quinta-feira, 7 de julho de 2011

RAMOS HORTA QUER GUINÉ EQUATORIAL NA CPLP IMEDIATAMENTE


Malabo, Guiné Equatorial

CLI - LUSA

Cidade da Praia, 06 jul (Lusa) - O presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, defendeu hoje a entrada imediata da Guiné Equatorial na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), ao discursar no parlamento de Cabo Verde.

O dirigente timorense defendeu que a CPLP não deve demorar mais a acolher a Guiné Equatorial e expressou o apoio do seu país a esta adesão.

"A nossa organização não deve demorar mais a acolher no seio o único país de língua espanhola no continente africano, cuja história se cruza com as nossas. Neste sentido, Timor-Leste encoraja a Guiné Equatorial a aderir à CPLP, como é desejo deste país irmão da África", disse.

Sobre Cabo Verde, Ramos-Horta disse que é com "grande satisfação" que testemunha o caminho feito ao longo dos 36 anos de independência.

"A determinação dos cabo-verdianos e a qualidade única da sua liderança, caracterizada pelo pragmatismo e prudência, provaram que se enganaram os profetas do mal que, há 36 anos, vaticinavam a inviabilidade do vosso projeto nacional", declarou.

O presidente de Timor-Leste acrescentou que Cabo Verde demonstrou ser um país viável e bem sucedido, "graças ao povo e aos seus líderes com visão e determinação".

Para Ramos-Horta, devem ser ainda realçados a maturidade das instituições de Cabo Verde, o progresso das condições de vida do seu povo e a sua participação "bem sucedida" nos esforços internacionais de combate à criminalidade transnacional.

O presidente timorense aproveitou ainda para destacar o apoio de Cabo Verde e Angola ao esforço "determinado e firme" das autoridades guineenses para estabilizar a Guiné-Bissau e reforçar as instituições democráticas e a confiança internacional no país.

Por sua vez, o presidente da Assembleia Nacional da Cabo Verde, Basílio Mosso Ramos, saudou a presença do chefe de Estado timorense no parlamento cabo-verdiano, considerando-o um "rosto da resistência" da luta do povo timorense que, incessantemente, "calcorreou o mundo para provar a ilegalidade da ocupação estrangeira e denunciar as arbitrariedades cometidas contra cidadãos indefesos".

Para Basílio Mosso Ramos, "um parlamento que tem a felicidade de acolher uma personalidade tão multifacetada e distinta, encarnando simultaneamente os atributos de Presidente da República, doutor honoris causa, combatente da liberdade da Pátria e Nobel da Paz, tem razões de sobra para se sentir honrado e gratificado".

A Assembleia de Cabo Verde reuniu-se hoje em sessão especial para receber Ramos-Horta, que se encontra de visita oficial ao país, a primeira que faz na qualidade de chefe de Estado.


Sem comentários:

Mais lidas da semana