quarta-feira, 18 de maio de 2011

FRETILIN questiona destino do dinheiro gasto nas infraestruturas elétricas




MSO – LUSA
Díli, 12 mai (Lusa) -- A FRETILIN pôs hoje em causa o destino de "milhões de dólares" orçamentados pelo atual Governo de Timor-Leste para a eletricidade, nos últimos três anos, sem que o país tenha uma rede elétrica "capaz".
Numa declaração política apresentada ao Parlamento Nacional pelo deputado Inácio Moreira, a bancada daquele partido insiste para que seja apresentado o relatório da auditoria ao setor da eletricidade, conforme resolução aprovada pelos deputados já em 2010.
Dirigindo-se à mesa do Parlamento, Inácio Moreira instou a que "se convidem os responsáveis do Ministério das Infraestruturas a explicarem detalhadamente todos os atos administrativos que foram feitos durante todo este tempo".
Pelas contas de Inácio Moreira, nos anos fiscais de 2009 e 2010 foi alocado para o setor, no Orçamento de Estado, um total de 1,5 milhões de dólares.
Somando 1,3 milhões de dólares do Orçamento deste ano, perfaz 2,8 milhões de dólares, segundo o deputado.
Além desses valores, Inácio Moreira lembra que para combustível no ano de 2010 foram orçamentados 30,9 milhões de dólares e para a manutenção dos geradores, na categoria de bens e serviços, foi dotado um montante de 19,3 milhões e o Governo "nem sequer pagou ainda uma dívida de combustíveis que ascende a 20 milhões".
"Todos nós sabemos, sentimos, vimos e ainda estamos a continuar a sentir o que se está a passar na área das infraestruturas em geral e com a eletricidade em particular", declarou.
Instalações da eletricidade de média tensão, construídas em vários lugares do território, pelo menos há dois anos, estão abandonadas, e alguns postes estão inclinados por causa da má construção, segundo aquele deputado.
"Como é possível alocar estes montões de dinheiro, sem conseguir controlar e resolver (a falta de eletricidade)? Para onde foi parar todo este dinheiro?", interroga-se Inácio Moreira.
A explicação que a FRETILIN encontra é que o Governo "não tem seriedade e responsabilidade e a maioria dos seus membros não tem sentido de Estado", confiando que o povo, com a sua inteligência, saberá decidir através das eleições gerais do próximo ano e julgar todos os partidos políticos e as responsabilidades que lhes cabem.
"Deixo uma mensagem política para todos os governantes: antes ou depois de chegarmos às eleições gerais no próximo ano, aqueles que sentem e que se encontram envolvidos em atos de corrupção, preparem-se. Um dia poderão responder por esses atos criminosos nas instituições competentes, como alguns já estão a começar a responder", concluiu.


Nota PG: Este conteúdo foi publicado em 12 de Maio mas por “avaria” do Blogger “desapareceu”, tendo agora surgido nos rascunhos. Ao voltarmos a publicar toma automaticamente a posição no dia em que o republicamos. Pedimos desculpa pela “anormalidade”. Nos arquivos de dia 12 de Maio, na barra lateral, esse dia não existe e para republicar somos obrigados a fazer demorados acertos por via do mau funcionamento do novo editor do Blogger.


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