segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Brasil: EMBAIXADOR DIZ QUE CORRUPÇÃO ERA GENERALIZADA DURANTE GOVERNO LULA





A corrupção durante o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva era "generalizada e persistente", segundo uma carta enviada pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, ao procurador-geral norte-americano, Eric Holder.

Segundo o jornal "O Estado de São Paulo", o documento foi revelado esta semana pelo WikiLeaks.

A carta referia que a corrupção atingia os "três poderes": Executivo, Legislativo e Judiciário. 

No documento, que servia como uma preparação para a visita de Holder ao Brasil, Shannon fez ainda uma avaliação da Justiça brasileira, acusando-a de ter falta de preparação e ser "disfuncional". 
 
De acordo com o diário, esta não é a primeira revelação sobre os comentários da diplomacia norte-americana sobre a corrupção no Brasil. 
 
Documentos de 2004 e 2005 revelaram a mesma preocupação e mesmo o risco dos escândalos do 'mensalão' (pagamento do Governo a parlamentares para estes aprovarem os seus projectos no Congresso) acabarem por imobilizar o Governo. 

Mesmo no último ano do Governo Lula da Silva, a percepção norte-americana não havia mudado sobre a presença da corrupção na administração, sendo que o fenómeno não se limitaria aos três poderes. 
 
Segundo Shannon, as forças de segurança também seriam prejudicadas por "falta de capacitação, rivalidades burocráticas, corrupção em algumas agências e uma força policial muito pequena para cobrir um país com quase 200 milhões de habitantes". 

Outra constatação da diplomacia norte-americana foi sobre os problemas enfrentados pela Justiça no Brasil.  

"Apesar de muitos juristas serem de alto nível, o sistema judiciário brasileiro é frequentemente descrito como sendo disfuncional, com falta de capacitação, burocracia e atrasos", escreveu o embaixador. 

Para Shannon, "polícia, procuradores e juízes precisam de capacitação adicional" no Brasil.  

"Procuradores e juízes, em especial, precisam de capacitação básica para os ajudar a caminhar em direcção a um sistema de acusação mais eficiente", escreveu.

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