Bom dia PORTUGAL! Lá vem o Expresso (curto) de fim de semana (para ganhar coragem, como canta o grande Sérgio Godinho). Coragem, hoje, amanhã e sempre para suportar governantes opacos que se entrincheiram em evasivas, em justificações esfarrapadas. Também V. Exa. senhor Luís Montenegro? Também pelo menos uma dezena de componentes deste governo PSD/CDS - entre ministros, secretários de estado e quejandos?
Ao que já se comenta nas ruas plebeias onde o povo ainda sobrevivente perdura mal e porcamente, vergonhosamente, 'eles são todos farinha do mesmo saco, uns vigaristas!' É lamentável e vergonhoso que os portugueses experimentem de governo para governo sabujos da política em altos cargos e com as rédeas dos poderes ao seu dispôr. É o que acontece, infelizmente.
Montenegro e as negociatas opacas veio, entre outros mal-eleitos, demonstrar que não é de confiança, que não é completamente honesto e muito pouco transparente. Uma desilusão se os portugueses não estivessem já tão habituados a sistemáticos 'modus operandi mafiosos' de políticos eleitos que se afirmam muito honestos e que até teatralizam quase na perfeição que estão ofendidos por se lhes exigir transparência e explicações. Faz parte dos comportamentos de vigaristas, de gentes que não olham a meios para atingirem os seus objectivos gananciosos de poderes, de mordomias, de reverências e de respeito ingénuo por parte dos plebeus eleitores que acreditam nas suas lôas eleitorais e percursos seguintes.
Muito haveria para explanar sobre o tema, sobre o acontecimento, sobre a revelação do assunto Montenegro, primeiro-ministro de Portugal e da sua trupe governamental. Eis mais casos e casinhos a inundar a comunicação social que os montenegrinos procuram condicionar jornalistas. A informação da RTP é (já foi) o bode expiatório, mas só para complementar na perfeição outros jornais e televisões vão escarafunchando e descobrindo mais pormenores aqui e ali, além e acolá. Tanto se chafurda na fossa que a merda passa a abundantemente ser exposta. Urge que assim se prossiga. Os portugueses exigem que os trafulhas, os vígaros, sejam desmascarados com objetividade e imparcialidade.
Acreditamos que ainda agora a 'procissão vai no adro'. É justo os portugueses exigirem toda a transparência, toda a verdade, toda a honestidade nos esclarecimentos. Não nos venham com 'abafos', com divagações desonestas e costumeiras. A verdade, a transparência, a honestidade é o que se exige. Todos temos esse direito. Cumpra-se.
De seguida passamos para o Curto do Expresso. Vá ler. Fim de semana para ganhar coragem nesta lamentável República dos Bananas... que somos todos nós. Mansos.
Bom dia... se conseguirmos! Tomem nota que David Dinis preferiu, como se pode constatar, escrever em português do Brasil (mais um a assucatar a língua de Camões e de Pessoa, entre outros - que agora são uma legião de 'malfeitores' nesse aspecto). Coisas que rejeitamos. E era correto que o Expresso em Portugal nos poupasse a tais afrontas. A língua portuguesa (de Portugal) é a nossa Pátria. Arreguenhem-se os trafulhas e coveiros da Língua Pátria Lusa!
O Curto a seguir.
Mário Motta | Redação PG
David Dinis, diretor-adjunto | Expresso (curto) | # Publicado em português do Brasil
Viva,
a manchete do Expresso de hoje nos conta que a Solverde paga à Spinumviva 4500€ por mês . Não seria
mais do que uma breve no caderno de Economia, mas a Spinumviva, como você sabe,
é a empresa fundada por Luís Montenegro em 2021, que ele mesmo cedeu à
mulher e aos filhos desde que foi eleito líder do PSD. Deixe-me mostrar a capa,
volto logo ao tema.
Vale lembrar alguns detalhes: o
pagamento feito pela Solverde vem de 2021 e dura até hoje . E representa
cerca de 30% do faturamento da Spinumviva. Dos 70% restantes nada sabemos , apenas que Montenegro
garante ter se inibido de tomar decisões que podem se mostrar incompatíveis.
Quais? É uma pergunta legítima, como aliás disse Marcelo , mas não sabendo os clientes, passados,
presentes e futuros, também não poderemos saber. Como explicamos no Editorial
do jornal, o tema é de relevância pública evidente: “ Por quê? Por isso ”.
No momento atual, registre mais um problema para o Governo: a greve
do Samu que o ministério da Saúde não comunicou ao órgão deixou 467 pacientes urgentes sem atendimento . Na
oposição, ninguém parece ter dúvidas sobre a responsabilidade. No Governo culpa-se os serviços .
