“Com tais medidas, não se trata de tirar gorduras ao estado mas de o destruir, quando mais precisamos dele”, escreve Mário Soares.
Lisboa - O ex-presidente de Portugal, Mário Soares, um dos fundadores do Partido Socialista, acusa o governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, do Partido Social Democrata (PSD), de estar a destruir o Estado.
Num artigo publicado nesta quinta-feira (11) na revista Visão, Soares acusa o governo de estar a arruinar o património nacional por "tuta e meia". O ex-presidente da República e ex-primeiro-ministro diz que o governo está a querer fazer privatizações “a qualquer preço, arruinando o património nacional, sem contrapartidas sólidas”.
A este propósito, refere como "péssimo" exemplo a privatização do Banco Portugês de Negócios (BPN) e qualifica de "erro colossal" as previstas privatizações de grandes empresas públicas do país como a Águas de Portugal, os CTT (Correios), a TAP (aviação) e a REN (Rede Eléctrica Nacional).
“Com tais medidas, não se trata de tirar gorduras ao estado mas de o destruir, quando mais precisamos dele”, escreve Mário Soares.“E para quê?”, questiona. “Para serem vendidas por tuta e meia a empresas estrangeiras, e sendo algumas delas, curiosamente estatizadas”, afirma.
“Sabemos que são precisos cortes, austeridade, e muito dinheiro para pagar os juros dos empréstimos. Mas com bom senso e sentido patriótico de coesão nacional”, opina. “O mais grave é que não nos resta dinheiro para investir” e, assim, Portugal enfrenta uma situação de recessão sem “qualquer horizonte de esperança”.
Mas, diz Soares, a salvação está nas mãos da Europa. A União Europeia, com o alargamento da crise a outros países, "está a acordar para as suas responsabilidades". Se acordarem, então a situação portuguesa "poderá resolver-se por si".
Num artigo publicado nesta quinta-feira (11) na revista Visão, Soares acusa o governo de estar a arruinar o património nacional por "tuta e meia". O ex-presidente da República e ex-primeiro-ministro diz que o governo está a querer fazer privatizações “a qualquer preço, arruinando o património nacional, sem contrapartidas sólidas”.
A este propósito, refere como "péssimo" exemplo a privatização do Banco Portugês de Negócios (BPN) e qualifica de "erro colossal" as previstas privatizações de grandes empresas públicas do país como a Águas de Portugal, os CTT (Correios), a TAP (aviação) e a REN (Rede Eléctrica Nacional).
“Com tais medidas, não se trata de tirar gorduras ao estado mas de o destruir, quando mais precisamos dele”, escreve Mário Soares.“E para quê?”, questiona. “Para serem vendidas por tuta e meia a empresas estrangeiras, e sendo algumas delas, curiosamente estatizadas”, afirma.
“Sabemos que são precisos cortes, austeridade, e muito dinheiro para pagar os juros dos empréstimos. Mas com bom senso e sentido patriótico de coesão nacional”, opina. “O mais grave é que não nos resta dinheiro para investir” e, assim, Portugal enfrenta uma situação de recessão sem “qualquer horizonte de esperança”.
Mas, diz Soares, a salvação está nas mãos da Europa. A União Europeia, com o alargamento da crise a outros países, "está a acordar para as suas responsabilidades". Se acordarem, então a situação portuguesa "poderá resolver-se por si".
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