ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA
Reforçado pelos esmagadores êxitos do seu patrão, certamente que o Jornal de Angola, estatal, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975, poderá agora concretizar a ameaça feita em 12 de Maio de 2008.
Nesse dia, o único diário angolano ameaçava divulgar "as listas dos nomes dos quadrilheiros portugueses capturadas no bunker de Jonas Savimbi no Andulo".
Tal como escrevi nesse mesmo dia, era e continua a ser bom que o faça. Ou será que o facto de o dono do jornal, bem como do país, ser agora também dono de grande parte de Portugal, alterou o ímpeto?
Continuo, contudo, à espera das listas de quadrilheiros portugueses e, já agora, também da imensa listagem dos oficiais das FAPLA e depois das FAA que trabalhavam para Savimbi, assim como dos políticos do MPLA, alguns com altos cargos no Governo e que também trabalhavam para o líder da UNITA, e ainda dos jornalistas (portugueses e angolanos), hoje rendidos aos encantos do MPLA, e que também eram amamentados por Savimbi.
"Basta de abusos e insultos", advertia então o Jornal de Angola (estatal, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975) na última linha de um texto não assinado, publicado em Editorial, sem avançar quaisquer pormenores sobre as "listas de quadrilheiros portugueses", inferindo-se que se trata de aliados do ex-líder da UNITA, principal partido da oposição angolana, morto em combate em Fevereiro de 2002.
De baterias apontadas ao jornal Público e ao programa "Eixo do Mal", da SIC Notícias, o Jornal de Angola (estatal, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975) afirmava que os "idiotas úteis" que integram o programa e o diário português estão ao serviço de "quadrilhas" que se serviram de "diamantes de sangue" em Angola.
Força camaradas. Se os tiverem no sítio (não têm, nunca tiveram e nunca terão, como é bom de ver) não devem esperar. Mandem cá para fora tudo o que têm. Tudo. Tudo. Tudo significa tudo. Percebem?
"A liberdade de imprensa teve sempre inimigos confessos e alguns idiotas úteis que, mesmo sem o saberem, são os inimigos mais difíceis de conter ou enfrentar", referia o Jornal de Angola (estatal, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975), explicando que estes "idiotas úteis" são aqueles que os patrões "usam para todos os abusos".
Olhem quem ladra. Reproduzem o que o patrão do MPLA manda e, mesmo assim, até o texto estar impresso estavam de trela curta e surgem agora a arrotar postas de lagosta como se fossem livres e independentes.
O Jornal de Angola (estatal, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975) retomava também – recordam-se? - as críticas ao músico e activista Bob Geldof, que em Lisboa disse que Angola é governada por "criminosos", afirmando que os "derrotados" da descolonização "soltam os Bob Geldof e os idiotas úteis do `Eixo do Mal´ e outros serventes menores", que não identifica.
Sob a batuta do MPLA, estes escribas escolarizados há bem pouco tempo (ainda não há muito saltitavam nas copas das árvores) servem-se do Jornal de Angola (estatal, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975) para publicarem o que nem eles sabem o quer dizer.
Aliás, o facto de o texto não vir assinado apenas mostra que, quando o capataz do MPLA disse ao suposto autor para assinar, ele perguntou: “Onde ponho o dedo, Patrão?”
Tal como escrevi nesse mesmo dia, era e continua a ser bom que o faça. Ou será que o facto de o dono do jornal, bem como do país, ser agora também dono de grande parte de Portugal, alterou o ímpeto?
Continuo, contudo, à espera das listas de quadrilheiros portugueses e, já agora, também da imensa listagem dos oficiais das FAPLA e depois das FAA que trabalhavam para Savimbi, assim como dos políticos do MPLA, alguns com altos cargos no Governo e que também trabalhavam para o líder da UNITA, e ainda dos jornalistas (portugueses e angolanos), hoje rendidos aos encantos do MPLA, e que também eram amamentados por Savimbi.
"Basta de abusos e insultos", advertia então o Jornal de Angola (estatal, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975) na última linha de um texto não assinado, publicado em Editorial, sem avançar quaisquer pormenores sobre as "listas de quadrilheiros portugueses", inferindo-se que se trata de aliados do ex-líder da UNITA, principal partido da oposição angolana, morto em combate em Fevereiro de 2002.
De baterias apontadas ao jornal Público e ao programa "Eixo do Mal", da SIC Notícias, o Jornal de Angola (estatal, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975) afirmava que os "idiotas úteis" que integram o programa e o diário português estão ao serviço de "quadrilhas" que se serviram de "diamantes de sangue" em Angola.
Força camaradas. Se os tiverem no sítio (não têm, nunca tiveram e nunca terão, como é bom de ver) não devem esperar. Mandem cá para fora tudo o que têm. Tudo. Tudo. Tudo significa tudo. Percebem?
"A liberdade de imprensa teve sempre inimigos confessos e alguns idiotas úteis que, mesmo sem o saberem, são os inimigos mais difíceis de conter ou enfrentar", referia o Jornal de Angola (estatal, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975), explicando que estes "idiotas úteis" são aqueles que os patrões "usam para todos os abusos".
Olhem quem ladra. Reproduzem o que o patrão do MPLA manda e, mesmo assim, até o texto estar impresso estavam de trela curta e surgem agora a arrotar postas de lagosta como se fossem livres e independentes.
O Jornal de Angola (estatal, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975) retomava também – recordam-se? - as críticas ao músico e activista Bob Geldof, que em Lisboa disse que Angola é governada por "criminosos", afirmando que os "derrotados" da descolonização "soltam os Bob Geldof e os idiotas úteis do `Eixo do Mal´ e outros serventes menores", que não identifica.
Sob a batuta do MPLA, estes escribas escolarizados há bem pouco tempo (ainda não há muito saltitavam nas copas das árvores) servem-se do Jornal de Angola (estatal, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975) para publicarem o que nem eles sabem o quer dizer.
Aliás, o facto de o texto não vir assinado apenas mostra que, quando o capataz do MPLA disse ao suposto autor para assinar, ele perguntou: “Onde ponho o dedo, Patrão?”
*Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
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