Na curta declaração desta manhã, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, pouco ou nada avançou em relação a medidas concretas para a poupança por parte do Estado.
Estado, municípios, regiões autónomas, todos devem cumprir as medidas para atingir um objectivo: conter a despesa. O princípio foi anunciado, esta manhã, pelo ministro das Finanças mas faltou explicar a forma de alcançar esse objectivo.
Vítor Gaspar ficou por um exemplo. «Será aplicado já em Setembro o congelamento das progressões no regime remuneratório no Ministério da Administração Interna (MAI) e no Ministério da Defesa Nacional. Será assim evitada a perpetuação de uma situação de irregularidade», anunciou.
Parte do discurso do ministro Vítor Gaspar foi dedicado ao trabalho da "troika" nas últimas duas semanas, recordando os objectivos da missão e o resultado.
«É com satisfação que constato a avaliação positiva sobre o cumprimento das medidas previstas no referido programa. O trabalho técnico levado a cabo pelos representantes das três instituições consistiu, em grande parte, na avaliação do cumprimento de um conjunto de medidas com adopção prevista até ao final de Julho», declarou.
O teste foi superado e, como já era de esperar, o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) confirmaram o desvio de 1,1 por cento no PIB.
«No decorrer da visita foi analisada em detalhe a situação orçamental do país tendo-se confirmado a existência de um desvio previsível, fase à meta estabelecida para o défice de 2011, de cerca de 1,1 por cento do PIB», referiu o ministro.
Mas, apesar desta nota positiva, a batalha contra a crise não está ganha. É preciso «determinação, persistência e trabalho», sublinhou o ministro das Finanças.
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