Contra a crise e o desemprego, dezenas de milhares de espanhóis de todas as idades invadiram este domingo as ruas de Madrid a gritar palavras de ordem como: "não pagamos a crise".
A multidão formou-se quando seis cortejos de todos os bairros de Madrid se juntaram frente ao Parlamento, no centro.
"Contra o desemprego. Organiza-te e luta. Vamos marchar juntos contra o desemprego", lia-se num grande cartaz que liderava o caminho da "coluna sudoeste", que partiu de manhã de Leganes, uma comunidade-dormitório a cerca de quinze quilómetros a sul de Madrid.
"Nós não somos mercadoria nas mãos de políticos e banqueiros", estava escrito a letras vermelhas num outro cartaz.
Ao microfone, um manifestante gritava: "Vamos preparar uma greve geral. Nós vamos parar o país".
"Os bancos e os governos que provocaram esta situação devem estar cientes de que não estamos de acordo com as medidas e os cortes nos orçamentos. Temos a intenção de ser ouvidos e vamos conseguir", assegurou a plataforma que organizou a manifestação por toda a Espanha.
Cinco semanas depois de ter surgido o movimento dos "indignados", que se espalhou por todo o país, os espanhóis não desmobilizaram e continuam a lutar.
O jornal "El Mundo", que cita a polícia, avança com 35 a 40 mil manifestantes.
O movimento dos "indignados", que apareceu em Espanha a 15 de Maio, junta jovens e cidadãos de todos os sectores da sociedade, que protestam contra o desemprego (21,29 da população ativa), a precariedade social e os políticos, que acusam de não os representarem.
*Foto PEDRO ARMESTRE/AFP
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