sexta-feira, 29 de abril de 2011

II Congresso do CNRT é oportunidade interna para desenvolver o espírito crítico




MSO - LUSA

Díli, 29 abr (Lusa) -- O presidente do CNRT, Xanana Gusmão, disse hoje que o II Congresso do partido "vai definir e aprofundar o papel do partido no contexto político e será uma oportunidade para os seus militantes desenvolverem o espírito crítico.

"Este Congresso é uma oportunidade para o partido ver o que tem de corrigir, as decisões que deve tomar para se alargar e capacitar, e uma oportunidade para os delegados debaterem e aprofundarem princípios, abrindo caminho para o pensamento crítico", disse.

Xanana Gusmão falava na sessão de abertura do II Congresso do CNRT, em Díli, que reúne mais de 900 delegados de todo o país.

No seu discurso, além de exaltar os valores da democracia e apelar à recusa da violência nas campanhas eleitorais de 2012, Xanana Gusmão falou também para dentro do partido, salientando a diferença entre o II Congresso e o primeiro, realizado em 2007, e que teve natureza constitutiva.

"O Congresso é o órgão máximo do partido, para tomar decisões importantes, quer para o partido, quer para o povo", afirmou.

O presidente do partido, enalteceu os "6.225 timorenses que assinaram a declaração" que levou à fundação do CNRT, lembrando que é um partido relativamente recente, mas que neste seu segundo Congresso já consegue reunir representantes eleitos pelas bases, "de todos os sucos" (nível de freguesia).

"Como um partido novo, o processo de montagem das estruturas foi lento, mas hoje podemos dizer que a criação de estruturas está quase concluída", disse.
Xanana Gusmão apontou como caminho a seguir pelo CNRT "continuar o compromisso com a reforma das instituições e da sociedade, como base para a construção do Estado".

O também primeiro-ministro indicou como outros compromissos do CNRT procuram "reforçar o conceito de soberania", "incentivar as instituições a participarem no processo de boa governação", "continuar a reformar a Justiça", reconstruir o espírito nacional numa cultura de direitos, mas também de deveres, "reduzir as disparidades sociais e promover a justiça social".

Xanana Gusmão concluiu afirmando ainda que o partido deve procurar "motivar as novas gerações a tomarem consciência de que a desunião enfraquece o país, e assegurar a todos os parceiros sociais a estabilidade política e social em Timor-Leste, como um pilar importante para o desenvolvimento nacional".

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