domingo, 24 de julho de 2011

Paulo Portas: MOÇAMBIQUE É DESTINO ESSENCIAL PARA EMPRESAS PORTUGUESAS




ECONÓMICO, com Lusa

O ministro português do Negócios Estrangeiros disse hoje em Maputo que Moçambique "é um destino essencial para as empresas portuguesas".

Na sua primeira declaração aos jornalistas na capital moçambicana, onde iniciou hoje uma visita de dois dias, Paulo Portas reiterou que as relações entre os dois países podem crescer.

"Para uma relação entre Portugal e Moçambique ser boa é preciso que nessa relação, nos acordos, nos compromissos, nas negociações, Moçambique ganhe e Portugal ganhe", disse.

O chefe da diplomacia portuguesa recordou que as exportações de Portugal para Moçambique rondam os 150 milhões de euros por ano e referiu os cerca de 20 mil portugueses registados no país e os 1.500 alunos da Escola Portuguesa em Maputo.

"Já temos uma boa relação com Moçambique que atingiu níveis diplomáticos muito elevados, mas a minha obrigação é motivar toda a gente para que essa relação cresça", disse.

Paulo Portas apontou o encontro que manteve pouco antes "com dezenas e dezenas de empresários portugueses" como exemplo do trabalho das embaixadas portuguesas.

"Diplomacia nos dias de hoje é saber mostrar a economia portuguesa no exterior, as empresas portuguesas no exterior, os produtos portugueses, as marcas portuguesas no exterior", disse.

O ministro reúne-se na segunda-feira com o presidente moçambicano, Armando Guebuza, e com o seu homólogo, Oldemiro Balói, mas recusou aprofundar questões que marcam as relações entre os dois países, afirmando que "os principais dossiers vão correr bem".

Uma dessas questões tem a ver com o crédito a projectos empresariais portugueses em Moçambique, e que Portugal ainda não dotou.

"Toda a gente sabe que, no plano concreto do acesso ao crédito, as coisas não estão fáceis em parte nenhuma", disse, afirmando optar por se concentrar "nos projectos que vão avançar" e que permitem o apoio às empresas portuguesas.

Também a questão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa e o compromisso de Portugal de vender os restantes 15% do capital que ali detém foi contornada por Paulo Portas, que disse não querer antecipar-se aos encontros de segunda-feira.

"Cahora Bassa já foi uma questão entre Portugal e Moçambique, não é mais uma questão entre Portugal e Moçambique e não voltará a ser uma questão entre Portugal e Moçambique", prometeu.

O ministro reiterou que Portugal vai ultrapassar a crise porque "os portugueses tomaram a decisão de vencer" esse obstáculo.

"Vão fazê-lo. Às vezes, de uma forma que exige sacrifícios, mas vão fazê-lo e Portugal vai recuperar a sua autonomia", assegurou Paulo Portas.

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