SAPO TL – 24 abril 2011
Na Quinta-feira Santa realiza-se a Missa de Ceia Pascal, com a cerimónia do lava-pés. Nesta cerimónia doze katuas (velhos) sentam-se em torno de água para que o padre proceda à lavagem dos pés. Esta é uma forma de reviver os últimos dias de Jesus, quando este lavou os pés aos seus discípulos antes de ser crucificado.
Na Sexta-feira Santa, são diversos os rituais de cada paróquia de Dili. Na igreja de Balide, decorre um ritual iniciado há longos anos pelo falecido padre Brito de Goa. A celebração teatralizada começa na hora da morte de Jesus, onde Jesus é descido da cruz e levado em procissão até ao Cemitério de Santa Cruz. O propósito deste ritual era o de dar a entender aos fiéis o sentido da Páscoa. O corpo de Jesus é levado até o cemitério de Santa Cruz e regressa à igreja, ficando exposto durante dois dias para ser adorado ao longo do dia e noite até à celebração de domingo.
As igrejas em todas as paróquias enchem-se durante os quatro dias de celebrações. A missa de sábado é celebrada com muito sentimento à meia-noite. As estradas perto das igrejas normalmente são fechadas não só pelo respeito à missa sagrada, mas também pelos milhares de fiéis que permanecem fora do complexo.
A missa de Domingo fica completa com o almoço de Páscoa que reúne com familiares e amigos. Não é habitual em Timor, a tradição de ovos de pascoa ou do coelho de pascoa, mas sim a participação nas celebrações sagradas tradicionais e a festa pascal no dia em que Jesus ressuscitado anuncia a salvação da humanidade.
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