Já que estamos falando de Saúde, registre essa outra notícia: o acesso ao
SUS será apertado para tratamento de doenças raras . Lembra do caso das gêmeas?
Falando em presidentes , Marques Mendes pediu um empréstimo para lançar sua
corrida a Belém. Já à esquerda multiplicam-se potenciais candidatos… indecisos .
Em outros assuntos de nossa sociedade, contamos que um ator conhecido foi acusado de sequestro e estupro
pelo Ministério Público. E que já se contam cinco meninas grávidas sequestradas de lares do Porto .
Olhando para o mundo (e que instável está ele) , vale a pena a leitura do
texto da nossa correspondente em Bruxelas, a Susana Frexes: União Europeia procura dinheiro para Defesa, Lisboa tem dúvidas
e receios sobre fundos . Entretanto, relacionados, você encontra
estes: “As negociações de paz durarão muito tempo” ; e “ Acordo sobre terras raras deixa Kiev à própria sorte ”.
Sobre a Ucrânia, leia o Miguel Monjardino . E sobre a Alemanha e esses tempos, leia Garton-Ash . Eles valem cada minuto.
No Ideias, o ensaio se volta para
outra geografia : Pequim era uma festa , conta o ex-embaixador português
em terras da China (entre outras), em um texto onde descreve os dias em que
esteve lá, explicando também como o regime endureceu.
A figura que escolhemos esta semana é a nova diretora do Museu Nacional de
Arte Antiga , que quer que o Museu seja mais do que um porta-joias .
E a entrevista , com outro especialista de outra área, tem este
título fascinante: “O cérebro humano ainda é o que há de mais inteligente” .
Em cima disso, ótimas crônicas e excelente opinião.
No caderno de Economia, faz
manchete o entupimento das repartições de Finanças . Não, não se
trata do site, devido à validação de notas fiscais (esse também), mas dos milhares de pedidos de CPF feitos por cidadãos
estrangeiros e não só. Leia aqui.
Notícia também é esse dado: Portugal nunca importou tantos painéis solares da China como
agora. E falando em China, a CALB poderá triplicar a escala do projeto de Sines .
Se precisar de algo mais doce, atenção: é que o preço do chocolate engordou 10% só no último mês.
Enquanto isso anote : 24 mil famílias vulneráveis aguardam
casas financiadas pelo PRR .
Não será só por isso, claro, mas a inflação está semeando dúvidas em Frankfurt . Na próxima semana há
decisões do BCE.
Enquanto isso, se você folhear até o CEO é o Limite , você verá um
ótimo texto sobre o trabalho na Geração de 50 . E esse outro (gosto
muito desse título): “ Ligue a 'Rádio Alcatifa, a empresa agradece ”.
Last but not the least , a
Revista.
"A Igreja depois de Francisco" é um texto de António Marujo
sobre a inevitável discussão na Igreja Católica a propósito da sucessão (nota:
o Papa, felizmente, vai melhorando). “O Vaticano, ainda que dividido, se move.
Mas devagar. Muito devagar em um mundo acelerado e onde temas como a participação
das mulheres, a atenção aos migrantes e as mudanças climáticas ganham cada vez
mais importância”. E depois de Francisco? Entre por aqui .
A entrevista é com Carlos Monjardino , presidente da Fundação Oriente.
Diz-nos isto: " A firmeza visual do almirante Gouveia e Melo, alto,
fardado, dá confiança às pessoas. Acham que ele põe isto tudo na ordem. Não põe . Mas
vai ganhar, sem problema nenhum”. Mas também fala de Macau e da vida política
que passou por lá.
Mas há outro texto sobre as nossas raizes . Ao caso, este é sobre as árvores históricas de Portugal . Sabia que temos a
árvore mais alta da Europa e uma das mais velhas do mundo?
E outro sobre o estado do mundo, o primeiro de uma sequência de textos do historiador
Niall Ferguson : O new deal de Trump: 100 dias para reverter o legado de
Roosevelt .
E, por fim, um aperitivo : a rota para os Óscares de domingo tem sido
atribulada e pontuada de surpresas. Desta vez, apostar nos vencedores é um jogo
mais divertido do que é hábito. Vamos a isso?
Deixo-lhe agora os podcasts , destacando o de Miguel Sousa Tavares: “Não gostei de ver Macron com aquele ar íntimo com Trump, ao
estilo Marcelo” e “a falha” do Estado que pode levar o MP a agir .
E deixo-lhe também um abraço, com desejos de boas leituras e um excelente fim
de semana. Nós estaremos sempre por aqui , à distância de um clique.
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