Um dos temas dominantes da agenda de trabalhos do encontro do G8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia) serão as revoltas populares no mundo árabe e muçulmano.
Em cima da mesa estará uma proposta da presidência francesa que defende um mecanismo de apoio e consolidação da transição democrática nos países envolvidos na onda de contestação, seja a nível institucional ou económico, através de entidades como o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD).
Na quarta-feira, durante a deslocação do Presidente norte-americano Barack Obama ao Reino Unido, Londres e Washington anunciaram que vão igualmente promover um "programa de apoio" político e económico à "primavera árabe".
O Banco Mundial anunciou esta semana um pacote de auxílio financeiro de seis mil milhões de dólares para o Egito e a Tunísia, que deverá ser formalizado na cimeira.
Os chefes de Estado e de Governo do G8, responsáveis da ONU e de organismos financeiros internacionais irão receber na sexta-feira os primeiros-ministros do Egito e da Tunísia.
A segurança nuclear também consta do alinhamento da cimeira, com particular atenção para o desastre na central japonesa de Fukushima, danificada por um violento sismo e um tsunami a 11 de março, que causaram perto de 25.000 mortos e desaparecidos no nordeste do Japão.
No almoço que irá marcar o arranque da cimeira, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, vai apresentar dados sobre a atual situação na central.
O atual panorama económico mundial, especialmente a crise na zona euro e os níveis de endividamento dos países mais ricos, será igualmente abordado pelos parceiros do G8.
Ainda neste capítulo, os líderes irão avaliar a sucessão de Dominique Strauss-Kahn na direcção do Fundo Internacional Monetário (FMI) e a candidatura formal da ministra das Finanças francesa, Christine Lagarde.
As negociações de paz no Médio Oriente, as sanções contra a Síria, o conflito líbio, o processo de transição no Afeganistão após a morte do Usama bin Laden (líder da Al-Qaida), o controverso dossier iraniano e a regulação da Internet serão outros dos temas em debate.
Por último, será realizado um encontro entre os líderes do G8 e da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD), que integra a Argélia, Egito, Etiópia, Nigéria, Senegal e África do Sul.
Os Presidentes da Costa do Marfim, do Níger e da Guiné-Conacri, recentemente eleitos, serão os convidados especiais deste encontro
*Foto em Lusa
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