domingo, 24 de julho de 2011

Portugal-Angola: PAULO PORTAS CLASSIFICA COMO “MUITO BOA” VIAGEM A LUANDA




NME - LUSA

Luanda, 23 Jul (Lusa) -- O ministro de Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, classificou hoje como "muito boa" a sua visita a Angola, onde conseguiu fazer diplomacia institucional, económica e cultural.

Em declarações aos jornalistas no final de uma visita ao centro cultural da embaixada portuguesa em Angola, Paulo Portas disse que durante os dois dias da sua estada conseguiu transmitir "com clareza" às autoridades angolanas como este país lusófono é prioritário para Portugal.

Aos empresários portugueses em Angola transmitiu a importância que desempenham para a internacionalização da economia portuguesa e a sua contribuição para que a economia de Portugal não fique apenas dependente das importações e que esteja "mais ancorada nas exportações" e a excelência do mercado angolano nesta matéria.

No que toca à cultura, o chefe da diplomacia portuguesa afirmou que leva consigo um dossier relativamente à possibilidade de professores portugueses contribuirem em Angola no ensino da língua portuguesa e na formação de professores angolanos.

"Vou estudar com o Ministério da Educação e articulando as várias instituições portuguesas que trabalham no domínio da educação e da cultura, vou estudar o problema da segunda fase de construção da escola portuguesa, vou estudar a melhoria do programa saber mais, para que haja mais professores portugueses a formar professores angolanos", disse Paulo Portas.

Na sua agenda de trabalho, o MNE português leva igualmente o dossier referente ao término do pagamento da dupla tributação, que pode ser resolvido por meio da criação de uma convenção que favoreça ambas as partes.

"Quem investe em Angola paga os seus impostos, mas não deve pagar duas vezes os mesmos impostos e o mesmo para quem investe em Portugal, e para isso é que existem instrumentos jurídicos, as chamadas convenções para evitar as duplas tributações, vamos começar a pensar com seriedade nesse tema, que também é uma forma de abrir portas, espaços à cooperação económica", afirmou Paulo Portas.

Relativamente à sua estreia na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o ministro português considerou a sua viagem a Angola "um em quatro", porque começou por Angola, seguindo para Moçambique e o Brasil.

"Eu seguirei para Moçambique que é um país que tem um enorme potencial com o relacionamento com Portugal e depois o Brasil que é a comunidade destino com quem todos nós na Europa e em África estabelecemos uma relação e que é muito importante, não apenas no plano económico, mas também para a internacionalizaçãop da Língua Portuguesa, no meio disto tudo o contexto é CPLP", salientou.

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