O secretário-executivo da CPLP disse em entrevista à Lusa que os 30 milhões de euros destinados ao fundo da língua nunca foram disponibilizados, considerando que deixou de haver condições para encaminhar essa verba à promoção do Português.
"Tivemos a indicação formal da criação desse fundo [...], mas tivemos sempre dificuldades em perceber se efetivamente havia recursos", disse Domingos Simões Pereira. O Governo português aprovou em Conselho de Ministros, em Julho de 2008, o Fundo da Língua Portuguesa atribuindo-lhe uma dotação inicial de 30 milhões de euros destinados a apoiar o sistema de ensino nos países lusófonos e a promover o português junto dos organismos internacionais. O fundo previa a possibilidade de contribuição de outros países lusófonos para o seu orçamento.
O secretário-executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) acredita que, quando as autoridades portuguesas anunciaram a criação do Fundo da Língua Portuguesa, "não tinham ideia" do que as esperava em termos económicos e financeiros. "Temos que reconhecer que deixou de haver condições de colocar de lado 30 milhões para favorecer intercâmbios no domínio da língua", disse Domingos Simões. O secretário-executivo da CPLP adiantou que, depois de reconhecer que não tinha capacidade para alimentar o fundo de uma só vez, Portugal optou por manter programas como o envio de professores para os países lusófonos e várias iniciativas para a língua do Instituto Camões (IC) "para colmatar o que poderia ser entendido como uma falha".
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