido a episódios que nos fazem recuar anos: descobrimos que o Hezbollah usa walkie-talkies e pagers, e que os russos comunicam também por Código Morse. No tempo da ultradigitalização e da sofisticação tecnológica, estes engenhos e estratégias do passado oferecem pistas para outro tipo de análises. O Hélder Gomes especifica-as.

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