RÁDIO RENASCENÇA
Marcelo critica novo imposto por excluir dividendos e mais-valias
“Não percebo porque é que o trabalho paga e o capital não paga", diz Marcelo Rebelo de Sousa.
Os dividendos e as mais-valias bolsistas também deviam ser taxados pelo novo imposto extraordinário, defende Marcelo Rebelo de Sousa.
O antigo líder do PSD, no seu habitual espaço de comentário na TVI, considera que a sobretaxa de IRS é necessária no actual momento de crise, no entanto deixa algumas críticas à decisão do Governo de Passos Coelho.
“Não percebo porque é que o trabalho paga e o capital não paga. Dá um aspecto péssimo e é difícil de explicar”, sustenta Marcelo Rebelo de Sousa.
Sobre o novo programa de emergência social, o professor sublinha que “não é um plano é um programa de 49 medidas”, porque não há uma “visão de conjunto”.
“A visão que há é que a crise vai agravar-se, vamos ver, em relação aos que sofrem, como é que conseguimos reduzir os seus sacrifícios, não é acabar com eles.”
O professor concorda com a esquerda e admite que as medidas “são puro assistencialismo”, mas sublinha que é preciso fazer alguma coisa para ajudar os mais atingidos pela crise.
O programa “não resolve o problema da pobreza em Portugal, das classes médias”, isso só com o crescimento da economia, sublinha o comentador, que elogio o aumento do subsídio de desemprego de casais com filhos.
Quanto à privatização do Banco Português de Negócios (BPN), Marcelo Rebelo de Sousa diz que “é uma daquelas histórias que começa torta e acaba torta”, recordando a gestão de Oliveira e Costa, a “falta de supervisão” de Vítor Constâncio e a demora na privatização.
A intervenção da “troika” obrigou o Estado a vender o BPN e “quem ditou as condições foi o comprador”, o banco BIC. O prejuízo “sobra para quem paga impostos”, refere.
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