terça-feira, 12 de julho de 2011

Partido no poder na Guiné Bissau diz que há campanha para "eliminar" o primeiro-ministro




ÁFRICA 21, com agências

O PAIGC condena "categoricamente a actual campanha de calúnias e difamação promovida por alguns partidos e políticos,visando o assassínio e a eliminação política e física" de Carlos Gomes Júnior.

Bissau - O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder na Guiné-Bissau, condenou, segunda–feira (11), a "campanha de calúnias e difamação" contra o Primeiro-ministro, alegando que visam o seu "assassínio e eliminação política e física".

Em comunicado divulgado na sequência de uma reunião do bureau político realizada domingo, o PAIGC afirma que condena "categoricamente a actual campanha de calúnias e difamação promovida por alguns partidos e políticos, organizadas naquilo que auto-titulam “oposição democrática”, visando o assassínio e a eliminação política e física do presidente do PAIGC e primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior".

O PAIGC "condena e repudia com firmeza todas as acções e atitudes que visem criar perturbações, desordem e instabilidade" e denuncia "perante os guineenses e a comunidade internacional as manobras levadas a cabo por alguns sectores políticos, visando a alteração da ordem constitucional e democrática".

Na semana passada, oito partidos da oposição da Guiné-Bissau exigiram a demissão do primeiro-ministro e convocaram uma manifestação pacífica para quinta-feira, para denunciar a "amplitude da gravidade da situação crítica" no país.

Os oito partidos "exortam" o Presidente da República da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, a demitir o primeiro-ministro e a assumir as suas “responsabilidades" em relação aos assassínios ocorridos a 01 e 02 de Março de 2009.

A oposição guineense pretende também que o primeiro - ministro "assuma total responsabilidade no clima de insegurança reinante, e no terrorismo de Estado instalado e que teve como ponto alto os espancamentos e perseguições de políticos e outros cidadãos e, acima de tudo, os bárbaros e cobardes assassínios, de mais altas figuras da hierarquia do Estado" guineense.

"Não podemos continuar a ter à testa das instituições do Estado guineense pessoas suspeitas de envolvimento de crimes de sangue. Por isso, convidamos o senhor Carlos Gomes Júnior a permitir-se uma atitude digna, ou seja, demitir-se do governo e pôr-se à disposição da justiça", refere o documento

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