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Maputo, 24 abr (Lusa) - A malária mantém-se como a principal causa de morte de crianças em Moçambique, com 33 por cento dos casos em menores de cinco anos, segundo um comunicado da UNICEF, divulgado hoje em Maputo.
Segundo o documento, distribuído no âmbito do Dia Mundial da Malária, que se assinala na segunda-feira, cerca de 34 mil crianças morrem anualmente em Moçambique de malária, o que significa uma morte a cada 15 minutos, sendo a doença responsável por 40 por cento dos atendimentos nas consultas externas pediátricas e 60 por cento nas internas.
"Significativas reduções foram alcançadas em certas áreas do país onde se incrementaram ações de prevenção e controlo da malária, como na província de Maputo, onde o número de casos caiu acentuadamente", refere o comunicado do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Desde 2009 que o governo de Moçambique definiu uma política de cobertura universal por redes mosquiteiras, estimando-se que para crianças menores de cinco anos essa taxa seja de 93 por cento nos distritos que não foram aspergidos, e de 54 por cento a nível nacional.
A proporção de crianças que dormem sob uma rede mosquiteira passou de 10 por cento em 2003 para 42 por cento em 2008, segundo o mesmo comunicado, que indica que, no entanto, apenas 31 por cento dos lares dispõem de uma rede mosquiteira tratada com inseticida.
"Apesar de sinais encorajadores no combate à malária, a cobertura por redes tratadas com inseticida, que são duplamente mais eficazes do que as não tratadas, continua muito abaixo dos objetivos nacionais e internacionais", assinala a UNICEF.
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