sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dia de África - Ministro angolano defende maior divulgação das acções da União Africana




ANGOLA PRESS

Luanda – O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chicoty, defendeu hoje (quarta-feira), em Luanda, que o Dia de África deve ser entendido como um marco fundamental na tarefa da popularização da União Africana (UA), através de uma divulgação mais ampla dos seus principais feitos.

O governante, que discursava na abertura do acto político comemorativo do 25 de Maio, Dia de África, frisou que a efeméride afigura-se uma boa ocasião para a análise dos problemas candentes da actualidade do continente e internacional, como a crise política no norte de África.

Georges Chicoty lembrou que o continente teve de se confrontar com crises políticas e focos de tensão ou conflito aberto, e com calamidades naturais, que provocaram enormes prejuízos e perdas em vidas humanas.

Referiu-se particularmente aos casos da Tunísia, Egipto e Côte d’Ivoire, onde, segundo o ministro, a deterioração da situação da segurança e humanitária resultou no aumento do número de mortos, de deslocados e de refugiados, como é o caso da Líbia.

Neste país, disse notar-se, com preocupação, algumas medidas obstrucionistas tomadas por certos países, que extravasaram a letra e o espírito da resolução 1.973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Zona de Exclusão Aérea.

“Não temos dúvidas que soluções impostas pela força, intimidação ou pelo terror chocam com os valores e princípios universais, não garantem necessariamente uma solução sustentável, por conseguinte são condenáveis e devem cessar”, sublinhou.

O chefe da diplomacia angolana ajuizou que a África não deve permitir que, aqueles que ontem colonizaram o continente, encontrem hoje espaços para impôr uma solução ou uma agenda pouco clara.
“Um olhar retrospectivo sobre o continente africano mostra que passamos por momentos de grandes mutações que levam-nos a pensar na refundação da nossa parceria com o ocidente, a volta de alguns componentes essenciais, nomeadamente, o princípio de uma responsabilidade compartilhada, baseada nos princípios do respeito mútuo e de interesses mútuo para uma convivência pacífica neste mundo global”, disse.

Aflorou que a África e o ocidente devem engajar-se num diálogo político mais franco e aberto, que permita abordar todos os assuntos de interesse, mesmo os mais difíceis, como os direitos humanos e do homem, a corrupção, as migrações sem drama nem dogma, mas no respeito e na confiança.

A jornada decorreu sob o lema “Que futuro para a União Africana numa perspectiva da preservação das independências políticas, económicas e culturais”.

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