terça-feira, 10 de maio de 2011

Díli desmente oferta de estação de radar pela China, como alegou Wikileaks




EL – JCS – LUSA

Sidney, 10 mai (Lusa) -- As autoridades timorenses desmentiram a alegação feita pelo sítio da Internet Wikileaks de que a China ofereceu a Timor-Leste a instalação de uma estação de radar no seu território, segundo a imprensa australiana de hoje.

O desmentido foi feito pelo vice-primeiro-ministro José Luís Guterres que, em declarações à emissora australiana ABC, disse que a questão da instalação da estação de radar nunca foi considerada no processo de compra a Pequim de dois navios de patrulha costeira, pelo menos a nível governamental.

"Nunca houve qualquer oferta do Governo chinês para construir um sistema de vigilância radar", garantiu o governante timorense.

A questão terá sido aventada somente em contactos não governamentais.

"O que sei é que algumas empresas chinesas pretendiam vender um sistema de radar (...) A nossa política em termos de cooperação no setor da Defesa com qualquer país é transparente. Não há segredos", acrescentou.

Telegramas diplomáticos norte-americanos, filtrados pelo Wikileaks e publicados pelo jornal australiano The Age referiam que a China terá oferecido ao Governo timorense a construção e a operação de uma base de vigilância por radar no estreito de Wetar, com o objetivo declarado de combater a pesca ilegal na zona.

O estreito, entre a costa nordeste de Timor-Leste e a ilha indonésia de Wetar é utilizado por navios e submarinos nucleares da marinha norte-americana nas rotas entre os oceanos Índico e Pacífico.

Ainda segundo o Wikileaks, no início de 2008, o Governo timorense alertou os Estados Unidos e a Austrália para a proposta chinesa, tendo ambos os países classificado o projeto como uma "ameaça estratégica".

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