Nos últimos anos, o Parlamento transformou-se "num escritório de representação de Negócios", onde abundam conflitos de interesses, garante hoje o Jornal de Notícias.
Conta o JN que na última legislatura, um terço dos deputados pertencia, simultaneamente, a empresas que mantinham negócios com o Estado.
O levantamento foi feito por Paulo Morais, ex-vice-presidente da Câmara do Porto e actual vice-presidente da Transparência e Integridade - Associação Cívica, ponto de contacto em Portugal da organização internacional de luta contra a corrupção Transparência Internacional.
Dos 230 deputados que integravam o anterior Parlamento, cerca de 70 (um terço) eram simultaneamente administradores, gestores ou consultores de empresas que tinham directamente negócios com o Estado.
Outra preocupação, explica o Jornal de Notícias, reside na facilidade com que responsáveis políticos passam para empresas privadas de áreas que tutelaram, defendendo que o período de nojo deveria ser maior e alargado a dirigentes de empresas públicas.
Paulo Morais lembrou ao JN o caso recente de Almerindo Marques, presidente das Estradas de Portugal, que transitou para a Opway, constutora do grupo Espírito Santo e accionista da Ascendi.
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