terça-feira, 5 de julho de 2011

JORNALISTA ANUNCIA QUEIXA CONTRA STRAUSS-KAHN POR TENTATIVA DE VIOLAÇÃO


Banon disse que o ex-director do FMI se comportou como um "chimpazé com o cio" (Charles Platiau/Reuters)

PÚBLICO

Tristane Banon diz ter sido assediada por DSK em 2002

A jornalista e escritora francesa, Tristane Banon, vai apresentar queixa contra Dominique Strauss-Kahn por tentativa de violação, anunciou nesta segunda-feira o seu advogado, David Koubbi.

Banon acusa o ex-director do FMI de, em 2002, altura em que Strauss-Kahn era ministro das Finanças, a ter assediado sexualmente durante uma entrevista num apartamento em Paris.

Em 2007, Banon contou num programa de televisão que um dirigente político (o nome de DSK foi na altura omitido) insistiu em pegar-lhe na mão e assediou-a, comportando-se como um “chimpazé com o cio”. “Acabou mesmo muito mal. Acabámos à luta. Acabou de forma muito violenta. Não foram só umas estaladas. Tive que lhe dar uns pontapés. Ele abriu-me o soutien, tentou abrir-me o fecho das calças”, relatou na altura a jornalista que inicialmente decidiu não apresentar queixa.

Agora, Banon parece ter mudado de ideias. “A minha cliente, Tristane Banon, apresenta queixa por tentativa de violação contra Dominique Strauss-Kahn”, disse o advogado da alegada vítima ao site do jornal francês L’Express, precisando que a queixa será enviada para o tribunal na terça-feira, dia 5 de Julho.

Foi com a detenção de Dominique Strauss-Kahn em Maio – acusado de ter agredido sexualmente uma empregada de hotel em Manhattan -, que a história da jornalista, já relatada na tal entrevista de 2007, veio novamente à superfície, mas na altura foi noticiado que Tristane Banon estaria a “ponderar” apresentar queixa.

O anúncio de que a jornalista vai realmente recorrer à via judicial acontece dias depois de o antigo director do FMI ter sido libertado sem pagamento de caução, na sequência da descoberta de graves falhas na credibilidade da empregada de hotel.

Strauss-Kahn, que era apontado como forte candidato à Presidência da República francesa, clama a sua inocência desde o início do caso.

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