Mundo assinala segunda-feira o Dia de Luta Contra a Malária
ANGOLA PRESS
Luanda - Assinala-se segunda-feira, 25 de Abril, o Dia Mundial de Luta Contra a Malária, instituído em 2007 durante uma sessão da assembleia da Organização Mundial da Saúde.
A efeméride tem como objectivo relembrar a existência da malária e incentivar o esforço global para a luta contra esta doença. Este dia torna-se numa boa oportunidade para os países afectados trocarem experiências e apoio mútuo.
Segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde, publicado em Dezembro de 2010 “um aumento fenomenal” dos esforços para combater a malária permitiu salvar centenas de milhares de vidas desde 2000, embora 781 mil pessoas morreram da doença em 2009.
A distribuição de dezenas de milhões de mosquiteiros tratados com insecticidas e a maior utilização de pulverizações contra os mosquitos tiveram um impacto considerável, segundo o relatório anual da OMS sobre malária.
O número de mortos atribuídos a este mal caiu de 985 mil em 2000 para 781 mil em 2009. Cerca de 90 porcento das mortes por malária ocorreram em África e 92 porcento delas são de crianças com menos de 5 anos.
Pela primeira vez em 2009, nenhum caso de malária transmitido localmente foi relatado na Europa. Marrocos e Turquemenistão foram adicionados à lista de países onde a malária está erradicada, segundo a OMS.
Ao longo da década passada, o número de casos confirmados da doença e de mortes caiu mais de 50 porcento em onze países da África, destacou o relatório.
Na China, o número de casos foi reduzido em mais da metade ao longo dos dez últimos anos e, na Índia, a incidência da doença baixou cerca de um quarto.
Apenas três países do mundo, Ruanda, São Tomé e Príncipe e Zâmbia, registaram em 2009 um aumento de casos.
Ray Chambers, emissário especial da ONU para malária, previu que o objectivo das Nações Unidas de acabar com as mortes causadas pela malária pode ser atingido até 2015.
"Os resultados contidos neste relatório são os melhores em décadas. Depois de tantos anos de deterioração e estagnação, os países e seus parceiros (...) passaram para a ofensiva", declarou a directora-geral da OMS, Margaret Chan, durante uma conferência de imprensa.
Um esforço sem precedentes foi fornecido para manter a dinâmica, destacou, explicando que 106 países ainda são atingidos pela doença de maneira endémica, desses 43 na África Subsaariana.
"Os investimentos na luta contra a malária estão a dar resultados", garantiu. Em menos de três anos, o número de mosquiteiros distribuídos aproximou-se do objectivo dos 350 milhões.
A malária ainda é uma doença grave que provoca febres e muitas vezes mortais.
Atinge especialmente as crianças com menos de cinco anos de idade e mulheres grávidas.
Em 1897, Ronald Ross descobriu que a fêmea de um mosquito, com a sua picada destruía os glóbulos vermelhos da pessoa afectada.
Projecto transfronteiriço contra malária é lançado segunda-feira
ANGOLA PRESS
Luanda - A iniciativa de luta contra a malária, projecto comum entre Angola e a Namíbia, denominada Transcunene, será lançada segunda-feira, num acto que acolherá autoridades dos dois países num dos municípios fronteiriços, soube a Angop.
De acordo com Nilton Saraiva, director adjunto do Programa Nacional de Luta contra a Malária, Angola está a ajudar a vizinha Namíbia a eliminar a doença, com acções conjuntas, como a pulverização, distribuição de mosquiteiros impregnados com insecticida e harmonização do protocolo de tratamento, ou seja, o uso do Coartem nos dois países.
A Iniciativa prevê ainda o tratamento de doentes dos dois países, independentemente da nacionalidade, cujo acto coincidirá com a comemoração do dia mundial da malária, 25 de Abril, data em que se festeja o esforço global para controlar a doença.
O tema do dia mundial da malária, "Alcançar o progresso e impacto", sublinha os esforços renovados da comunidade internacional para atingir a meta de zero mortes por essa doença em 2015.
Angola espera eliminar a malária até 2030 quando a incidência da doença for de zero casos durante, pelo menos, três anos consecutivos.
Na região sul, onde a transmissão é baixa (Huíla, Cunene e Kuando Kubango) poder-se-á perspectivar eliminar a malária até 2025.
Em 2010, Angola registou 3,5 milhões de casos.
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