"América Primeiro" significa acabar com a liberdade de expressão nos EUA para ajudar Israel

Caitlin Johnstone* | Caitlin Johnstone.com.au |  # Traduzido em português do Brasil

Há um vídeo de Donald Trump circulando onde ele diz — enquanto está em pé na frente de uma bandeira israelense — que em sua primeira semana no cargo ele vai acabar com a “propaganda antissemita” nos campi universitários por todos os Estados Unidos. Como qualquer um que esteja prestando atenção sabe, isso significa, é claro, acabar com discursos que critiquem Israel e suas atrocidades genocidas.

Este clipe gerou controvérsia nas redes sociais, mas o engraçado é que é, na verdade, um clipe mais antigo ressuscitado de um evento da campanha de Trump em setembro. Trump foi eleito enquanto fazia campanha abertamente contra a liberdade de expressão, mesmo que seus apoiadores o promovessem como um defensor da liberdade de expressão. Ele fez campanha para prender queimadores de bandeiras também, para registro.

Trump, literalmente, de pé diante de uma bandeira israelense e jurando acabar com a liberdade de expressão em prol do avanço dos interesses de informação israelenses, desmente tudo o que o chamado "movimento MAGA" sempre alegou defender e o expõe como a farsa que sempre foi.

Os apoiadores de Trump já estão caindo de joelhos para justificar suas escolhas belicosas para o gabinete e sua promessa de reprimir a liberdade de reunião nos campi universitários, e ele nem é presidente ainda. Essas pessoas não farão pressão nenhuma sobre Trump para acabar com as guerras e lutar contra o autoritarismo. Eles vão bajular e dar desculpas durante os quatro anos inteiros, assim como fizeram da última vez. Eles não são populistas anti-establishment, eles só querem se sentir como populistas anti-establishment. 

Eu já disse isso antes e vou repetir: os apoiadores de Trump são apoiadores de George W. Bush atuando como apoiadores de Ron Paul.

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Na quinta-feira, o The New York Times informou que Elon Musk se encontrou com o embaixador iraniano nas Nações Unidas em nome do novo governo Trump para discutir a possibilidade de aliviar as tensões no Oriente Médio, para o deleite dos apoiadores de Trump em todos os lugares. No sábado, a CNN informou que o Irã diz que nenhuma reunião ocorreu entre seu embaixador na ONU e Elon Musk, e o Financial Times relata que o governo Trump está realmente pronto para aumentar as agressões contra o Irã assim que Trump assumir o cargo. 

Os apoiadores de Trump têm citado a história de Musk como evidência de que Trump planeja fazer a paz com o Irã, e você pode esperar que eles ignorem a história do Financial Times ou a transformem em uma manobra de xadrez 87-D projetada para promover a " paz pela força ".

Qualquer um que gaste seu tempo defendendo qualquer presidente dos EUA contra críticas à sua servidão depravada ao império é um bajulador patético e adorador de poder. É uma maneira embaraçosa e indigna de viver, e os apologistas de Trump deveriam se sentir mal por isso.

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Adoro quando acontece algo que nem está entre as 100 piores coisas que aconteceram aos palestinos nos últimos 13 meses, e os liberais que ignoraram Gaza esse tempo todo dizem: ESPERO QUE TODOS VOCÊS, ESQUERDISTAS E MUÇULMANOS IDIOTAS, ESTEJAM FELIZES COM SEU VOTO DE PROTESTO!

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Kamala Harris: Eu amo Dick Cheney, tenho uma arma, odeio imigrantes e qualquer um que defenda os palestinos e serei muito mais agressiva em relação ao Irã do que Trump. 

Especialistas liberais: Kamala perdeu porque ela se tornou muito consciente.

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A progressista do Instagram Alexandria Ocasio-Cortez declarou na MSNBC que Tulsi Gabbard, a escolha de Trump para chefe de inteligência, é "pró-guerra", apesar de seus esforços para se apresentar como anti-guerra.

Esta é uma daquelas declarações que são desonestas quando saem da boca da pessoa que as diz, mas seriam verdadeiras se outra pessoa as dissesse. É verdade que Gabbard é uma apologista belicista do genocídio que apoia todas as coisas más que Biden está fazendo no Oriente Médio agora, mas ela é menos belicista do que os monstros assassinos do pântano que AOC passou o último ano endossando e fazendo campanha. Gabbard pelo menos promoveu a diplomacia em vez da guerra na Ucrânia, enquanto a própria AOC promoveu e defendeu a guerra por procuração dos EUA desde o início. 

O discurso de AOC é todo sobre socialismo anti-imperialista enquanto ele segue o exemplo de um lacaio imperialista padrão, e este é outro bom exemplo disso.

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Tudo de ruim que acontece sob o governo Trump deve ter acontecido porque o Partido Democrata era corrupto e maligno demais para fazer uma boa campanha com uma boa plataforma e um bom candidato.

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Este artigo é de Caitlin Johnstone.com.au e republicado com permissão.