Treze pessoas morreram e mais de 225 ficaram feridas na sequência dos disparos feitos hoje pelo exército israelita sobre palestinianos e sírios que tentavam passar a linha de cessar-fogo nos Montes Golã, junto da fronteira israelo-síria, acusou a televisão síria.
Os militares israelitas dispararam para dispersar manifestantes pró-palestinianos que tentavam entrar à força em Israel a partir da área fronteiriça de Majdal Chams, num protesto contra a ocupação desses territórios por Israel após a guerra de 1967.
Os protestos foram desencadeados pela passagem do aniversário da "Nakba" ("Catástrofe" em árabe), que assinala a derrota árabe de 1967.
Centenas de manifestantes, agitando bandeiras palestinianas e sírias, tentaram ultrapassar uma primeira barreira de arame farpado, perto de Majdal Chams, junto aos Montes Golã.
"Apesar das inúmeras advertências, verbais e com tiros de aviso, dezenas de sírios continuaram a aproximar-se da linha de fronteira e as forças armadas de Israel não tiveram alternativa senão abrir fogo para os pés dos manifestantes para os tentar dissuadir", disse um porta-voz do exército israelita.
Cerca de 20 quilómetros a sul do local, uma centena de manifestantes tentou igualmente passar a linha de cessar-fogo em Kouneitra, segundo fontes militares.
Um forte dispositivo militar israelita foi desdobrado desde sexta-feira na região, zona de confluência de localidades drusas, para prevenir eventuais infiltrações e manifestantes pró-palestinianos.
No passado dia 15 de maio, durante o aniversário da "Nakba", quatro pessoas morreram quando tentavam também passar a linha de cessar-fogo, perto de Majdal Chams.
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