PMA – LUSA
Maputo, 12 mai (Lusa) -- O governador do Banco de Moçambique diz que este país africano é "o lugar" para os bancos portugueses se internacionalizarem pelas garantias que a economia moçambicana dá, apesar do ceticismo internacional em relação ao sistema financeiro português.
As agências internacionais de notação financeira têm sido cáusticas em relação aos bancos portugueses, num contexto de crise financeira e económica em Portugal.
Em declarações à agência Lusa na província de Maputo, à margem da inauguração de duas agências do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), detido em 51 por cento pelo grupo português CGD, o governador do Banco de Moçambique afirmou, quarta-feira, que o país "é o lugar" para os bancos portugueses seguirem a sua política de internacionalização.
"A manutenção ou não da participação da banca portuguesa no sistema financeiro moçambicano é uma decisão soberana dos acionistas portugueses, mas o que é um facto é que se querem um lugar para investir é aqui", ressalvou Ernesto Gove.
A economia moçambicana, enfatizou o governador do Banco de Moçambique, oferece aos bancos portugueses todas as garantias de rentabilidade e repatriamento de dividendos e lucros.
"O capital internacional tem confiança no setor financeiro moçambicano, porque o país tem um enorme potencial na agricultura, mineração e noutras áreas e os bancos não querem perder essa oportunidade. Nós estamos prontos para receber os bancos portugueses", sublinhou o governador do Banco de Moçambique.
Por seu lado, o presidente da Comissão Executiva do BCI, Ibrahimo Ibrahimo, elogiou a participação da CGD no capital do banco moçambicano, frisando que a mesma permitiu a multiplicação da capacidade da instituição.
"Não creio e não vejo algum efeito negativo no BCI devido ao questionamento em relação à banca portuguesa. A CGD até aqui tem dado todo o apoio que nós precisamos, fundamentalmente ao nível da transferência de conhecimento e reinvestimento dos seus dividendos no BCI", sublinhou Ibrahimo Ibrahimo.
O BCI tem ainda como acionistas o BPI, com 30 por cento, e um grupo de investidores moçambicanos que detêm 18% do capital.
A presença do capital português na banca moçambicana abrange ainda o maior banco de Moçambique, o Milliennium BIM, detido em 54 por cento pelo Millennium BCP.
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