quarta-feira, 29 de junho de 2011

Guiné-Bissau: PAÍSES DA CPLP VÃO CONTRIBUIR PARA FUNDO DE PENSÕES




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Nova Iorque, 28 jun (Lusa) -- Os países da CPLP vão contribuir financeiramente para o fundo de pensões dos militares da Guiné-Bissau, e apelam a outros parceiros internacionais para seguirem o exemplo, afirmou hoje o secretário angolano das Relações Exteriores.

Coube a Manuel Domingos Augusto dirigir-se ao Conselho de Segurança em nome da CPLP, e em português, num briefing sobre a situação na Guiné-Bissau, em que sublinhou que o apoio da comunidade internacional "é crucial" para a reforma do aparelho de segurança guineense, e em particular para dotar financeiramente o fundo de pensões.

"Os países membros da CPLP vão contribuir para ele e apelamos a outros parceiros da Guiné-Bissau, especialmente aqueles que têm seguido e apoiado a reforma do setor de segurança, para contribuírem no mesmo sentido", disse.

Destacou em particular o contributo de 45 milhões de dólares da CEDEAO para o fundo, de um total de 63 milhões de dólares para reforma do setor de segurança.

As verbas do fundo de pensões serão aplicadas na reforma, reinserção e reintegração de elementos das forças de segurança, bem como no rejuvenescimento e profissionalização das mesmas.

Para o governante angolano, só com recursos para o plano CPLP-CEDEAO para o setor de segurança e para a estratégia guineense de redução da pobreza, "é possível a sustentabilidade e irreversibilidade da consolidação da paz e estabilidade política" no país lusófono.

As preocupações recentemente levantadas pela União Europeia encontraram resposta em Bissau e agora "é imperativo que os parceiros da Guiné não a isolem ou alienem, mas que ajam com compreensão e que apoiem e participem neste grande esforço para a unidade e reconciliação nacional", adiantou.

Angola exerce atualmente a presidência da CPLP, cujo secretário executivo, Domingos Simões Pereira, também esteve presente na reunião de hoje.

O briefing acabou por proporcionar a invulgar circunstância de, à exceção do representante do secretário-geral para o dossier guineense, Joseph Mutaboba, serem lusófonos todos os intervenientes -- Brasil, Guiné-Bissau e CPLP -- e de Portugal ter assento no Conselho de Segurança.

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