DESTAK - LUSA
As reservas de petróleo ao largo da Namíbia estão estimadas em 11 mil milhões de barris, anunciou hoje o ministro das Minas e Energia do país, Isak Katali, adiantando que a sua extração deverá começar em 2015.
Estas reservas podem fazer da Namíbia um concorrente direto de Angola, país vizinho, cujas estimativas apontam para 13 mil milhões de barris de crude.
De acordo com Katali, citado pela agência AFP, existem três zonas que podem ser exploradas em breve. A empresa Enigma Oil&Gás, filial do grupo britânico Chariot OilGas, identificou onze potenciais reservatórios ao largo da costa sul do país, no Oceano Atlântico.
“O mais importante, o Nimrod, está situado a 350 metros de profundidade e as suas reservas estão estimadas em mais de quatro mil milhões de barris. A Enigma espera encontrar petróleo, em vez de gás”, precisou Katali no parlamento, afirmando que a produção poderá começar dentro de quatro anos.
A empresa detém 50 por cento dos direitos de exploração desta zona meridional e a brasileira Petrobrás detém a outra metade.
Katali disse ainda que uma outra empresa brasileira, a HRT Oil&Gás LTD, investiu 300 milhões de dólares (209,7 milhões de euros) para prospeções ao largo da Namíbia. A HRT certificou a existência de reservas de 5,2 mil milhões de barris e está a preparar-se para perfurar três ou quatro poços no próximo ano.
Numa outra zona do centro do país, denominada Delta, as reservas apontam para mais de dois mil milhões de barris que deverão ser explorados pela Arcadia Expro Namibia, em parceria com a britânica Tower Resources.
“No total, seis a oito poços serão perfurados ao largo da Namíbia nos próximos 18 meses”, anunciou Isak Katali.
A Namíbia é considerada há muito tempo uma zona rica em petróleo, mas até agora nunca se tinha estimado realmente os seus recursos. A geologia submarina do país assemelha-se à do Brasil, cuja produção petrolífera tem crescido.
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