quinta-feira, 11 de agosto de 2011

KIRSTY GUSMÃO ESCLARECE - AUSÊNCIA DE ATAQUE À LÍNGUA PORTUGUESA?





Embaixadora Edukasaun esclarece em comentário:

É de lamentar o facto do autor deste artigo ("Timor-Leste: REFORMA NO ENSINO BÁSICO PRETENDE ABOLIR LÍNGUA PORTUGUESA") não ter estudado bem a matéria. A “Política da Educação Multilingue Baseada na Língua Materna” pretende ajudar o estado timorense a alcançar os seguintes objectivos, em conformidade com as normas e a boa prática internacionais:


- Objectivos da aprendizagem através da facilitação de maior acesso às matérias curriculares, incluindo cognitivamente a busca de informação e capacidades abstractas. Todos os alunos poderão ser multilingues (falando fluentemente todas as línguas visadas) e multiliterados (aptos a ler e escrever todas as línguas visadas) a fim de maximizar os benefícios cognitivos e comunicativos.

- Objectivos Linguísticos através do ensino da literacia inicial na primeira língua dos aprendizes, provendo bases de competências que prontamente possam ser transferidas para as línguas adicionais (Tetun, Português, etc.)

- Objectivos sociais económicos através da optimização da conexão casa-escola, criando maior coesão da família, maior taxa de participação nas escolas, melhorias nas taxas de sucesso em todas as escolas, e realização mais equitativa em toda a linha divisória de género, regional, rural e da classe social.

Pode-se ler o texto completo da Política e o seu Plano de Implementação aqui:

http://www.scribd.com/collections/3046404/Education-Policy-Law-and-Research

*Nota PL: Ver "Timor-Leste: REFORMA NO ENSINO BÁSICO PRETENDE ABOLIR LÍNGUA PORTUGUESA", em Página Global. Recomendado especial atenção aos respetivos comentários naquela página.

3 comentários:

Anónimo disse...

1. O tétum e o português não são línguas «adicionais» (soa a descartável...), são línguas oficiais escolhidas por deputados eleitos democraticamente, tendo em consideração a necessária sendimentação do processo de construção de uma identidade nacional por via de duas línguas que, de modos diferentes, podem construir a «comunidade imaginada» de que falou o grande teórico do nacionalismo, Benedict Anderson (e que se baseou, creio, na realidade indonésia).

2. Tantos recursos a serem desperdiçados num projecto (educação com base na língua materna), quando nem o tétum se consolidou como língua nacional. A padronização é ignorada, a língua é vilipendiada diariamente. Se o tétum não estiver verdadeiramente consolidado, como se pode partir para as línguas mãe? As línguas locais podem e devem ser preservadas. Invista-se o dinheiro em estudos e padronização delas, na leccionação delas como disciplinas. Trabalho para alguns anos, mas que não serão certamente os suficientes para matar as línguas indígenas timorenses.

3. use-se o dinheiro deste projecto para dar formação pedagógica aos professores timorenses (ensinar a ensinar) e construir boas escolas, distribuir bons lanches escolares. o problema da iliteracia começará a diminuir.

4.Gostaria de saber como estão os sistemas de educação bilingue na Austrália. É que, salvo distracção minha, nunca vi um aborígene como Ministro do Governo federal australiano. E isso é se calhar sinal de que: a White Australia policy acabou ainda há poucos anos e que o sistema de ensino bilingue não está a permitir que os aborígenes adquiram competências no sistema de educação que lhes permita ascender socialmente e abandonar as «reservas» onde desgraçadamente permanecem votados ao alcoolismo.

5. O que vi em Timor foi muito pouca pedagogia nas escolas (e não atribuo isto à falta de empenho dos professores timorenses que fazem com toda a certeza o melhor que podem), falta de disciplina, muitas famílias onde o apelo à leitura e ao trabalho de estudo é substituído por actividades lúdicas em excesso. Falta de infraestruturas e falta de socialização das famílias (que também só vêem graúdos a enriquezer, desviando dinheiro, não apostando em vidas de esforço feito), materiais escolares apelativos e - o mais importante - a barriguita cheia farão maravilhas pelas crianças timorenses e pelo seu futuro. Não esta «cura milagrosa» descontextualizada que é fácil de propagandear mas que padece de inúmeras lacunas para ser implementada já, sem melhor ponderação e preparação real (e não o copy paste de programas de outros países).
Por último, se a educação baseada na língua materna em contexto multilingue é solução para graves problemas do sistema educativo timorense, por que é que SÓ AGORA é implementada e não foi feito há 10 anos atrás? Que eu saiba, a ideia não é peregrina nem recente. É isto que também faz os defensores da língua portuguesa desconfiar. descontsruam então as teorias da conspiração, atrevam-se a fazê-lo, mas sem papaguear a UNESCO, o Banco Mundial e outros relatórios copiados.Fico à espera de argumentos (poupem-me propaganda e verdades de lapalisse)

Anónimo disse...

Caro Alkatiri, Lou Holo e simpatizantes da Fretilin,

Existe um Blog gerido por uma tal Maria Pedruco, que parece ser locutora de uma rádio local, que permanentemente ofende o Sr. Primeiro Ministro e o Sr. Presidente da Republica, para não falar da Lucrécia que recentemente foi apelidada de Vaca, Nona, Puta, cadela, por discordar das ideias da Srª. Pedruco. Esse tipo de imagem de intolerância, radicalismo que passa da Fretilin, para o mundo não é benéfica, para tanta gente boa que existe dentro da Fretilin.
Está a inflamar o povo sem necessidade, com guerrilha politica que só levará a disturbios. Depois chama a GNR para controlar.
Lembramos que em 2007 o Armazém do Ministério da Agricultura de Baucau foi incendiado, a creche da Fundação Halola em Baucau foi incêndiada por militantes da Fretilin, na sequência de declarações inflamadas de dirigentes da Fretilin.
A Fretilin quer ser visto pelo mundo como a libertadora da pátria Timorense ou como destruidora de património do estado e de creches para crianças.
A liberdade tem limites e ofender dessa maneira os representantes do estado Timorense não fica bonito para a Fretilin.
Uma coisa é discussão politica outra é guerra politica.

Beijinhos da Querida Lucrécia

Anónimo disse...

Sra Lucrecia,

Nao ha diferenca entre discussao politica e guerra politica. Ambos tem o mesmo significado. Ao fim ao cabo sao debates politicos expressos de maneiras diferentes.

Pode-se dizer que das discussoes e guerras politicas podem causar guerras ou lutas armadas mas nunca como a senhora disse.

Ja agora cita um exemplo dos insultos que a sra referiu!

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