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Madrid, 29 mai (Lusa) - Os membros do "movimento 15 de maio", também conhecido como "Democracia Real Já" decidem hoje, em assembleias em toda a Espanha, se devem ou não manter as mobilizações ou que estratégias adotar para manter o projeto vivo.
As assembleias celebram-se duas semanas depois do protesto inicial em Madrid, que deu nome ao movimento, e dois dias depois da ação policial na Praça da Catalunha, que desmantelou o acampamento e causou 121 feridos.
Essas cargas policiais e as imagens que mostram os agentes a agredir os manifestantes, muitos sentados no chão e com as mãos no ar, renovaram o interesse dos protestos em toda a Espanha, com novas enchentes de apoiantes tanto em Barcelona como em Madrid, na Puerta del Sol.
Hoje terão que escolher entre manter as mobilizações e ocupações das praças - mesmo que em formato mais reduzido, com uma presença mais simbólica - e descentralizar os protestos para o resto da geografia espanhola.
No sábado em mais de 250 bairros e municípios da Comunidade de Madrid já se ouviram hoje opiniões sobre o que fazer com os movimentos, nomeadamente o que fazer com o acampamento na Puerta del Sol, que tem sido o centro nevrálgico das ações.
Uma das alternativas passa por deixar uma 'embaixada' simbólica na Puerta del Sol que continue a receber propostas de cidadãos e a canalizá-las para o movimento que permanecerá fortemente ativo, como até aqui, na Internet e nas redes sociais.
Todas as propostas recolhidas junto das mais de 12 mil pessoas que participaram nas assembleias de sábado, serão debatidas a partir das 12:00 de hoje (11:00 em Lisboa) na Puerta del Sol.
Encontros idênticos decorrem noutras cidades espanholas como Saragoça, Valência, Barcelona ou em Las Palmas de Gran Canária.
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