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Lisboa, 27 mai (Lusa) - A magistrada Maria José Morgado alertou hoje que a Justiça sozinha não consegue vencer a batalha da corrupção, dizendo serem precisas medidas preventivas a todos os níveis da Administração Pública e "aliados políticos" para esse combate.
"Não precisamos de uma classe política que despreze a prevenção e a punição da corrupção e que tem um tabu em relação à corrupção e que tenha um verdadeiro culto pela opacidade. Isso não precisamos", enfatizou a procuradora-geral adjunta e diretora do Departamento de Investigação e Ação penal (DIAP) de Lisboa.
Maria José Morgado falava no ciclo de conferências "Pensar Portugal", promovido pela Fundação Manuel dos Santos e que teve como ponto de partida do debate o livro "Corrupção", do professor Luís de Sousa, que é presidente da Transparência e Integridade - Associação Cívica (TIAC), ponto de contacto nacional da Transparency International, uma organização que combate a corrupção.
Questionada pelo investigador António Barreto sobre o que faria se lhe dessem um minuto de poder absoluto, a magistrada foi peremptória: possuir meios de deteção e confisco imediato de todos os proventos da corrupção e que eles revertessem a favor de instituições que combatem a corrupção, para comprar computadores e software para a polícia e para financiar os recursos da Justiça.
*Foto em Lusa
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